O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (20) que vai redistribuir as doses da vacina contra a dengue enviadas aos 521 municípios selecionados pela pasta e que ainda não foram utilizadas. Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, terão prioridade para receber as doses os municípios que decretaram situação de emergência em razão da doença.
De acordo com o MS, o órgão fará um rankeamento dos municípios que estão em situação de emergência por dengue, para fazer a redistribuição utilizando diversos critérios, entre eles aumentar a faixa etária a ser imunizada na rede pública, atualmente definida entre 10 e 14 anos.
Segundo explica a ministra Nísia Trindade, a vacina é um instrumento importantíssimo a médio e longo prazo, mas ela não é a solução para essa epidemia, sobretudo porque trata-se de uma vacina aplicada em duas doses com intervalo de três meses.
A ministra adiantou que a pasta está negociando com a farmacêutica Takeda, fabricante da Qdenga, a possibilidade de produção da vacina no Brasil. O plano do governo é utilizar a planta da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que já é responsável pelas produção de doses contra a febre amarela aplicadas no país. “Já antecipamos que haverá a possibilidade de uma produção nacional, mas só vamos fazer o anúncio completo, com segurança, com todos os dados e o cronograma porque senão a gente coloca uma coisa no ar”, explicou Nísia Trindade.
Além disso, Nísia ressalta também que o ministério acompanha de perto os avanços da vacina contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan. “Temos apoiado o Instituto Butantan no desenvolvimento da vacina, que já alcançou, segundo publicações, bons resultados na fase 3 de sua pesquisa clínica”, concluiu.
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil