Esporotricose humana é tema de webconferência

Esporotricose humana é tema de webconferência

O Telessaúde UFPA/Ebserh realizará a webconferência “Diagnóstico e manejo da Esporotricose Humana”, no dia 02 de dezembro. O tema será ministrado pela dermatologista Carla Pires, que tem mestrado, doutorado e pós-doutorado em doenças tropicais e vai trazer atualizações sobre a doença e dar orientações sobre como diagnosticá-la e fazer o seu manejo, em especial nas unidades de Atenção Primária à Saúde (APS). O evento será às 18h, com acesso pelo site telessaude.ufpa.br e é voltado para médicos(as), enfermeiras(os) e profissionais da saúde atuantes na Atenção Primária à Saúde no Estado do Pará.

A webconferencista Carla Pires alerta para a importância da qualificação dos profissionais de saúde para ter um bom manejo da esporotricose humana, pois a mesma pode provocar lesões graves na pele e em outros órgãos de humanos e animais, em especial nos gatos. “Para que essa doença seja eliminada é essencial que as equipes de saúde estejam qualificadas para identificar os sinais e tratar os casos de maneira adequada, adotando medidas de prevenção e controle da doença”, destaca a dermatologista.

A esporotricose humana é uma micose subcutânea que surge quando o fungo do gênero Sporothrix entra no organismo, por meio de uma ferida na pele. A doença pode afetar tanto humanos quanto animais. A infecção ocorre, principalmente, pelo contato do fungo com a pele ou mucosa, por meio de trauma decorrente de acidentes com espinhos, palha ou lascas de madeira; contato com vegetais em decomposição; arranhadura ou mordedura de animais doentes, sendo o gato o mais comum.

Os sintomas da esporotricose aparecem após a contaminação do fungo na pele. O desenvolvimento da lesão inicial é bem similar a uma picada de inseto, podendo evoluir para cura espontânea. Em casos mais graves, por exemplo, quando o fungo afeta os pulmões, podem surgir tosse, falta de ar, dor ao respirar e febre. Na forma pulmonar, os sintomas se assemelham aos da tuberculose. Mas o fungo também pode afetar os ossos e articulações, manifestando-se como inchaço e dor aos movimentos, bastante semelhantes ao de uma artrite infecciosa.

Sobre a conferencista

A médica dermatologista e hansenóloga Carla Andrea Avelar tem mestrado, doutorado e pós-doutorado em doenças tropicais pela Universidade Federal do Pará (UFPA), é membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH), professora adjunta 4 da Universidade Estadual do Pará (UEPA) e da Universidade Federal do Pará (UFPA). É também coordenadora do Ambulatório de Hanseníase da UEPA.