O Ministério da Saúde anuncia uma mudança em sua estratégia de vacinação contra o HPV, adotando agora um esquema em dose única em substituição ao antigo modelo em duas aplicações. Essa decisão, publicada em Nota Técnica no dia 1º de abril, é respaldada por estudos que demonstram a eficácia do novo esquema na proteção contra o câncer de colo do útero e outras complicações associadas ao vírus.
Com o objetivo de fortalecer a adesão à vacinação e expandir a cobertura vacinal, o Ministério da Saúde optou por adotar a dose única da vacina contra o HPV, uma medida embasada em estudos que apontam sua eficácia diante das versões anteriores em duas ou três etapas, além de estar em consonância com as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Mantendo o público-alvo composto por meninas e meninos entre 9 e 14 anos, o programa também visa proteger pessoas com imunocomprometimento, vítimas de violência sexual e outros grupos específicos, conforme orientações do Programa Nacional de Imunizações (PNI), podendo receber a vacina até os 45 anos.
Além das recomendações específicas para garantir acesso à vacina contra o HPV para jovens brasileiros até 19 anos, a nota técnica ressalta a adesão do Brasil ao esquema de dose única, alinhando-se a 37 países que já o adotaram, em conformidade com diretrizes internacionais. No que tange aos números de aplicação, dados de 2023 indicam um aumento significativo, com mais de 6,1 milhões de doses administradas, o maior registro desde 2018, representando um crescimento de 42% em relação ao ano anterior. Esse progresso é atribuído ao compromisso conjunto de estados, municípios e Ministério da Saúde, que uniram esforços no Movimento Nacional pela Vacinação, revertendo a tendência de declínio nas coberturas vacinais, conforme estabelecido pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Fonte: gov.br
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