Mortes por Covid-19 superam em 10 vezes os óbitos causados pela dengue no Brasil  

Mortes por Covid-19 superam em 10 vezes os óbitos causados pela dengue no Brasil  

Segundo o Ministério da Saúde, apesar da melhora no cenário epidemiológico, a Covid-19 ainda causa 10,8 vezes mais mortes no Brasil do que a dengue. Embora as duas sejam doenças importantes, seus impactos na saúde e os mecanismos de controle são diferentes. A letalidade da Covid-19 é maior, mas a dengue causa mais sintomas e sobrecarrega os prontos-socorros. É importante que a população mantenha as medidas de proteção e atualize sua vacinação contra a doença.

A situação atual do coronavírus não é de alarme como em outros momentos da pandemia. A Organização Mundial da Saúde (OMS) encerrou a Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) relacionada à Covid-19 em maio de 2021.

Com a maior campanha de vacinação já realizada no mundo, a mortalidade por Covid-19 tem diminuído significativamente. No Brasil, a média de mortes por semana é de 192, em comparação com 448 no mesmo período do ano passado. Durante o pico da pandemia, em abril de 2021, o país chegou a registrar uma média de 19.731 óbitos por semana. No entanto, é importante manter medidas de prevenção, como completar o esquema vacinal. Apenas 19,7% da população elegível recebeu a vacina bivalente, atualizada para a variante Ômicron.

A professora de Infectologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Raquel Stucchi, destaca a importância de atualizar a situação vacinal, especialmente para os grupos de risco, como idosos, crianças, gestantes e imunossuprimidos. É recomendado o uso de máscara em ambientes fechados e lotados. Em caso de sintomas respiratórios, é fundamental fazer o teste para Covid-19 e usar máscara por pelo menos 7 dias, independentemente da causa do quadro respiratório.

Em relação à dengue, a infectologista atribui o aumento dos casos ao fenômeno El Niño, que propicia condições ideais para a proliferação do Aedes aegypti, além do descarte inadequado de lixo e deficiências na infraestrutura de saneamento básico.

Foto: Prefeitura de Sorocaba/Divulgação