O Ministério da Saúde abasteceu o território Yanomami com 18 mil insumos e medicamentos. O material é destinado para salas de estabilização, malas de emergência e para atender emergências obstétricas. A medida é mais um investimento do governo para evitar a retirada de indígenas para o ambiente urbano. A entrega foi feita na última semana e comtempla medicamentos não listados na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename), que é a lista de medicamentos instituída no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo informações do MS, os insumos foram adquiridos pela Agência Brasileira de Apoio à Gestão do SUS (AgSUS), dentro do Plano Emergencial de Saúde para a região. A Central de Abastecimento Farmacêutico do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) Yanomami é quem administra o estoque. Os remédios entregues serão distribuídos de forma centralizada para os polos-base, conforme as demandas específicas de cada região. Parte do material também será destinado à Casa de Saúde Indígena (Casai) Yanomami, responsável pelo atendimento médico especializado à população indígena da área.
Na lista dos itens entregues estão medicamentos contra sangramentos após traumas, dores intestinais, náuseas e vômitos, antibióticos e antieméticos. Os itens entregues são: Ácido tranexâmico; Ceftriaxona sódica; Cloreto de sódio; Escopolamina; Furosemida; Metronidazol; Norepinefrina; Ondansetrona; Ringer associado com sódio; Simeticona e Tenoxicam. O abastecimento contempla duas atenções simultâneas: a atenção primária e secundária.
O Ministério da Saúde reformulou o fluxo de remoções dos indígenas para hospitais de Boa Vista (RR). Agora, a prioridade é que o paciente seja tratado na própria comunidade, respeitando o bem viver e a cultura do povo. Com isso, somente casos graves são deslocados. A mudança só foi possível após o aumento da assistência no território. A nova estratégia impactou positivamente: a assistência qualificada reduziu em 90% as remoções.
O povo Yanomami tem a maior terra indígena do Brasil, com 10 milhões de hectares, mais de 380 comunidades e 30 mil indígenas. Desde janeiro de 2023, o ministério investe para mitigar a grave crise causada na região pelo garimpo ilegal. O MS aumentou o efetivo de profissionais, dobrou o investimento em ações de saúde e trabalhou para garantir a assistência e combater doenças, como a malária e a desnutrição no território.
Com informações do Ministério da Saúde
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil