Webconferência debate vigilância das Paralisias Flácidas Agudas e Poliomielite

Webconferência debate vigilância das Paralisias Flácidas Agudas e Poliomielite

O Telessaúde UFPA realizará mais uma webconferência na próxima quinta-feira (27). Desta vez o tema é ”Vigilância das Paralisias Flácidas Agudas e risco de reintrodução da Poliomielite no Brasil” e será ministrado pela enfermeira Barbara Gadelha Lima, que é Técnica do Departamento de Epidemiologia da Secretaria de Saúde do Estado do Pará (SESPA). O evento será às 18h, com acesso pelo site telessaude.ufpa.br e é voltado para médicos(as), enfermeiros(as) e profissionais da saúde atuantes na Atenção Primária à Saúde no Estado do Pará.

A síndrome Paralisia Flácida Aguda (PFA), é caracterizada pela presença de paralisia nos membros inferiores ou superiores, de forma aguda, ou seja, a pessoa vai desenvolver os sintomas em até 3 dias. Pode ser de forma assimétrica ou não, com sensibilidade preservada ou não. A síndrome de PFA possui diversas causas, podendo ser de origens infecciosas, metabólicas ou degenerativas, como diabetes e alcoolismo; doenças inflamatórias, como a síndrome de Guillain Barré, tumores medulares, miopatias e traumatismos, além de também poder ser causada pela Poliomielite.

De acordo com a palestrante, a enfermeira Barbara Gadelha Lima, a Poliomielite é uma doença infectocontagiosa viral aguda causada pelo poliovírus e “o que se observa cerca de 1% das infecções causadas por esse vírus podem apresentar um quadro de PFA, só que o restante dessa porcentagem (99%) pode ter a Poliomielite, só que de forma assintomática entre pessoas até 15 anos”. “Mas o que nos causa o alerta é em relação a esse 1% de casos em que as pessoas podem desenvolver a PFA, que normalmente causa uma sequela. E nós da vigilância epidemiológica do Estado fazemos a vigilância das PFAs para que nós possamos vir a descartar a Poliomielite”, destaca a palestrante.

O alerta ao risco de retorno da Poliomielite no Brasil, segundo Barbara Lima, se deve ao fato de que as ações de prevenção da doença, que se dão por meio da vacinação, estão com uma baixa cobertura, hoje. No Pará a cobertura vacinal também ainda está baixa e precisa ser aumentada. “Como no Brasil a gente recebe muitos turistas, que podem vir de países que tem o poliovírus, se a nossa cobertura vacinal não estiver alta, a gente vai ter o risco de reintrodução da Poliomielite no país”, alerta a conferencista.

Sobre a palestrante

Barbara Rodrigues Gadelha é enfermeira formada pelo Centro universitário FIBRA, possui especialização MBA em Perícia, Auditoria e Qualidade em Sistemas de Saúde, responsável técnica da vigilância epidemiológica da Paralisia Flácida Aguda/Poliomielite, além de desempenhar papel de vigilância de Meningite na Secretaria de Saúde do Estado do Pará (SESPA). É também técnica responsável pela capacitação dos ACS do Plano de Controle e Eliminação da Sífilis Congênita no Estado do Pará (OPAS), tem experiência na vigilância epidemiológica do surto de Sarampo, investigação e monitoramento de casos suspeitos de surto e Plano de Controle e Eliminação da Sífilis Congênita no Estado do Pará.