O Instituto Evandro Chagas (IEC), órgão ligado ao Ministério da Saúde (MS), agora é referência para diagnóstico laboratorial de Monkeypox na Região Norte. O IEC atende os casos suspeitos nos estados do Pará, Amapá, Maranhão e Piauí, e emite os laudos em menos de 24 horas. As amostras para análise são enviadas pelos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen´s) desses estados para o órgão.
O atual surto de varíola dos macacos, como é popularmente conhecida a doença, já se apresenta como emergência de saúde pública, com importância internacional. Por essa razão, o controle da doença tem sido prioridade para o Ministério da Saúde, que monitora e analisa a situação epidemiológica para orientar ações de vigilância e resposta à doença em todo o país.
O IEC considera a criação de uma rede de diagnóstico laboratorial no Brasil de suma importância para a confirmação dos casos suspeitos com mais rapidez. Na Seção de Virologia do órgão é feito todo o processamento do material, com extração do DNA viral e reação de PCR em tempo real e é possível liberar o resultado em até 24h. E quanto mais rápido a Secretaria de Saúde ou o Lacen dos estados tiverem o resultado, mais rápido a equipe da vigilância epidemiológica de cada um deles vai conseguir atuar e isolar esse paciente, a fim de evitar o contato com outras pessoas.
O Plano de Contingência Nacional para Monkeypox do MS foi publicado na última sexta-feira (05) e aumentou de quatro para oito os centros de referência diagnóstica no Brasil. O documento, que deve ser avaliado e revisado sempre que estiverem disponíveis novas evidências científicas, visa reunir informações necessárias para a tomada de decisões dos gestores do SUS.
Foto: Dado Ruvic/Reuters