O Núcleo de Telessaúde do Complexo Hospitalar Universitário da UFPA recebeu a visita da Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma) e firmou uma parceria para a efetivação de um curso introdutório para a formação de Agentes Comunitários de Saúde (ACS’s). A visita foi realizada na última sexta-feira (18), quando o diretor geral da Sesma, o médico sanitarista José Raimundo da Silva Arias, reuniu com a equipe do Telessaúde UFPA e conheceu o curso autoinstrucional “Processo de Trabalho Multiprofissional na APS”, que está sendo construído pela equipe do projeto e que fornece conhecimentos básicos para a capacitação de profissionais da área da saúde que atuam nas unidades de Atenção Primária à Saúde (APS).
Segundo o diretor geral da Sesma, José Raimundo Arias, a secretaria vai fazer um concurso público para a contratação de Agentes Comunitários de Saúde, que irão atuar nos mais diversos bairros e distritos da capital paraense. Os novos profissionais que forem aprovados e convocados terão que fazer um curso introdutório de formação em Atenção Primária antes de iniciarem o seu exercício profissional no município. A parceria com o Telessaúde UFPA, através de convênio da Sesma com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, possibilitará a realização desse curso para os novos ACS’s de Belém, por meio da plataforma do Telessaúde UFPA (Telessaude.ufpa.br). “Eu sou um admirador do uso dos avanços materiais da história em benefício da população. Então, ver essa experiência é uma coisa que me sensibiliza e me deixa muito satisfeito em poder levar mais conhecimento e melhores condições de saúde para todos através dessa tecnologia”, destaca Arias sobre o curso autoinstrucional que o programa está produzindo.
Segundo a vice-coordenadora do Telessaúde UFPA, Leidiana Lopes, que também é coordenadora do Tele-Educação, o curso vai possibilitar uma melhor qualificação dos profissionais da área da saúde que atuam na Atenção Primária porque permitirá maior conhecimento e um melhor fluxo do processo para desenvolver o trabalho de atenção integral à saúde da população belemense. “O curso será uma importante ferramenta para que os ACS’s tenham, entre outras coisas, noções gerais sobre o Sistema Único de Saúde (SUS), território, processo de trabalho das equipes da atenção primária e as redes de atenção à saúde. Então, esse profissional vai se inteirar sobre esse conteúdo e, a partir daí, organizar melhor o processo de trabalho na Atenção Primária”, avalia a coordenadora do Tele-Educação, serviço que está produzindo o curso introdutório para os agentes comunitários de saúde.
A parceria na realização do curso introdutório para os novos ACS’s da Sesma faz parte de um Plano de Ação que foi definido a partir do convênio firmado entre a Sesma e o Telessaúde UFPA, por meio da Ebserh. O Plano de Ação foi entregue pela coordenadora geral do Telessaúde UFPA, Dra. Socorro Castelo Branco, ao secretário municipal de saúde, Pedro Ribeiro Anaisse, no dia 19 de maio deste ano. O documento atende a uma solicitação da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) e norteia todas as ações que serão desenvolvidas pelos dois órgãos para a implementação de uma parceria de trabalho que prevê a prestação de serviços do projeto para a rede municipal de saúde. “Essa parceria com a Sesma é uma conquista muito importante e consideramos que ela vem somar para o cumprimento das nossas metas junto ao Ministério da Saúde e para a melhoria do trabalho da Atenção Primária no município de Belém e para a melhoria da atenção à saúde e a comunidade em geral”, comemora Leidiana Lopes.
O Programa Telessaúde Brasil Redes é uma iniciativa em âmbito nacional, que integra a Estratégia de Saúde Digital para o Brasil, com foco na melhoria da qualidade do atendimento na atenção básica no Sistema Único da Saúde (SUS), integrando ensino e serviço por meio de ferramentas de tecnologias da informação, que oferecem condições para promover a Teleassistência e a Teleducação. O objetivo é alcançar resultados positivos na resolubilidade do nível primário de atenção; reduzir custos e tempo de deslocamentos; fixar os profissionais de saúde nos locais de difícil acesso; melhorar a agilidade no atendimento prestado; e otimizar os recursos dentro do sistema como um todo, beneficiando, dessa forma, aproximadamente 10 milhões de usuários do SUS.
Foto: Carlos Villamar/Telessaúde UFPA