Autor: Avelina Castro

Telessaúde UFPA realiza a capacitação de médicos indígenas do DSEI Guamá-Tocantins

A equipe do Telessaúde UFPA realizou a capacitação dos médicos indígenas do Distrito Sanitário Especial Indígena do Guamá-Tocantins (Guatoc), na última quinta-feira (30). A capacitação foi realizada no Instituto de Ciências Médicas (ICM) da Universidade Federal do Pará (UFPA) e teve como objetivo capacitar os profissionais a utilizarem os serviços disponíveis na plataforma do núcleo (Telessaude.ufpa.br). O evento foi organizado pelo Ministério da Saúde, representado pela consultora em Saúde Digital, Eliete Morais, que fez também um trabalho de escuta dos médicos indígenas.

Durante a capacitação foi possível demonstrar no laboratório de informática do ICM, como funciona o acesso à plataforma e o uso dos serviços de Telediagnóstico, Teleconsultoria, Teleatendimento e Tele-Educação. Na ocasião, os médicos indígenas falaram da importância de ter o suporte de especialistas para melhorar a qualidade do atendimento nas regiões do Guamá e Tocantins.

A coordenadora do Telessaúde UFPA, Socorro Castelo Branco falou da felicidade de estar realizando uma capacitação com médicos indígenas dessa região. “Nós estamos muito felizes em estar realizando essa capacitação com vocês, hoje, e colocamos toda a nossa equipe à disposição para ajuda-los no que for preciso para o êxito do uso de todos os serviços que ofertamos para contribuir com a melhoria da qualidade do atendimento nessas regiões”, destacou a coordenadora.

Após a realização da capacitação, no laboratório de informática, foi realizada uma reunião ampliada com todos os participantes no auditório, onde foi possível fazer um trabalho de escuta e debate sobre os desafios dos atendimentos de saúde no DSEI Guatoc.

Vacinação contra gripe na região Norte continua até julho

O Ministério da Saúde recomenda que, mesmo com o término da campanha de vacinação contra a influenza na região Norte tendo encerrado, oficialmente, na última sexta-feira (31), as doses que estiverem em estoque sejam utilizadas até julho deste ano. Por essa razão, os estados da região continuarão vacinando e aqueles que ainda não se imunizaram contra a gripe podem se dirigir à Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima e se proteger.

A campanha contra influenza foi iniciada em setembro do ano passado, no Pará, Amapá, Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima e Tocantins, e já foram aplicadas 3.225.266 doses, alcançando uma cobertura vacinal de 42,5 %. A população alvo da campanha, em seu início, era composta de gestantes, puérperas, idosos, crianças, povos indígenas que vivem em seus territórios, trabalhadores da saúde, entre outros. Agora, qualquer pessoa a partir dos 6 meses de idade pode se vacinar.

O MS explica que essa ampliação reforça o compromisso do ministério em proteger a população contra doenças imunopreveníveis, garantindo acesso equitativo às vacinas, uma vez que a imunização é uma ferramenta essencial para salvar vidas e reduzir a pressão sobre o nosso sistema de saúde, especialmente em regiões com desafios específicos, como a Amazônia.

Desde 2023, a estratégia de imunização na região Norte passou para o segundo semestre, levando em consideração as particularidades climáticas da região, já que, nessa época, durante o “Inverno Amazônico”, a circulação viral e a transmissão da gripe são mais frequentes. Nas demais regiões (Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul), a imunização é feita no primeiro semestre, geralmente entre março e abril. A imunização contra a gripe é recomendada para toda a população não vacinada, a partir dos 6 meses de idade.

Ministério da Saúde realiza evento de implantação de saúde digital e telessaúde no DSEI Guamá Tocantins

O núcleo de Telessaúde UFPA participou na manhã desta segunda-feira (27) do evento de implantação dos serviços de saúde digital e telessaúde no Distrito Sanitário Especial Indígena Guamá-Tocantins (DSEI Guatoc). O evento foi organizado pelo Ministério da Saúde, representado pela consultora em Saúde Digital, Eliete Morais, que destacou a importância dos serviços de saúde digital e teessaúde para melhorar a qualidade dos atendimentos prestados aos indígenas na região Gumá-Tocantins. O evento foi realizado no 3º andar do Centur e contou com a presença de representantes do Telessaúde UFPA, Saúde Digital UEPA e do DSEI Guatoc.

A coordenadora geral do Telessaúde UFPA, Socorro Castelo Branco iniciou a apresentação, mostrando aos presentes todos os serviços que são desenvolvidos pelo núcleo, como Telediagnóstico, Teleconsultoria e Tele-educação e destacando as facilidades e melhoria que eles podem trazer para os usuários, que passarão a ter mais qualidade e rapidez nos serviços de saúde.

A coordenadora do serviço de Tele-Educação, Leidiana Lopes fez a apresentação dos serviços que são ofertados nesta área, como webconferências mensais de temas diversos do segmento de saúde e cursos autoinstrucionais nos temas “Processo de Trabalho na Atenção Primária à Saúde” e “Vigilância da sífilis congênita e na gravides”. Todos os serviços estão disponíveis na plataforma do núcleo telessaúde.ufpa.br

Webconferência abordará “Meningites: Diagnóstico e Manejo Clínico”

O Telessaúde UFPA realizará a webconferência “Meningites: Diagnóstico e Manejo Clínico” no dia 06 de fevereiro.  O tema será ministrado pelo médico infectologista Julius Caesar Mendes Soares Monteiro, que tem mestrado em Saúde na Amazônia e vai falar sobre a suspeição, o diagnóstico e o manejo adequado das meningites. O evento será às 15h, com acesso pelo site telessaude.ufpa.br e é voltado para médicos(as), enfermeiras(os) e profissionais da saúde atuantes na Atenção Primária à Saúde no Estado do Pará.

De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, a meningite é considerada uma doença endêmica e são esperados casos da doença ao longo de todo o ano, com a possibilidade de surtos e epidemias ocasionais. A ocorrência das meningites bacterianas é mais comum no outono-inverno. Já as meningites virais, na primavera-verão. Pessoas do gênero masculino também são as mais acometidas pela doença.

A meningite é uma inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Pode ser causada por bactérias, vírus, fungos e parasitas. As meningites virais e bacterianas são as de maior importância para a saúde pública, considerando a magnitude de sua ocorrência e o potencial de produzir surtos. Apesar de ser habitualmente causada por microrganismos, a meningite também pode ter origem em processos inflamatórios, como câncer (metástases para meninges), lúpus, reação a algumas drogas, traumatismo craniano e cirurgias cerebrais.

Em geral, o quadro clínico é grave, por isso no momento em que achar que você ou alguém pode estar com sintomas de meningite deve procurar atendimento médico o mais rápido possível. Um médico solicita os exames necessários para fazer o diagnóstico da doença e poder determinar o melhor tratamento. Todos os exames laboratoriais estão disponíveis no SUS, e são solicitados pela equipe médica ou de vigilância epidemiológica durante o acompanhamento do caso.

Sobre o conferencista

Julius Caesar Mendes Soares Monteiro é médico infectologista, formado pela UFPA. Tem mestrado em Saúde na Amazônia e é doutorando em Doenças Tropicais, ambos pela UFPA. É também infectologista do complexo hospitalar universitário UFPA/EBSERH e médico do IFPA, além de ser médico referência em genotipagem para o HIV pelo ministério da saúde e membro da câmara técnica em antirretrovirais do estado do Pará.

Abertas as inscrições para o curso “Processo de Trabalho na APS”

O Telessaúde UFPA/Ebserh está com matrículas abertas para o curso autoinstrucional “Processo de Trabalho na APS”. O curso é direcionado aos profissionais que atuam nas equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF) e de Atenção Primária à Saúde (APS), possui 60 horas e é totalmente online. As inscrições devem ser feitas pelo site telessaude.ufpa.br até o dia 30 de abril.

O curso autoinstrucional “Processo de Trabalho na APS” integra as ações de Tele-Educação do núcleo de Telessaúde, cujos serviços são voltados para a capacitação dos profissionais da área de saúde, com o objetivo de melhorar a qualidade dos atendimentos da população no âmbito da APS. Ele possui formato autoinstrucional e utiliza recursos educacionais, como textos, vídeos, animações, mapas, jogos, entre outros de formato interativo, garantindo melhor apreensão dos conteúdos pelos alunos. Além disso, o aluno pode estudar tanto em desktops quanto em aparelhos móveis e também pode baixar todo o conteúdo do curso para estudar de maneira off-line, exclusivamente, pelo aplicativo da plataforma Moodle.

Um diferencial importante do curso é que a plataforma também conta com opções de acessibilidade que promovem a inclusão, como tradutor de libras e audiodescrição. O processo de avaliação será feito ao final de cada módulo, quando o aluno realizará uma atividade que avaliará o conhecimento adquirido. A emissão do certificado está condicionada a realização completa do curso e alcance de 70% de acertos nas atividades. Ao finalizar o curso, o aluno poderá, ainda, solicitar o certificado via plataforma Moodle.

Sobre o curso

O curso autoinstrucional “Processo de Trabalho na APS” tem metodologia baseada na problematização (Arco de Magherez), partindo da situação problema apresentada em cada módulo. “Essa metodologia proporciona autonomia nos alunos para construir sua dinâmica de estudos, mas é preciso que todos tenham regularidade no acesso e leitura do material disponibilizado no ambiente virtual”, destaca Leidiana Lopes, acrescentando que os conteúdos serão apresentados na forma de texto, animações, mapas, conteúdos interativos e outras formas pedagógicas.

Os temas abordados no curso serão apresentados em três módulos: 1 – SUS, Atenção Primária a Saúde e Território; 2 – Organização do trabalho em equipe e gestão do cuidado na APS e 3 –  Mecanismos de Coordenação de cuidados: As Redes de Atenção em Saúde. O objetivo principal é que o aluno, ao final do curso, potencialize seus conhecimentos para facilitar o processo de trabalho em equipe multiprofissional no SUS, mais especificamente na ESF, de acordo com a realidade territorial de cada município.

Todo o conteúdo do curso foi pensado para ajudar os profissionais da área da saúde no cotidiano de suas atividades nas unidades de saúde de APS, tendo como público-alvo: integrantes das equipes de Estratégia Saúde da Família (ESF) e de Atenção Primária à Saúde (APS), que atuam nos municípios do Estado do Pará e estudantes de graduação e pós-graduação da área da saúde. Mas, o curso também estará com inscrições abertas para profissionais interessados de todo o país.

Telessaúde UFPA lança teleconsulta em parceria com o Complexo Hospitalar da UFPA

O Telessaúde UFPA/Ebserh lançou o serviço de teleconsulta nesta sexta-feira (10), no Hospital Universitário João de Barros Barreto. O serviço de teleconsulta é resultado de uma parceria do núcleo com o Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Pará (CHU-UFPA). A primeira teleconsulta foi realizada pela médica geriatra Andréa Negrão, às 15h, com um paciente de Aurora do Pará, por meio de videoconferência, através de um sistema seguro, o AGHU, e teve o acolhimento e qualidade no atendimento necessários para o tratamento da pessoa, que não precisou se deslocar de seu município até Belém, sendo atendido em sua casa.

A coordenadora geral do Telessaúde UFPA/Ebserh, Socorro Castelo Branco, destacou a conquista de oferta de mais esse serviço pelo núcleo: “Hoje é um dia memorável porque nós iniciamos o serviço de teleconsulta. É a primeira oferta de consultas à distância aos pacientes do hospital e vamos ampliar, ofertando esse serviço em outras especialidades médicas para os pacientes de outros municípios, para que eles não precisem se deslocar e a família possa acompanha-los na consulta, o que muitas vezes não é possível quando eles precisam se deslocar. Então, essa é uma conquista muito grande tanto para o Telessaúde UFPA quanto para o Hospital Universitário João de Barros Barreto”, destaca a coordenadora.

A superintendente do Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Pará (CHU-UFPA), Regina Feio, também destacou a importância do serviço, que garantirá um melhor acesso ao paciente. “Hoje é um dia muito importante porque nós fizemos uma teleconsulta que teve um sucesso muito grande, sobretudo por conta do aceite dos familiares do paciente, que se sentem informados, acolhidos e consultados”, ressalta a superintendente. “A partir deste ano, nós vamos ampliar esse serviço para outros tipos de atendimentos digitais, o que é muito importante, principalmente em um estado de dimensões continentais, onde as pessoas têm dificuldades de acesso aos especialistas”, acrescenta.

A biomédica e relações institucionais do Telessaúde UFPA/Ebserh, Hadassa Hanna Soares Martins, que está atuando no suporte ao serviço, comemorou a realização da primeira teleconsulta. “A primeira teleconsulta foi um sucesso, com o sistema funcionando de forma plena. Estava presente, junto com o paciente, a esposa e a filha. A médica pôde conversar com a família, fazer o acolhimento e o atendimento de forma participativa, o que gerou um grau de satisfação muito grande da família, pois a esposa contou que sempre quis acompanhar o marido nas consultas, em Belém, mas que nunca foi possível, e ficou feliz em poder estar presente na teleconsulta, hoje. E isso nos deixa muito felizes com o resultado”, concluiu a relações institucionais.

Ministério da Saúde abastece de insulinas NPH e regular para tratamento de pessoas com diabetes pelo SUS

O Ministério da Saúde ampliou o orçamento destinado à oferta de insulinas humanas NPH e regular pelo SUS para R$ 1 bilhão, em 2025. O governo tem adotado medidas estratégicas para enfrentar a restrição global na oferta dessas insulinas, essenciais para o tratamento de pessoas com diabetes mellitus tipo 1 e tipo 2 no Brasil. Em 2024, foram contratadas 55,6 milhões de unidades, com um investimento de R$ 799 milhões, visando atender à crescente demanda.

Entre julho e dezembro de 2024, o Ministério recebeu 32 milhões de unidades de insulina, incluindo 10,6 milhões de canetas entregues de forma antecipada. Essa medida foi essencial para evitar interrupções no tratamento de pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Durante o ano, cerca de 59 milhões de unidades de insulina NPH e 12 milhões de insulina regular foram distribuídas às unidades de saúde, garantindo o atendimento contínuo na atenção primária.

O ministério também ampliou a concorrência nas aquisições, diante da restrição global, incluindo fornecedores internacionais no processo. Essa iniciativa seguiu os critérios estabelecidos pela RDC 203/2017 da Anvisa, que autoriza, em caráter excepcional, a importação de medicamentos registrados em agências internacionais de vigilância sanitária reconhecidas. Essa estratégia foi fundamental para diversificar fornecedores e assegurar o abastecimento em um contexto de oferta limitada.

Cidadãos com indicação médica para o uso de insulina humana que enfrentarem dificuldades para obter o medicamento em farmácias privadas, incluindo aquelas vinculadas ao programa Farmácia Popular, devem procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima para atendimento. Tais ações desenvolvidas pelo SUS visam atender a sociedade brasileira, reafirmando o compromisso com o bem-estar da população e o direito à vida.

Com informações do Ministério da Saúde

Foto: Ministério da Saúde

Novo esquema vacinal contra a pólio será sem gotinha

Crianças de 2 meses, 4 meses e 6 meses receberão, exclusivamente, a vacina injetável para prevenir casos de poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, em 2025. As populares gotinhas foram oficialmente aposentadas em novembro do ano passado. De acordo com o Ministério da Saúde, é baseada em evidências científicas e recomendações internacionais. Isso porque a vacina oral poliomielite (VOP) contém o vírus enfraquecido e, quando utilizada em meio a condições sanitárias ruins, pode levar a casos da doença derivados da vacina. O novo esquema vacinal também prevê uma dose injetável de reforço, a ser aplicada aos 15 meses de vida.

A substituição da dose oral pela injetável tem o aval da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização e é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A orientação é que a VOP seja utilizada apenas para controle de surtos, como acontece na Faixa de Gaza. Em agosto passado, a região confirmou o primeiro caso de pólio em 25 anos – um bebê de 10 meses que não havia recebido nenhuma das doses previstas.

Em 2023, o Ministério da Saúde informou que passaria a adotar, exclusivamente, a vacina inativada poliomielite (VIP) no reforço aplicado aos 15 meses de idade, até então feito na forma oral. A dose injetável já vinha sendo aplicada aos 2, 4 e 6 meses de vida. Já a segunda dose de reforço, antes aplicada aos 4 anos, segundo a pasta, não se faz mais necessária, já que o esquema vacinal com quatro doses garante proteção contra a doença.

A atualização considerou critérios epidemiológicos, evidências relacionadas à vacina e recomendações internacionais sobre o tema. Desde 1989, não há notificação de casos de pólio no Brasil, mas as coberturas vacinais sofreram quedas sucessivas nos últimos anos. Em 2022, por exemplo, a cobertura ficou em 77,19%, longe da meta de 95%.

O Ministério da Saúde reforça que a vacinação é reconhecida como uma das estratégias mais eficazes para preservar a saúde da população e fortalecer uma sociedade saudável e resistente. O calendário nacional de vacinação contempla, na rotina dos serviços, 19 vacinas que protegem em todos ciclos de vida, desde o nascimento até a idade mais avançada. Além da pólio, a lista de doenças imunopreveníveis inclui sarampo, rubéola, tétano e coqueluche. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) é responsável por coordenar as campanhas anuais de vacinação, que têm como objetivo alcançar altas coberturas vacinais e garantir proteção individual e coletiva.

Com informações da Agência Brasil

Foto: Myke Sena/MS

Webconferência aborda o papel do enfermeiro da APS na saúde digital

O Telessaúde UFPA/Ebserh realizará a webconferência “O papel do enfermeiro da APS na saúde digital ”, no dia 29 de janeiro. O tema será ministrado pelo enfermeiro Camilo Almeida, que é mestre em Saúde Coletiva e vai falar sobre atuação dos profissionais das unidades de Atenção Primária à Saúde (APS) no uso dos serviços de saúde digital. O evento será às 17h, com acesso pelo site telessaude.ufpa.br e é voltado para médicos(as), enfermeiras(os) e profissionais da saúde atuantes na Atenção Primária à Saúde no Estado do Pará.

O webconferencista Camilo Almeida destaca que a webconferência terá como enfoque principal debater as novas modalidades e formas de atuação do profissional da enfermagem frente à evolução da saúde digital. “Desde 2020 a gente vem trabalhando no contexto pandêmico e foram surgindo novas possibilidades de atuação de maneira virtual, modificando a forma de prestar cuidado e de trabalhar o processo de trabalho da enfermagem com as diversas ferramentas digitais. Então, é importante que esse enfermeiro esteja inserido nesse contexto”, destaca Camilo. “Vamos também trabalhar um pouco a legislação que permite que o enfermeiro possa atuar com essas modalidades do Telessaúde UFPA, como o teleatendimento e a teleconsultoria, para que esse profissional possa atuar e prestar cuidado para os usuários”, acrescenta.

Almeida também ressalta que em sua webconferência também serão abordadas as possibilidades de atuação do enfermeiro no uso da plataforma de serviços do Telessaúde UFPA, como o monitoramento dos pacientes com doenças de notificação compulsória, com a possibilidade de acompanhar os pacientes crônicos já conhecidos, solucionar as dúvidas e queixas diversas, desde que não apresentem sinais e sintomas de urgência, além de demonstrar o que é possível trabalhar no teleatendimento. “A plataforma não vem para substituir a atuação do enfermeiro no cuidado presencial do usuário, da família e da comunidade, uma vez que a ferramenta serve para somar esforços para um planejamento e um cuidado terapêutico singular do indivíduo, família e comunidade”, ressalta o webconferencista.

Sobre o conferencista

Camilo Eduardo Almeida é graduado em Enfermagem pela Universidade do Estado do Pará (UEPA), especialista em Enfermagem do Trabalho, Especialista em gestão de residência em saúde pelo Sírio Libanês, mestre em Saúde Coletiva (UFPA), professor da Faculdade de Medicina da UFPA, coordenador de Formação do Saúde Belém Digital pela Fadesp, cordenador do Pet-saúde equidade e teleconsultor do Telessaúde UFPA.

Brasil registra menor mortalidade por aids da série histórica

O Ministério da Saúde divulgou um novo boletim epidemiológico que aponta que, em 2023, houve aumento de 4,5% nos casos de HIV em comparação a 2022, demonstrando aumento da capacidade de diagnóstico dos serviços de saúde brasileiros. A divulgação foi na última semana e revela que, apesar do aumento no número de detecção de casos – diretamente ligado ao fato de algumas pessoas se testarem pela primeira vez – a taxa de mortalidade por aids foi de 3,9% óbitos, a menor desde 2013.

Segundo dados do boletim epidemiológico, 70,7% das pessoas que foram notificadas com HIV são do sexo masculino, 63,2% ocorreram em pessoas pretas e pardas, e 53,6% em homens que fazem sexo com homens. A razão de sexos é de 2,7 casos em pessoas do sexo masculino para cada caso do sexo feminino. A faixa etária com mais casos entre as mulheres, 37,1%, é a de 20 a 29 anos de idade, sendo que, no sexo masculino, a mesma faixa etária concentra 41% dos casos. Os dados reforçam a necessidade de considerar os determinantes sociais para respostas efetivas à infecção e à doença, além de incluir populações-chave esquecidas pelas políticas públicas no último governo.

Em 2023, foram registrados 38 mil casos de aids, com a região Norte registrando a maior taxa de detecção do país, 26%, seguida pela região Sul, 25%. No ranking de casos, Boa Vista-RR, Manaus-AM e Porto Alegre-RS, apresentam taxas de detecção de 50,4%, 48,3% e 47,7%, respectivamente. Pessoas do sexo masculino foram responsáveis por cerca de 27 mil dos casos registrados. A faixa etária com maioria dos casos de aids é a de 25 a 29 anos de idade, com 34%, seguida da de 30 a 34 anos, com 32,5%. Quando observado somente o sexo masculino, essas mesmas faixas etárias correspondem a 54,8% e 50,3%. Quanto à categoria de exposição, em 2024, 43,9% dos casos notificados da síndrome ocorreram entre pessoas do sexo masculino homossexuais e bissexuais. 

Especificamente em 2023, foram registrados 10.338 óbitos por aids, mas a mortalidade padronizada registrada foi 3,9%, a menor desde 2013.

Com informações do Ministério da Saúde

MS reabre 100% dos serviços de atendimento no território Yanomami

O Ministério da Saúde reabriu 100% dos polos no território Yanomami e 5,2 mil indígenas passaram a ser atendidos no territórios Yanomami, reduzindo significativamente o vazio assistencial. Isso foi possível graças à entrega de 7 novos Polos Base nas aldeias de Kayanaú, Homoxi, Hakoma, Ajaraní, Haxiú, Xitei e Palimiu. No início de 2023, os serviços no Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) Yanomami e Yekuana estavam comprometidos pelo garimpo ilegal e pela destruição das estruturas de saúde na região. Com a reabertura, as equipes de saúde puderam retornar a essas localidades, garantindo assistência e vigilância contínua.

Essas informações constam no relatório atualizado do ministério – o Informe 6 do Centro de Operação de Emergências (COE) Yanomami, publicado nesta quarta-feira (11). O documento apresenta uma análise comparativa dos seis primeiros meses de 2023 e 2024. O documento também aponta que a pasta construiu 6 novas Unidades Básicas de Saúde Indígena (UBSIs) entre abril e junho de 2024, totalizando 40 UBSIs em funcionamento no território indígena. Essas unidades viabilizam a execução direta dos serviços de atenção à saúde e saneamento. As aldeias também passaram a contar com 1.759 profissionais, quase o triplo do que havia no início de 2023, quando foi declarada emergência na terra indígena. Entre os profissionais, estão cirurgiões-dentistas, médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas e agentes de combate às endemias (ACEs).

A ampliação da rede de saúde resultou no aumento da cobertura de vigilância alimentar e nutricional em crianças menores de 5 anos, que passou de 5.997 para 6.084. Isso permitiu maior captação de crianças com déficit nutricional, possibilitando diagnósticos qualificados e tratamentos oportunos, prevenindo o agravamento da desnutrição. De janeiro a junho de 2023, 90 pessoas foram recuperadas de déficit nutricional nos estabelecimentos de saúde; no mesmo período de 2024, esse número mais que dobrou – subiu para 196.

As melhorias se refletiram em vários campos, como a vacinação, no qual o número de doses aplicadas cresceu 58%, passando de 16.845 no primeiro semestre do ano passado para 26.741 no mesmo período deste ano. O combate à malária também foi intensificado. A doença, de fácil diagnóstico, é um desafio para a população indígena, que antes não tinha acesso regular a serviços de saúde. Com a reabertura dos polos, o número de exames realizados no primeiro semestre de 2024 (136.282) aumentou 73% em comparação ao mesmo período de 2023 (78.777). Assim, os casos notificados subiram de 14.450 para 18.310 em 2024.

Todos os esforços do Governo Federal garantiram a melhoria da saúde no território Yanomami, resultando na redução do número de mortes de indígenas. Dados preliminares apontam que os óbitos caíram 27% se comparados os primeiros seis meses de 2024 e 2023. As mortes reduziram de 213 para 155. Houve quedas significativas nas mortes por infecções respiratórias agudas (53%), desnutrição (68%) e malária (35%).

Com informações do Ministério da Saúde

Foto: Alejandro Zambrana/Sesai

Ministério da Saúde reúne núcleos de Telessaúde de todo o país, em Brasília

O Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Informação e Saúde Digital (Seidigi), realizou nesta quarta-feira (4), a Reunião Geral dos Núcleos de Telessaúde de 2024. O evento foi realizado na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), em Brasília, e foi um momento importante para discutir práticas de atendimento dos núcleos e para o fortalecimento das iniciativas de saúde digital no Brasil. A equipe do Telessaúde UFPA esteve presente no encontro, por meio de sua coordenadora Socorro Castelo Branco e da relações institucionais, Regiane Padilha.

Presidindo a mesa de abertura do evento, a secretária da Seidigi, Ana Estela Haddad, destacou em sua fala o papel essencial dos núcleos de telessaúde no fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), enfatizando a importância dessas estruturas para ampliar o acesso a serviços de saúde especializados, especialmente em regiões remotas ou com pouca cobertura de especialistas. “Os núcleos de telessaúde têm mostrado a força da universidade pública no SUS, cumprindo sua missão de integrar ensino, pesquisa e assistência. Eles são fundamentais para levar cuidado especializado às pessoas, independentemente de sua localização, promovendo equidade e inovação no acesso à saúde”, ressaltou a secretária.

Ana Estela Haddad relembrou que foi na mesma sede da Organização Pan-Americana de Saúde, em 2006, que foi pactuado o programa Telessaúde Brasil Redes, dando o pontapé inicial à telessaúde no Brasil. “E, hoje, 19 anos depois, no mesmo local, realizamos a Reunião Geral dos Núcleos de Telessaúde de 2024”, disse a secretária. A reunião teve um caráter de avaliação e planejamento, dedicando-se ao balanço das ações realizadas em 2024 e à construção das diretrizes para 2025.

O evento contou com a presença de 25 Núcleos de Telessaúde, reunindo tanto equipes com trajetórias consolidadas, que superaram desafios ao longo dos anos, quanto núcleos mais recentes, que estão construindo sua história. “Apesar das mudanças ao longo do tempo, o compromisso do Ministério da Saúde em ampliar os serviços e atender populações vulnerabilizadas permanece firme”, ressaltou a secretária, ressaltando também a competente liderança do Diretor de Saúde Digital e Inovação Cleinaldo Costa e seu Adjunto David Xavier, e de Silvana Benzecry.

A secretária da Seidigi também reconheceu os avanços conquistados e incentivou a continuidade do trabalho com alinhamento às prioridades da pasta, reforçando o impacto positivo dessas iniciativas na transformação digital do SUS. “Os núcleos (Telessaúde) têm um papel crucial neste projeto e pedimos o alinhamento total de suas ações e discursos às políticas do ministério. Isso reflete o compromisso com um SUS forte e um projeto de país inclusivo”, concluiu Ana Estela Haddad.

Com informações do Ministério da Saúde e Instagram

Inscrições abertas para curso online e gratuito de Letramento Racial para profissionais de saúde

Com o objetivo de conscientizar trabalhadores de saúde sobre a necessidade de desconstruir práticas racistas e promover a diversidade e a equidade, a Escola Politecnica em Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV) e o Campus Virtual Fiocruz lançaram o curso online e gratuito “Letramento racial para trabalhadores do SUS”, um produto publicado no escopo do edital Inova Educação – Recursos Educacionais Abertos, com apoio do Ministério da Educação (MEC). As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no site.

Segundo dados do Censo Demográfico do IBGE de 2022, pretos e pardos são a maioria no país, segundo. Mesmo assim, lidamos todos os dias com elevados níveis de preconceitos e discriminação racial em diferentes esferas e relações. Por essa razão a importância do curso, que visa melhorar o atendimento de saúde a pacientes desse segmento social. Relações entre o racismo e a saúde como direito no Brasil; e a prática antirracista como princípio do trabalho em saúde são os temas norteadores da formação, que busca reconhecer e questionar estereótipos, preconceitos, discriminações e injustiças raciais, além de valorizar a diversidade e promover a equidade.

O curso é construído a partir de conteúdo acessível e dinâmico, a formação traz diversos recursos educacionais, como vídeos, podcasts, PDFs, recursos interativos, infográficos, atividades formativas, além de atividades avaliativas. Todo esse material didático é pensado para capacitar os participantes quanto aos fundamentos do letramento racial, como base em uma postura analítica e crítica da realidade, oferecendo subsídios para a implementação de práticas antirracistas no cotidiano do trabalho em saúde. Seu foco são trabalhadores do SUS atuantes em funções assistenciais ou gestoras, mas a formação é aberta a todos os interessados na temática.

O racismo é estrutural e institucional

O curso “Letramento racial para trabalhadores do SUS” tem muita relevância do ponto de vista da promoção da redução das desigualdades, da equidade e do combate ao racismo, que é um problema totalmente estrutural na sociedade brasileira e acaba também, muitas vezes, se expressando nos serviços de saúde.

Este novo curso é o primeiro produto publicado no âmbito do edital Inova Educação – Recursos Educacionais Abertos. O curso, conforme previsto na iniciativa, é um recurso educacional aberto, que pode ser adaptado e usado em outros materiais. O edital foi uma iniciativa da Presidência da Fiocruz, por meio das Vice-presidências de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC), Produção e Inovação em Saúde (VPPIS) e Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB), em parceria com o Ministério da Educação (MEC).

A chamada selecionou 18 projetos e teve como objetivo fomentar o desenvolvimento de produtos inovadores no campo educacional, em especial de Recursos Educacionais Abertos (REA), voltados a temas prioritários para a formação de profissionais de saúde no âmbito da educação superior e da pós-graduação. Ele integra o Programa Fiocruz de Fomento à Inovação, denominado Inova Fiocruz, cujo objetivo central é promover a inovação de pesquisas na área de saúde, visando o desenvolvimento de conhecimento e a entrega de produtos e serviços à sociedade, incentivando, ainda, ambientes favoráveis à pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação em saúde – todas áreas de prática da Fiocruz, reforçando, assim, sua atuação como instituição estratégica do Estado Brasileiro.

Foto: Freepik

MS lança guia sobre mudanças climáticas para profissionais de saúde

O Ministério da Saúde lançou um guia de bolso sobre mudanças climáticas voltado para profissionais da área da saúde. O material é uma adaptação de uma publicação da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) com a linguagem e as necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS). É a primeira vez que o MS publica um material específico para os profissionais com relação às mudanças climáticas e os efeitos em saúde. O guia será entregue aos trabalhadores do SUS e está disponível no portal da pasta.

Segundo informa o MS, o objetivo do guia é facilitar o atendimento dos médicos, enfermeiros, Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e outros profissionais com acesso rápido às informações para que as orientações aos pacientes sejam feitas com mais segurança. As mudanças climáticas são uma realidade recente e, por isso, o documento é fundamental para uma pronta resposta às necessidades dos brasileiros.

Segundo o Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador (DVSAT), as ondas de calor, inundações e secas extremas trazem uma preocupação adicional tanto para quem organiza os serviços, como para os que prestam assistência às pessoas. Tanto nas unidades básicas quanto nas unidades de atenção especializada é preciso realizar algumas mudanças para manter a qualidade do atendimento e o guia é um instrumento importante para garantir informações nas mãos dos profissionais de saúde.

O guia de bolso sobre mudanças climáticas possui mais de 130 páginas e tem informativos sobre alterações nos tratamentos cardiovasculares, respiratórios, renais, oftalmológicos, cutâneos, gastrointestinais e neurológicos, além de trazer recomendações sobre o impacto dos efeitos climáticos na saúde mental e materno-infantil. O material também aborda as zoonoses e doenças de transmissão vetorial e orientações para os pacientes e comunidades.

Foto: Freepik

Ministério da Saúde entrega 18 mil insumos e medicamentos para o território Yanomami

O Ministério da Saúde abasteceu o território Yanomami com 18 mil insumos e medicamentos. O material é destinado para salas de estabilização, malas de emergência e para atender emergências obstétricas. A medida é mais um investimento do governo para evitar a retirada de indígenas para o ambiente urbano. A entrega foi feita na última semana e comtempla medicamentos não listados na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename), que é a lista de medicamentos instituída no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo informações do MS, os insumos foram adquiridos pela Agência Brasileira de Apoio à Gestão do SUS (AgSUS), dentro do Plano Emergencial de Saúde para a região. A Central de Abastecimento Farmacêutico do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) Yanomami é quem administra o estoque. Os remédios entregues serão distribuídos de forma centralizada para os polos-base, conforme as demandas específicas de cada região. Parte do material também será destinado à Casa de Saúde Indígena (Casai) Yanomami, responsável pelo atendimento médico especializado à população indígena da área.

Na lista dos itens entregues estão medicamentos contra sangramentos após traumas, dores intestinais, náuseas e vômitos, antibióticos e antieméticos. Os itens entregues são: Ácido tranexâmico; Ceftriaxona sódica; Cloreto de sódio; Escopolamina; Furosemida; Metronidazol; Norepinefrina; Ondansetrona; Ringer associado com sódio; Simeticona e Tenoxicam. O abastecimento contempla duas atenções simultâneas: a atenção primária e secundária.

O Ministério da Saúde reformulou o fluxo de remoções dos indígenas para hospitais de Boa Vista (RR). Agora, a prioridade é que o paciente seja tratado na própria comunidade, respeitando o bem viver e a cultura do povo. Com isso, somente casos graves são deslocados. A mudança só foi possível após o aumento da assistência no território. A nova estratégia impactou positivamente: a assistência qualificada reduziu em 90% as remoções.

O povo Yanomami tem a maior terra indígena do Brasil, com 10 milhões de hectares, mais de 380 comunidades e 30 mil indígenas. Desde janeiro de 2023, o ministério investe para mitigar a grave crise causada na região pelo garimpo ilegal. O MS aumentou o efetivo de profissionais, dobrou o investimento em ações de saúde e trabalhou para garantir a assistência e combater doenças, como a malária e a desnutrição no território.

Com informações do Ministério da Saúde

Foto:  Rovena Rosa/Agência Brasil

Brasil adota novo esquema vacinal contra a poliomielite

A partir desta segunda-feira (4), o esquema vacinal contra poliomielite passa a ser composto, exclusivamente, por uma dose de vacina inativada poliomielite (VIP), no Brasil. A decisão do Ministério da Saúde em substituir as duas doses de reforço com vacina oral poliomielite bivalente (VOPb), a famosa ‘gotinha’, pela injetável levou em conta as novas evidências científicas para proteção contra a doença. Com o avanço tecnológico, será possível garantir uma maior eficácia do esquema vacinal.

Segundo o Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI), a mudança é significativa e pode ser observada no mundo inteiro. Países como o Estados Unidos e nações europeias já utilizam esquemas vacinais exclusivos com a VIP.

Atualmente, há cerca de 38 mil salas de vacinação nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) em todo o país. A meta do Ministério da Saúde é que a cobertura vacinal alcance 95% até o fim deste ano. Em 2023, a cobertura da VIP foi de 86,5% e a de VOP 78,2%, segundo as informações contidas na Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS).

O esquema vacinal anterior contemplava a administração de três doses da VIP aos 2, 4 e 6 meses e duas doses de reforço da VOP, a ‘gotinha’, aos 15 meses e aos 4 anos de idade. A partir de hoje, será necessária apenas uma dose de reforço com VIP, aos 15 meses,

A partir de agora o esquema vacinal passa a ser:

2 meses – 1ª dose;

4 meses – 2ª dose;

6 meses – 3ª dose;

15 meses – dose de reforço.

A nova estratégia para uso do imunizante injetável é mais um passo para garantir que o Brasil se mantenha livre da poliomielite. O país está há 34 anos sem a doença, graças à vacinação em massa da população.

O famoso personagem Zé Gotinha, criado nos anos 1980, é o símbolo da luta contra a poliomielite e, além disso, foi usado para alertar sobre a prevenção de doenças imunopreveníveis. Mesmo com a mudança, ele continuará atuando em prol da vacinação e da vida.

Foto: Myke Sena/MS

Novembro Azul: SBU alerta para aumento de casos de câncer de próstata

Através da campanha “Novembro Azul”, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) alerta para os riscos de crescimento dos casos de câncer de próstata em todo o mundo. A partir de dados do Ministério da Saúde, a SBU alerta que a doença matou 17 mil homens no Brasil em 2023, uma média de 47 por dia. A revista científica internacional Lancet, por meio de texto publicado no primeiro semestre, prevê que o número de novos casos de câncer de próstata deve aumentar nos próximos anos.

A comissão de câncer de próstata da respeitada publicação científica projeta que os casos no mundo devem duplicar até 2040, passando de 1,4 milhão em 2020 para 2,9 milhões em 2040, devido ao aumento de expectativa de vida global. A previsão é que também haja um aumento de 85% do número de mortes (de 375 mil em 2020 para 694 mil em 2040).

A campanha Novembro Azul surgiu a partir de um movimento que começou, em 2003, na Austrália. Todo ano, o mês é dedicado à saúde do homem e resulta em campanhas em vários países, inclusive no Brasil, com foco principal na prevenção ao câncer de próstata. Um dos principais pontos que a SBU destaca na campanha é que o diagnóstico tardio é um fator que reduz as chances de cura e aumenta a letalidade da doença. Para prevenir a doença e detectá-la em estágio inicial, é importante a realização periódica de exames e consulta com o especialista, destaca a entidade.

A SBU acredita ser importante que adolescentes e adultos jovens façam sempre exames anuais sobre suas condições de saúde geral do homem, observando diabetes, hipertensão, colesterol, vida sedentária, obesidade, são fatores que estão aliados a tumores como o câncer de próstata. Uma das propostas da SBU, na campanha Novembro Azul deste ano, é chamar a atenção para o fato de que o câncer de próstata apresenta poucos sintomas em sua fase inicial e que, se o homem esperar por esses sintomas, pode descobrir uma doença em estágio avançado e possivelmente em metástase (quando as células cancerígenas se espalham para outros órgãos).

Esporotricose humana é tema de webconferência

O Telessaúde UFPA/Ebserh realizará a webconferência “Diagnóstico e manejo da Esporotricose Humana”, no dia 02 de dezembro. O tema será ministrado pela dermatologista Carla Pires, que tem mestrado, doutorado e pós-doutorado em doenças tropicais e vai trazer atualizações sobre a doença e dar orientações sobre como diagnosticá-la e fazer o seu manejo, em especial nas unidades de Atenção Primária à Saúde (APS). O evento será às 18h, com acesso pelo site telessaude.ufpa.br e é voltado para médicos(as), enfermeiras(os) e profissionais da saúde atuantes na Atenção Primária à Saúde no Estado do Pará.

A webconferencista Carla Pires alerta para a importância da qualificação dos profissionais de saúde para ter um bom manejo da esporotricose humana, pois a mesma pode provocar lesões graves na pele e em outros órgãos de humanos e animais, em especial nos gatos. “Para que essa doença seja eliminada é essencial que as equipes de saúde estejam qualificadas para identificar os sinais e tratar os casos de maneira adequada, adotando medidas de prevenção e controle da doença”, destaca a dermatologista.

A esporotricose humana é uma micose subcutânea que surge quando o fungo do gênero Sporothrix entra no organismo, por meio de uma ferida na pele. A doença pode afetar tanto humanos quanto animais. A infecção ocorre, principalmente, pelo contato do fungo com a pele ou mucosa, por meio de trauma decorrente de acidentes com espinhos, palha ou lascas de madeira; contato com vegetais em decomposição; arranhadura ou mordedura de animais doentes, sendo o gato o mais comum.

Os sintomas da esporotricose aparecem após a contaminação do fungo na pele. O desenvolvimento da lesão inicial é bem similar a uma picada de inseto, podendo evoluir para cura espontânea. Em casos mais graves, por exemplo, quando o fungo afeta os pulmões, podem surgir tosse, falta de ar, dor ao respirar e febre. Na forma pulmonar, os sintomas se assemelham aos da tuberculose. Mas o fungo também pode afetar os ossos e articulações, manifestando-se como inchaço e dor aos movimentos, bastante semelhantes ao de uma artrite infecciosa.

Sobre a conferencista

A médica dermatologista e hansenóloga Carla Andrea Avelar tem mestrado, doutorado e pós-doutorado em doenças tropicais pela Universidade Federal do Pará (UFPA), é membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH), professora adjunta 4 da Universidade Estadual do Pará (UEPA) e da Universidade Federal do Pará (UFPA). É também coordenadora do Ambulatório de Hanseníase da UEPA.

Webconferência vai abordar o manejo da Sífilis congênita e na gravidez na APS

O Telessaúde UFPA/Ebserh realizará a webconferência “Sífilis Congênita e na Gravidez na APS”, no dia 18 de novembro. O tema será ministrado pela médica Cibele Almeida, que tem mestrado em Educação e Saúde e vai apresentar informações atualizadas sobre o manejo da doença pelos profissionais que atuam nas unidades de Atenção Primária à Saúde (APS). O evento será às 17h30, com acesso pelo site telessaude.ufpa.br e é voltado para médicos(as), enfermeiras(os) e profissionais da saúde atuantes na Atenção Primária à Saúde no Estado do Pará.
A webconferencista Cibele Almeida destaca que a webconferência terá como enfoque principal o diagnóstico da sífilis e o tratamento. “Vamos abordar algumas informações importantes sobre o manejo da doença. “Será abordada uma revisão do tratamento e manejo da sífilis primária, gestacional e congênita”, explica a médica, que acredita ser importante a participação de médicos e profissionais que atuam na APS para aprimorarem o atendimento dos casos que chegam nas unidades de saúde.
A sífilis congênita é uma doença que é transmitida da mãe com sífilis (não tratada ou tratada de forma inadequada) para a criança durante a gestação (transmissão vertical). Por isso, é importante fazer o teste para detectar a sífilis durante o pré-natal e, quando o resultado for positivo (reagente), tratar corretamente a mulher e sua parceria sexual, para evitar a transmissão. Por essa razão, o Ministério da Saúde recomenda que a gestante seja testada pelo menos em três momentos: primeiro trimestre de gestação, terceiro trimestre de gestação e momento do parto ou em casos de aborto.


Sobre a conferencista
Cibele Maria de Almeida é médica, especialista em Medicina de Família e Comunidade (MFC) e Mestre em Educação e Saúde. É também docente do curso de medicina do Cesupa e Famaz e supervisora acadêmica do Programa Mais Médicos.

Ministério da Saúde faz visita técnica ao Pará e reúne com gestores de saúde

Representantes da Secretaria de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde (SEIDIGI), do Ministério da Saúde (MS) estão realizando visita técnica no Pará e reunindo com gestores municipais de saúde. O objetivo da visita é dialogar com os gestores sobre a necessidade de ampliar a adesão aos serviços ofertados pelo Telessaúde UFPA/Ebserh para melhorar os atendimentos nas unidades de Atenção Primária à Saúde (APS) no Pará.

A agenda da visita técnica começou nesta segunda-feira (21), em Altamira, no sudoeste paraense, onde foi realizada até a terça-feira (22), a capacitação com profissionais da área da saúde do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI). A equipe do Telessaúde UFPA/Ebserh esteve representada pela vice-coordenadora, Leidiana Lopes, a coordenadora administrativa, Nayara Faro e a relações institucionais, Regiane Padilha, que coordenaram os trabalhos de capacitação junto com a consultora em saúde digital do Departamento de Saúde Digital e Inovação (Desd), do Ministério da Saúde, Eliete Moraes.

Na quarta-feira (23), a agenda do MS foi em Belém, onde foi realizada uma reunião com gestores municipais de saúde e profissionais da área da saúde, com o objetivo de sensibilizá-los sobre a importância do uso dos serviços ofertados pelo Telessaúde UFPA/Ebserh. Participaram do evento gestores dos municípios da região do Marajó, que tem parceria com o núcleo.

A consultora em saúde digital do Departamento de Saúde Digital e Inovação (DESD), do Ministério da Saúde, Eliete Moraes, destacou durante o evento a importância da mobilização dos gestores de saúde. “Estamos, aqui, para demonstrar quais serviços de saúde digital e de telessaúde que estão disponíveis para os municípios do Marajó, incluindo também Oeiras do Pará, pois por mais que vários municípios já tenham feito a adesão a gente vê que eles ainda estão utilizando em pouca quantidade, então a gente está mostrando algumas experiências exitosas do uso do telessaúde para que mobilize-os a usá-los cada vez mais e melhorar, com isso, os atendimentos na rede de Atenção Primária à Saúde (APS)”, disse Eliete Moraes.

Participaram da reunião com os representantes do Ministério da Saúde e do Telessaúde UFPa/Ebserh, gestores de saúde dos municípios marajoaras de Salvaterra, Breves, São Sebastião da Boa Vista, Santa Cruz do Arari, Curralinho, Muaná, Afuá, Cachoeira do Arari e Chaves, além do município de Oeiras do Pará, que fica na mesorregião do nordeste paraense.

Nesta quinta-feira (24), a agenda seguiu para o município marajoara de Salvaterra, onde foi realizado um trabalho de articulação, com reuniões com gestores e médicos(as) dos municípios de Salvaterra, Soure e São Sebastião da Boa Vista, todos municípios do Marajó.

Vacina contra hanseníase será testada no Brasil

O Brasil, por meio do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vai liderar um teste clínico histórico para a saúde pública mundial: uma etapa do desenvolvimento de uma vacina contra a hanseníase. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta segunda-feira (14) a realização dos testes em humanos, e, se a pesquisa obtiver as respostas desejadas, esse pode ser o caminho para a população brasileira contar com uma vacina gratuita contra a doença.

Antes de chegar ao Brasil para a realização da etapa de estudos em humanos, que contará com 54 voluntários, a vacina já teve sua segurança demonstrada em testes em 24 pessoas sadias nos Estados Unidos. O estudo mostrou a segurança da vacina, sem nenhum registro de evento adverso grave. Também apontou capacidade de estimular a resposta imunológica.

A vacina LepVax foi desenvolvida pelo Access to Advanced Health Institute (AAHI), instituto americano de pesquisa biotecnológica, sem fins lucrativos, e é candidata a ser a primeira vacina contra a hanseníase. Com a moderna tecnologia de subunidade proteica, a vacina teve testes pré-clínicos promissores contra a bactéria Mycobacterium leprae, causadora da doença.

O Brasil concentra 90% dos casos da doença no continente americano e também é o segundo país do mundo em número de notificações da doença, atrás apenas da Índia. Em dez anos, de 2014 a 2023, foram quase 245 mil novas infecções, segundo o Ministério da Saúde. Apenas em 2023, foram registrados 22.773 novos casos.

Esse cenário epidemiológico mostra que com o teste no Brasil, os pesquisadores vão poder observar os efeitos da LepVax em um território com transmissão da hanseníase. Nesse sentido, os pesquisadores acreditam que possivelmente o sistema imunológico de grande parte dos brasileiros teve contato anterior com micobactérias, o que pode influenciar na resposta à vacina.

O enfrentamento da hanseníase está no escopo do Comitê Interministerial para Eliminação da Tuberculose e Outras Doenças Determinadas Socialmente (Cieds), instalado em junho. Para a hanseníase, as metas incluem a interrupção da transmissão em 99% dos municípios, a eliminação da doença em 75% dos municípios e a redução de 30% do número absoluto de novos casos com incapacidade física aparente no momento do diagnóstico até 2030.

O Instituto Oswaldo Cruz foi escolhido como centro clínico responsável pelos testes e o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) é o patrocinador do ensaio clínico. O projeto da LepVax é financiado pela entidade filantrópica American Leprosy Missions (ALM), dos Estados Unidos, que lidera o desenvolvimento da vacina desde 2002. O estudo no Brasil também tem financiamento do Ministério da Saúde e do fundo japonês Global Health Innovative Technology Fund (GHIT Fund). A Fundação de Saúde Sasakawa, do Japão, é parceira da pesquisa.

Brasil registra um atendimento de emergência cardíaca por minuto

O Sistema Único de Saúde (SUS) registra que a cada minuto uma pessoa dá entrada em um pronto-socorro, com emergência cardíaca, no Brasil. A maioria das entradas são de pacientes com crises agudas causadas por doenças que afetam o coração, como a insuficiência cardíaca e o infarto agudo do miocárdio. O alerta é da Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede), que destaca que, em 2023, os atendimentos decorrentes desse tipo de quadro totalizaram 641.980 internações.

A Abramede mapeou os principais problemas cardiovasculares registrados em hospitais públicos brasileiros, incluindo a doença reumática crônica do coração; o infarto agudo do miocárdio; as doenças isquêmicas do coração; os transtornos de condução e arritmias cardíacas; e a insuficiência cardíaca.

Para a associação, os números demonstram ser fundamental fortalecer a infraestrutura hospitalar e capacitar continuamente equipes de emergência para lidar com o volume crescente e a complexidade dos casos. Ao longo desta semana, a Abramede reúne cerca de 1,6 mil especialistas para tratar do tema durante o 9º Congresso Brasileiro de Medicina de Emergência.

Na avaliação da entidade, os números revelam “forte pressão” sobre emergências em todo o país. O Sudeste, região mais populosa, concentrou o maior número absoluto de internações por doenças cardíacas, com mais de 241 mil atendimentos desse tipo. No Nordeste, a pressão sobre as emergências é maior em estados como Ceará e Pernambuco, que registraram, respectivamente, 20.374 e 24.331, que correspondem a mais de 90% das internações por doenças cardíacas nesses estados. Já no Norte, o total de atendimentos de urgência foi de 27.460. Dentre as unidades federadas, o estado do Amazonas se destaca, com 5.899 atendimentos do tipo.

O cenário mais crítico, segundo a Abramede, está em Mato Grosso do Sul, onde 97% das internações por doenças cardíacas foram de urgência. O estado contabilizou 10.590 internações desse tipo, de um total de 10.963 atendimentos registrados em 2023 – maior percentual em todo o país.

Ainda de acordo com o levantamento, no ano passado mais de 85% das internações relacionadas a doenças cardíacas foram de caráter emergencial. O infarto agudo do miocárdio, por exemplo, respondeu por 152 mil internações de urgência, representando 88% do total de internações para essa condição.

Chaves oficializa adesão ao Telessaúde UFPA

O município de Chaves é o 13º município do Marajó a realizar a adesão ao Telessaude-UFPA/Ebserh. A adesão de Chaves aos serviços do Telessaúde UFPA/Ebserh foi oficializada, em visita técnica, realizada pela equipe do núcleo, nos dias 11 e 12 deste mês (setembro). As relações institucionais do núcleo, Regiane Padilha e Amanda Silva foram até o município para a realização de reuniões de alinhamento com a gestão de saúde municipal, além de capacitações com médicos, enfermeiros e técnicos da rede de saúde municipal.

A adesão e capacitação dos profissionais marca uma nova fase na oferta de serviços da Atenção Primária à Saúde (APS) no município, que agora possui os serviços de Tele-Eletrocardiograma (Tele-ECG), com sala equipada para realização de exames, em parceria com o serviço de Telediagnóstico do núcleo, cuja equipe de técnicos emite um laudo em até 72 horas.

O município marajoara também aderiu aos serviços de Teledermatologia, por meio do qual já foram realizados os primeiros exames. Além disso, os médicos da rede municipal de saúde de Chaves já podem utilizar os serviços de Teleconsultoria para casos de dúvidas de manejo clínico e processo de trabalho.

O Telessaúde-UFPA/Ebserh, juntamente com o município, estão trabalhando também nos ajustes necessários para, brevemente, implementar o serviço de Telerradiologia. Chaves deverá ser o primeiro município do Marajó a implementar este serviço.

Telessaúde UFPA realiza capacitação com profissionais de distritos de Belém

O Telessaúde UFPA/Ebserh realizou uma capacitação voltada para técnicos administrativos e gerentes dos distritos administrativos de Belém (Dabel), Entroncamento (Daben), Mosqueiro (Damos) e Outeiro (Daout), em Belém. O treinamento foi realizado nesta quarta-feira (11), às 14h, no auditório do Instituto de Ciências da Educação (Iced) e focou na capacitação dos profissionais para cadastrarem, adequadamente, no Sistema de Regulação do Ministério da Saúde (Sisreg), os casos de câncer de pele, que são atendidos pelo serviço de Teledermatologia do núcleo e que precisam ter um encaminhamento adequado para o tratamento na rede pública de saúde da capital.

A coordenadora geral do Telessaúde UFPA/Ebserh, Profa. Socorro Castelo Branco coordenou a capacitação e destacou a importância do cadastro adequado no sistema. “Os casos com hipótese diagnóstica de câncer de pele possuem uma fila especial e triagem específica e é importante que o cadastro seja feito corretamente para que a fila caminhe mais rápido e o/a paciente possam ter a sequência do seu atendimento e tratamento com maior eficácia”, destaca a coordenadora.

Na ocasião da capacitação, os gerentes e técnicos administrativos puderam tirar dúvidas e obter informações sobre a condução do cadastro dos casos. O núcleo já realizou vários treinamentos com profissionais dos distritos administrativos de Belém sobre várias temáticas que contribuem para a melhoria do uso dos serviços ofertados pelo Telessaúde UFPA/Ebserh, sempre tendo como foco principal a melhoria dos atendimentos na Atenção Primária à Saúde (APS). A realização de capacitações é resultado de uma parceria entre o Telessaúde e a Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma).

Este esforço de capacitação visa aprimorar a eficiência e a qualidade dos serviços de saúde oferecidos aos moradores de Belém, reafirmando o compromisso do Telessaúde UFPA/Ebserh com a melhoria contínua na área da saúde pública.

Foto: Telessaúde UFPA/Ebserh

Webconferência vai debater o manejo de arboviroses na APS

O Telessaúde UFPA/Ebserh realizará a webconferência “Arboviroses: manejo clínico na APS”, no dia 15 de outubro.  O tema será ministrado pela infectologista Rita Medeiros, que é doutora em Virologia Médica pela Universidade Paris VII Instituto Pasteur, que vai apresentar dados atualizados sobre o tema e orientar como os profissionais que atuam nas unidades de Atenção Primária à Saúde (APS) devem manejar os casos de arboviroses. O evento será às 17h, com acesso pelo site telessaude.ufpa.br e é voltado para médicos(as), enfermeiras(os) e profissionais da saúde atuantes na Atenção Primária à Saúde no Estado do Pará.

No Brasil, ocorre uma circulação simultânea de diversas arboviroses, como Dengue, Febre Amarela, Zika vírus, Chikungunya, Mayaro e Oropouche. Essa diversidade de arboviroses torna, ainda, mais desafiador o controle das doenças. Por essa razão, o Telessaúde UFPA/Ebserh está ofertando uma webconferência com a infectologista Rita Medeiros, que é uma importante referência médica em relação ao tema. O objetivo é contribuir com a formação continuada dos profissionais da saúde, em especial médicos, que atuam, em seu dia a dia, nas unidades de saúde com casos dessas doenças.

As arboviroses são um grupo de vírus que tem sua transmissão por meio de artrópodes, como os mosquitos e carrapatos, sendo os mosquitos os principais vetores. Os seus principais sintomas são febre, fadiga, mal-estar generalizado, mialgia, artralgia e cefaleia, e podem gerar desde quadros assintomáticos ou leves até quadros graves, com complicações graves como falência múltipla de órgãos e morte. Logo, as arboviroses são um importante problema de saúde pública, que pode ser atenuado com a prevenção através da erradicação de água parada (para evitar a proliferação de mosquitos), uso de repelentes, e até mesmo a vacinação quando disponível, como é o caso da Febre Amarela.

Em função de toda essa complexidade é importante a conscientização da população sobre as arboviroses, seus sintomas e as suas formas de prevenção, além de orientar sinais de alerta que indicam gravidade do quadro, com necessidade de ajuda médica. O controle das arboviroses, portanto, requer esforços coordenados, incluindo medidas de prevenção, como a eliminação de criadouros de mosquitos, o uso de repelentes e a implementação de estratégias de controle vetorial. A vacinação também desempenha um papel fundamental no combate à febre amarela.

Mpox: casos no Brasil este ano já superam o total de 2023

De janeiro a agosto deste ano, o Brasil registrou 945 casos confirmados ou prováveis de Mpox. O número supera o total de casos notificados ao longo de todo o ano passado, quando foram contabilizados 853 casos. Há ainda 264 casos suspeitos da doença. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde por meio de informe semanal, nesta quinta-feira (05).

De acordo com o boletim, o Sudeste concentra a maior parte dos casos de Mpox no país, 80,7% ou 763 do total. Os estados com maiores quantitativos de casos são São Paulo (487 ou 51,5%), Rio de Janeiro (216 ou 22,9%), Minas Gerais (52 ou 5,5%) e Bahia (39 ou 4,1%). Não houve registro de casos confirmados ou prováveis no Amapá, em Tocantins e no Piauí.

O perfil de casos confirmados e prováveis no Brasil, segundo o informe, continua sendo majoritariamente composto por pessoas do sexo masculino (897 ou 94,9%) na faixa etária de 18 a 39 anos (679 ou 75,7%). Apenas um caso foi registrado na faixa etária até 4 anos. Até o momento, não foram registrados casos confirmados e prováveis em gestantes.

O ministério contabiliza ainda 69 hospitalizações por Mpox (7,3% do total de casos), sendo 37 (3,9%) para manejo clínico e oito (0,8%) para isolamento, enquanto em 24 casos (2,5%) não foi descrito o motivo para a hospitalização. Além disso, cinco casos (0,5%) precisaram de internação em unidade de terapia intensiva (UTI). De acordo com a pasta, não foram registrados óbitos por Mpox no Brasil ao longo deste ano.

Com informações da Agência Brasil

Foto: Getty Images

Webconferência vai debater o manejo da Depressão e Ansiedade na APS

O Telessaúde UFPA/Ebserh realizará a webconferência “Depressão e Ansiedade: manejo na APS”, no dia 19 de setembro.  O tema será ministrado pela psiquiatra e docente da residência de Psiquiatria do Centro Universitário do Pará (Cesupa), que vai abordar como identificar, diagnosticar e iniciar o tratamento medicamentoso nas unidades de Atenção Primária à Saúde (APS). O evento será às 17h, com acesso pelo site telessaude.ufpa.br e é voltado para médicos(as), enfermeiras(os) e profissionais da saúde atuantes na Atenção Primária à Saúde no Estado do Pará.

No Brasil, os transtornos de saúde mental são um problema de saúde pública importante, recaindo sobre a Atenção Primária à Saúde a alta procura de pacientes por atendimentos, em função dos sintomas clínicos vivenciados por eles. Entre os transtornos mais comuns estão a ansiedade e depressão.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a prevalência global de ansiedade e depressão aumentou em 25% desde a pandemia de Covid-19, que foi declarada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em março de 2020.

A depressão é um transtorno mental que tem como principais sinais a tristeza persistente e a perda de interesse por atividades prazerosas. Também pode vir acompanhada de sintomas como perda de energia, inapetência, insônia, hipersonia, ansiedade, perda ou ganho de peso, dificuldade/perda da capacidade de concentração e sensação de desprazer e de culpa, entre outras.

Já o transtorno de ansiedade é caracterizado pela preocupação excessiva ou expectativa apreensiva, persistente e de difícil controle. É acompanhada por sintomas como a inquietação, fadiga, irritabilidade, dificuldade de concentração, tensão muscular e perturbação do sono. Sintomas físicos como palpitações, falta de ar, taquicardia, sudorese, dor de cabeça e dores musculares podem estar associados.

Sobre a conferencista

Elen Cristina Melo do Nascimento é médica formada pela Universidade Federal do Pará (UFPA), possui título de especialista em Psiquiatria e Psicoterapia pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e é também especialista em Psiquiatria Forense pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). É perita psiquiatra oficial da Polícia Científica do Pará.

Telessaúde UFPA tem participação na 24° edição do Moodlemoot

O Telessaúde UFPA/Ebserh teve participação na 24° edição do Moodlemoot, que reúne a comunidade de profissionais que utiliza a tecnologia Moodle e seus recursos em suas atividades. O evento ocorreu do dia 21 a 23 de agosto de 2024 e contou com a presença de mais de 500 pessoas de todo o Brasil, no Hotel San Marco, em Brasília – DF. O designer do núcleo, Helder Batista, que está trabalhando com o Moodle no desenvolvimento dos cursos autoinstrucionais que estão sendo ofertados pelo Telessaúde UFPA/Ebserh esteve presente no encontro, fazendo o intercâmbio de conhecimento sobre a plataforma.

Atualmente, o núcleo de Telessaúde UFPA/Ebserh possui dois cursos autoinstrucionais, que utilizam a plataforma Moodle, dos quais um já está sendo ofertado, que é o “Processo de Trabalho na Atenção Primária à Saúde”, e o segundo, que está em desenvolvimento, “Vigilância da Sifílis congênita e na gravidez”. Os cursos estão sendo ofertados, nesse primeiro momento, para agentes de saúde que atuam na Atenção Primária à Saúde (APS), em Belém. Mas a proposta é ampliar para todos os municípios do Estado do Pará.

O trabalho do núcleo tem ido além da utilização dos recursos já ofertados, pois a equipe técnica tem trabalhado no desenvolvimento de um tema novo para o Moodle, chamado “Lume”, cuja previsão é de que ele seja apresentado no evento de 2025.

O evento visa promover e integrar a comunidade da tecnologia Moodle e seus recursos, pois a plataforma é fundamental e está presente no dia a dia de profissionais, estudantes e docentes de todo o país, que se reúnem uma vez por ano para fazer um intercâmbio de conhecimentos entre os profissionais usuários da tecnologia.

Foto: Telessaúde UFPA/Ebserh

I Encontro de Avaliação do Telessaúde UFPA é realizado durante visita técnica do Telessaúde UFSC e Ministério da Saúde

Uma visita técnica do núcleo de Telessaúde da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e do Ministério da Saúde marcou a realização do I Encontro de Avaliação do Telessaúde UFPA, realizado nos dias 19, 21 e 22 de agosto. O evento foi importante porque permitiu reunir representantes do núcleo de Telessaúde UFPA/Ebserh e do núcleo de Saúde Digital da Universidade do Estado do Pará (Uepa). O objetivo do encontro foi propiciar uma troca de informações e experiências do núcleo catarinense, que possui uma trajetória de mais de 15 anos na área, além da parceria do Sistema Integrado Catarinense de Telemedicina e Telessaúde (STT) com os núcleos paraenses.

O primeiro dia do encontro contou com uma importante reunião realizada no Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) e na ocasião foram debatidas experiências e formas que possibilitem melhorar o alcance e os resultados dos serviços ofertados aos municípios paraenses. A coordenadora do Telessaúde UFSC, Maria Cristina Calvo, destacou que a visita técnica realizada em Belém é parte de um compromisso que foi assumido junto ao Ministério da Saúde, no sentido de dar um maior suporte aos núcleos que estão em fase inicial de operacionalização ou em fase de implantação. “Nossa visita tem como objetivo oferecer o suporte dos conhecimentos que nós já temos, historicamente, consolidados, mas não para impor um modelo de implantação, pois o nosso objetivo é debater sobre as dificuldades e algumas estratégias de superação”, disse a coordenadora.

No segundo dia do encontro (21), foi realizada uma reunião, pela manhã, com a superintendência do Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Pará (CHU-UFPA), no Hospital Universitário Barros Barreto. Na ocasião, a superintendente do CHU/UFPA, Regina Feio, destacou a importância da realização de parcerias e pactuações com os gestores de saúde, estadual e municipais, como uma forma de garantir uma maior expansão dos serviços ofertados pelo núcleo.

Durante a reunião, Cristina Calvo fez uma apresentação sobre o núcleo de Telessaúde UFSC e compartilhou com os presentes as dificuldades e superações que conseguiram durante os 15 anos de implantação e funcionamento do núcleo. Em seguida, a apresentação ficou por conta do Telessaúde UFPA/Ebserh, quando a coordenadora geral, Profa. Maria do Socorro Castelo Branco fez uma explanação sobre os desafios que vem sendo enfrentados e os resultados dos três primeiros anos de implantação e funcionamento do núcleo no Pará.

Coube à vice-coordenadora do Telessaúde UFPA/Ebserh, Leidiana Lopes,  a finalização das apresentações, falando sobre o trabalho e os avanços que vem sendo conseguidos na área da Tele-Educação, com a produção de importantes produtos de educação à distância, como as webconferências e os cursos autoinstrucionais, que estão sendo desenvolvidos pela equipe profissional do núcleo paraense.

À tarde, foi a vez do I Encontro de Avaliação do Telessaúde UFPA reunir com os gestores dos municípios paraenses, de forma híbrida, para permitir a participação do maior número de representantes possíveis, levando-se em consideração as distâncias geográficas e dificuldades de comunicação via internet com as diferentes regiões atendidas pelo núcleo. Mais de dez representantes de gestões municipais participaram do evento e dialogaram tirando dúvidas e obtendo informações em relação aos serviços de saúde digital, em especial o telessaúde.

No terceiro e último dia do encontro (22), a reunião foi na sala sede do Telessaúde UFPA/Ebserh, no Hospital Bettina Ferro Souza, que fica no campus Guamá da UFPA. Nesse momento, a coordenadora Socorro Castelo Branco apresentou as informações sobre os trabalhos que vem sendo desenvolvidos pelo núcleo da UFPA e os desafios que estão sendo enfrentados em função das peculiaridades da região amazônica, com destaque para o Pará, em especial a região do Arquipélago do Marajó, que tem sido a principal área de atuação do Telessaúde UFPA.

Em um segundo momento, representantes do núcleo de Saúde Digital da Uepa se juntaram à reunião, ampliando o debate sobre os desafios a serem enfrentados no Pará. O coordenador Emanoel Sousa ouviu, atentamente, sobre as experiências já acumuladas pelo Telessaúde UFPA/Ebserh e também sobre as ações já consolidadas pelo Telessaúde UFSC e se colocou à disposição para dialogar e somar nesse trabalho de levar serviços de saúde digital para áreas mais remotas do estado e país. Um café especial foi servido aos participantes para adoçar o último dia de encontro e oferecer aos visitantes uma boa experiência gastronômica em Belém, que tem premiação pela criatividade e qualidade da sua comida regional. O encerramento do encontro foi à tarde, com o terceiro grupo de gestores municipais de saúde paraenses para fechar a transmissão de informações e debates sobre os serviços.

A coordenadora do Telessaúde UFSC, Cristina Calvo, avaliou que o resultado do encontro foi positivo, pois permitiu a contribuição de seu núcleo para a ampliação dos serviços. “Nossa visita atende a uma demanda do Ministério da Saúde, no sentido de dar apoio aos núcleos de telessaúde do país, que estão em fase inicial e em processos de implantação para oferecer apoio e emprestar um pouco da nossa experiência. Foi uma importante oportunidade para conhecermos os núcleos paraenses e contribuir para a ampliação dos serviços de telessaúde no Pará e em todo o país”, avaliou.

E continuou a sua avaliação, com um anúncio importante: “Estamos coletando informações em todos os núcleos de telessaúde do país que temos realizado visitas técnicas e esse trabalho vai gerar como produto a consolidação dessas informações todas em um e-book, com a participação dos núcleos, evidentemente, para mostrar como são as estratégias de implantação, quais são as dificuldades e quais são as possibilidades de atalhos para ser mais rápida essa implantação”, finalizou. A previsão, segundo ela, é que o e-book fique pronto até meados do ano que vem, quando todas essas experiências deverão estar consolidadas.

Telessaúde UFSC e Ministério da Saúde realizam visita técnica aos núcleos de Telessaúde no Pará

O núcleo de Telessaúde da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) realizou uma visita técnica e reuniu com representantes do núcleo Telessaúde UFPA/Ebserh e do núcleo de Saúde Digital da Universidade do Estado do Pará (Uepa), com o acompanhamento de técnicos do Ministério da Saúde, na tarde desta segunda-feira (19). A reunião foi realizada no Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) e tem como objetivo a troca de experiências para otimizar os serviços ofertados pelos núcleos nos municípios paraenses e melhorar os seus resultados. O I Encontro de Avaliação do Telessaúde UFPA prosseguirá nesta quarta-feira (21) e quinta-feira (22), quando serão apresentados os dados de atuação e execução dos serviços, e pretende culminar com a avaliação do Telessaúde UFPA.

No primeiro dia do evento, estiveram reunidos no auditório do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) da Universidade do Estado do Pará (Uepa), representantes dos núcleos de Telessaúde UFPA, coordenado pela Profa. Maria do Socorro Castelo Branco e do núcleo de Saúde Digital da Uepa, coordenado por Emanoel Sousa. Na ocasião, foram criados momentos de troca de informações e de orientações do núcleo de Telessaúde UFSC, que é o proprietário do sistema (STT) utilizado nas plataformas dos dois núcleos paraenses.

A coordenadora do Telessaúde UFSC, Maria Cristina Calvo, destacou que o núcleo catarinense tem realizado reuniões com alguns núcleos do país, contribuindo para um aperfeiçoamento no processo de implementação e execução dos serviços de saúde. “Nós viemos num movimento de parceria mesmo, apoiados pelo Ministério da Saúde, para conhecer os trabalhos daqui, dos núcleos da UFPA e da Uepa, para colher todas essas informações e consolidar isso num manual de conhecimentos mesmo, de implantações em locais, onde é difícil implantar e também para oferecer o que nós tivermos de possibilidade de apoio que possa ajudar a avançar, que possa dar uma impulsão ao desenvolvimento das ações aqui”, destacou a coordenadora.

Cristina Calvo também enfatizou a oportunidade de troca de experiências e de informações que o evento está possibilitando. “O nosso objetivo é oferecer o suporte dos conhecimentos que nós já temos, historicamente, consolidados, mas não trazendo um modelo de implantação. Estamos trazendo uma discussão sobre as dificuldades e algumas estratégias de superação. Mas o maior produto vai ser a consolidação dessas informações todas em um e-book, com a participação dos núcleos, evidentemente, para mostrar como são as estratégias de implantação, quais são as dificuldades e quais são as possibilidades de atalhos para ser mais rápida essa implantação”, acrescentou. A previsão, segundo ela, é que o e-book fique pronto até meados do ano que vem, quando todas essas experiências deverão estar consolidadas.

Durante o evento, a discussão técnica entre os núcleos de Telessaúde foi acompanhada por técnicos do Ministério da Saúde, que vieram para Belém para prestar apoio aos núcleos de telessaúde que estão iniciando o seu processo de implementação e iniciando a oferta de serviços para municípios novos. O Ministério da Saúde incentiva as ações de telessaúde nos territórios e faz o acompanhamento para auxiliar no que for necessário para a prevenção do serviço.

Dia Nacional da Farmácia: MS amplia para 95% o acesso a medicamentos

No Dia Nacional da Farmácia, o Ministério da Saúde comemora o alto investimento no programa Farmácia Popular, um dos mais importantes da pasta e que beneficia milhões de brasileiros. A data é comemorada nesta segunda-feira (05) e o programa está com cobertura atual de 95% dos medicamentos e insumos de forma gratuita para toda a população. A ampliação da cobertura foi feita em julho e mais de 1 milhão e duzentos mil brasileiros já foram beneficiados.

O programa Farmácia Popular foi criado em 2004 para disponibilizar medicamentos e outros insumos de saúde para a população e foi relançado pelo presidente Lula em 2023, com a inclusão de novos medicamentos gratuitos, como para osteoporose e anticoncepcionais. Em 2024, foi incluída a distribuição de absorventes para pessoas em situação de vulnerabilidade social e estudantes da rede pública de ensino. Além disso, a partir de julho último, a população passou a retirar, sem custo, remédios para tratamento de colesterol alto, doença de Parkinson, glaucoma e rinite.

Seis meses após o relançamento do programa, em junho de 2023, a extensão dos benefícios fez com que a iniciativa alcançasse o melhor resultado dos últimos quatro anos, com acesso de 22 milhões de brasileiros em 2023, que podiam se tratar com custos menores ou inexistentes. Isso representou um aumento de 8,8% em relação a 2022, com a recuperação de cerca de 2 milhões de pessoas que haviam deixado de ser atendidas nos anos anteriores. O alcance do Farmácia Popular é alto: em 20 anos, pelo menos 70 milhões de brasileiros foram beneficiados pela iniciativa.

O Farmácia Popular oferta 41 itens, entre fármacos, fraldas geriátricas e absorventes. Anteriormente, somente medicamentos indicados para pessoas com diabetes, hipertensão, asma, osteoporose e anticoncepcionais eram gratuitos. A iniciativa está presente em 85% das cidades brasileiras, o equivalente a 4,7 mil municípios, com 31.195  farmácias credenciadas atualmente e capacidade para atender a 96% da população brasileira.

Como conseguir os medicamentos?

O paciente que precisa de medicamentos tem de ir a um estabelecimento credenciado. São farmácias e drogarias que exibem o selo “Aqui tem Farmácia Popular”.

O cidadão precisa apresentar: documento oficial de identidade com foto e número do CPF; e receita médica dentro do prazo de validade, emitida por médico do SUS ou particular. Para a retirada de fraldas geriátricas, é preciso que o paciente tenha mais de 60 anos ou seja pessoa com deficiência e apresente prescrição, laudo ou atestado comprovando a necessidade do uso das fraldas.

Com informações do Ministério da Saúde

Foto: Elza Fiuza/Agência Brasil

Ministério da Saúde lança campanha de amamentação

Com o objetivo de fortalecer ações em todo o país, o Ministério da Saúde lançou a Campanha da Semana Mundial da Amamentação 2024, nesta quinta-feira (1º). Com o tema “Amamentação, apoie em todas as situações”, a iniciativa de conscientização está alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável voltados à garantia da sobrevivência e ao bem-estar das crianças. O foco é a redução das desigualdades relacionadas ao apoio à amamentação. A pasta anunciou, ainda, o desenvolvimento do Programa Nacional de Promoção, Proteção e Apoio à Amamentação.

O Ministério da Saúde coordena nacionalmente essa iniciativa global, a principal ação de mobilização social em prol da amamentação. Sabe-se que a amamentação é o único fator que, isoladamente, pode reduzir em até 13% a mortalidade infantil por causas evitáveis. O governo federal reconhece as diferentes condições a que milhares de famílias estão expostas no dia a dia e que impactam na amamentação. Por isso, a campanha deste ano tem como objetivo garantir o direito à amamentação, com atenção especial às lactantes em situação de vulnerabilidade, além de apoiar a amamentação em estado de emergência, calamidade pública e desastres naturais.

No último mês, como parte do trabalho realizado pelo governo federal no Rio Grande do Sul, após a emergência das enchentes provocadas pelas fortes chuvas, o Ministério da Saúde enviou 63 litros de leite humano ao estado. Segundo a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, um pote de 300mL pode alimentar até 10 prematuros ou bebês de baixo peso. Nesse sentido, a doação foi fundamental para ajudar na alimentação e recuperação dos bebês internados nas Unidades Neonatais gaúchas. A medida reforça o objetivo da campanha, em sensibilizar a sociedade sobre a necessidade de apoio à amamentação, especialmente em momentos de maior vulnerabilidade.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em torno de seis milhões de vidas de crianças são salvas a cada ano por causa do aumento das taxas de amamentação exclusiva até o sexto mês de vida. Em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a realização da Semana Mundial da Amamentação defende que a população seja informada sobre as desigualdades no apoio e prevalência da amamentação.

O Ministério da Saúde está trabalhando para lançar o novo Programa Nacional de Promoção, Proteção e Apoio à Amamentação, como parte de um dos eixos estratégicos da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Assim, a pasta reforça os princípios da amamentação como direito humano, do acesso universal à saúde, da equidade em saúde, da integralidade do cuidado e da humanização da atenção em saúde em todo o país.

O objetivo do programa, que está em fase final de pactuação com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), é fortalecer e integrar ações voltadas à temática em todo o país, incentivar que a amamentação tenha início já na primeira hora de vida do bebê e seja continuada até os dois anos ou mais, sendo de forma exclusiva até os seis meses. Além disso, vai estimular ações integradas, transversais e intersetoriais de amamentação nos estados e municípios.

A evolução da amamentação no Brasil

O Brasil vem evoluindo nas taxas de amamentação ao longo das décadas, mas ainda está abaixo do recomendado. A prevalência de aleitamento materno exclusivo entre crianças menores de 6 meses no país foi de 45,8%, segundo o Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI) publicado em 2021. Representa um avanço relevante em cerca de três décadas – pois o percentual era de 3% em 1986. Na década de 70, as crianças brasileiras eram amamentadas, em média, por dois meses e meio. Agora, a duração média é de 16 meses, o equivalente a 1 ano e quatro meses de vida. A meta estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é que, até 2025, pelo menos 50% das crianças de até seis meses de vida sejam amamentadas exclusivamente. E a expectativa é que esse índice, até 2030, chegue a 70%.

Com informações do Ministério da Saúde

Foto: Rafael Nascimento/MS

Ministério da Saúde vai realizar testagem inédita de hepatite D na região Norte

Mais de 72% dos casos de hepatite D, no Brasil, estão concentrados na região Norte, segundo o novo boletim epidemiológico do Ministério da Saúde. Por essa razão, em uma ação inédita, a pasta vai dar início a um projeto piloto para disponibilizar testes de diagnóstico e monitoramento para essa infecção no país, preenchendo uma lacuna histórica no acesso ao diagnóstico, acompanhamento e tratamento. A expectativa é alcançar a totalidade das pessoas infectadas. No mês de luta contra as hepatites virais – Julho Amarelo – o governo federal também lançou nova campanha digital de conscientização sobre a doença, além de painel de monitoramento e recursos para estados e municípios.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a infecção crônica do vírus B, que é responsável por 47% dos óbitos relacionados às hepatites virais, atingiu cerca de 296 milhões de pessoas em 2022 em todo o mundo. Somente no Brasil, segundo o boletim epidemiológico, foram 10.952 casos de hepatite B e 128 de hepatite D no mesmo ano. Em 2023, com a retomada das ações de prevenção, uma redução dos casos já foi registrada: 10.092 casos de hepatite B e 109 de hepatite D.

Da mesma forma que as outras hepatites, a do tipo D pode não apresentar sinais ou sintomas. É nesse ponto de gravidade que a pasta está investindo de forma inédita. O novo modelo de testagem vai facilitar, agilizar e aumentar a capacidade diagnóstica no país. Com o avançar do projeto, que acontece por meio de uma parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Rondônia, a ideia é expandir para as demais regiões.

Ainda em parceria com a Fiocruz, o Ministério da Saúde garantiu importante medida de acesso a medicamentos para tratamento da hepatite C, com a primeira aquisição e distribuição de sofosbuvir e daclatasvir para estados e municípios. Foram 800 mil unidades farmacêuticas entregues. Com essa nova opção terapêutica de tratamento, além de possibilitar um alto percentual de cura, foi possível proporcionar uma economia em torno de R$ 43 milhões para o Sistema Único de Saúde (SUS), aproximadamente 33% mais barato quando comparado com o esquema anteriormente disponível.

Os dados do Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais 2024 apontam que, de 2000 a 2023, foram notificados mais de 785 mil casos no Brasil, sendo 40,6% do tipo C, 36,8% do tipo B, 21,8% do tipo A e 0,6 de hepatite D. Somente em 2023, foram mais de 28 mil novos casos, sendo 7,3% de hepatite A, 35,4% de hepatite B e 56,7% de hepatite C. Do total de casos de hepatite D, ao longo da série histórica, observou-se que 62,8% estavam entre pessoas autodeclaradas pretas ou pardas, seguidos de 17,3% de brancas, 6,6% de indígenas e 1,3% de amarelas.

Saúde investe mais de R$ 382 milhões em testes e medicamentos para hepatites virais

As hepatites virais atingem o fígado, causando alterações leves, moderadas ou graves. Na maioria das vezes são infecções silenciosas, ou seja, não apresentam sintomas. Entretanto, quando presentes, elas podem se manifestar com cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. O SUS disponibiliza testes rápidos e de confirmação para as hepatites B e C, bem como os respectivos tratamentos. De janeiro de 2023 a junho deste ano, o Ministério da Saúde investiu cerca de R$ 382 milhões em testes rápidos e medicamentos para hepatites virais.

Apesar de ainda não existir medicamento capaz de conferir a cura para a infecção pelo vírus da hepatite B, os disponíveis atualmente colaboram para o controle da carga viral e da evolução da doença, bem como para a manutenção da qualidade de vida. Quanto à hepatite C, os medicamentos disponibilizados no SUS conferem a cura em mais de 95% dos casos, com tratamentos que estão disponíveis para qualquer pessoa.

As vacinas contra hepatite A e B fazem parte do calendário nacional. A vacina da hepatite A tem esquema de uma dose aplicada aos 15 meses de vida e também está disponível nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) com duas doses para pessoas acima de 1 ano de idade com determinadas condições de saúde. Já a vacina da hepatite B, a recomendação é que se façam quatro doses da vacina, sendo: uma ao nascer (vacina Hepatite B), e aos 2, 4 e 6 meses de idade (vacina Pentavalente). Para a população adulta, o esquema completo se dá com o registro de três doses.

Para quem tem mais de 20 anos e não sabe se tomou as três doses de hepatite B, é preciso procurar um posto de saúde para fazer o teste de hepatites. O Ministério da Saúde recomenda que todas as pessoas com mais de 40 anos façam o teste.

Com informações do Ministério da Saúde

Foto: Divulgação/Fiocruz

Telessaúde UFPA realiza webconferência sobre aconselhamento em amamentação

O Telessaúde UFPA/Ebserh realizará a webconferência “Atualizações em Práticas de Aconselhamento em Amamentação” no dia 14 de agosto.  O tema será ministrado pela nutricionista Mylenna Silva, que é especialista em Tecnologia de Alimentos (UFPA) e Ciência da Nutrição Humana (FACINTER) e também é facilitadora do Curso de Aconselhamento em Amamentação do Ministério da Saúde e vai atualizar os profissionais de saúde sobre o aconselhamento em amamentação. O evento será às 17h, com acesso pelo site telessaude.ufpa.br e é voltado para médicos(as), enfermeiras(os) e profissionais da saúde atuantes na Atenção Primária à Saúde no Estado do Pará.

Segundo a conferencista Mylenna Silva, essa webconferência será uma oportunidade para instigar nos profissionais de saúde o apoio à amamentação. “O objetivo dessa webconferência é que o aconselhamento em amamentação chegue às populações que têm pouco acesso ou são invisibilizadas, diminuindo as desigualdades. Será dada atenção a cenários vulneráveis como a primeira semana de vida, pessoas desfavorecidas, não cisgêneros e amamentação em tempos de emergências e crises, mobilizando a sociedade para aprimorar o apoio para todas as pessoas e, assim, não permitir que as desigualdades ou falta de acesso impeça a amamentação prazerosa”, destaca a conferencista.

A gestação é um período em que as mulheres ficam com muitas dúvidas, inseguranças e medos sobre a sua capacidade de amamentar, atividade que gera muita pressão da família e da sociedade em relação às mulheres. Todo esse cenário de pressão e sensibilidade da gestante pode abalar a sua autoconfiança e auto-estima, deixando-a muito propensa a oferecer mamadeira ao seu bebê.

O Brasil é referência mundial em aleitamento materno, ocupando posição de destaque em relação a países de renda alta como Estados Unidos, Reino Unido e China. Possui a maior e mais complexa rede de bancos de leite humano do mundo, com 228 bancos de leite humano (BHLs) e 240 postos de coleta distribuídos em todos os estados, além da coleta domiciliar disponível em algumas unidades da federação.

O Ministério da Saúde vem ofertando o curso de “Aconselhamento em Amamentação: um Curso de Treinamento” desde 1995. O curso nasceu da iniciativa do Programa de Controle das Doenças Diarréicas (Control of Diarrhoeal Diseases – CDD) em colaboração com UNICEF/OMS. Vários países adotam esse curso, que tem como objetivo treinar o profissional de saúde em algumas habilidades específicas para facilitar a comunicação e atingir uma ação construtiva, considerando as bases fisiológicas da lactação.

Recomendações

A mãe com auto-estima assegurada é capaz de resistir a pressões contra a amamentação. As seguintes recomendações são particularmente úteis no acompanhamento pré-natal:

– Dar muita atenção aos sentimentos da mãe, respeitando sua opção na escolha do que é melhor para ela e seu filho e não induzindo preocupações ou dúvidas sobre sua capacidade de produzir leite.

– Deixar que a decisão final seja tomada pela mãe e mostrar que ela é capaz de optar sobre o que é melhor para ela e seu filho, cabendo ao profissional dar sugestões e informações relevantes, com evidências científicas, numa linguagem simples e clara. A mãe sempre tem o seu saber, cabendo ao profissional compartilhar com ela seus conhecimentos sobre amamentação.

– Reconhecer o real motivo de sua consulta. A identificação da queixa real (que nem sempre é a relatada) é o ponto-chave para sugestões corretas sobre amamentação.

– Corrigir idéias erradas e dar informações corretas de maneira positiva, sem que soem como críticas. Ao dar informação, o pediatra se apresenta como um expert no assunto. Porém, discorrendo excessivamente sobre a questão, suas informações e sugestões podem não ser bem compreendidas nem tampouco acatadas pela mãe. Assim, o importante é selecionar apenas uma ou duas informações relevantes de modo positivo e de modo tal que ela perceba o que deve ser modificado, sempre mantendo uma atitude humilde.

– Fortalecer a compreensão da importância da consulta. Esta pode ter vários significados para a mãe: interromper a sua rotina, expor seus sentimentos, aguardar assistência, despender dinheiro e tempo. Uma simples consulta é sempre muito importante para a mãe que busca apoio e/ou orientação.

– Estar atento ao comportamento verbal e não-verbal tanto da mãe quanto do profissional. Este é o primeiro passo da consulta, que, por vezes, desenvolve-se sem a percepção da diferença contida nas entrelinhas da comunicação do olhar sem ver e do ouvir sem escutar. Mesmo antes de falar ou mesmo sem nada falar, o profissional pode facilitar a comunicação ou, ao contrário, provocar o desinteresse da mãe. Assim, a comunicação entre o profissional e a mãe numa consulta pode ocorrer sem expressão verbal, mas por meio de expressão corporal. Com forte convicção, de modo natural e por uma representação corporal, a seguinte mensagem deve ser passada para a mãe: “eu estou interessado em recebê-la e em escutar o que você quer contar para mim”.

– Manter uma corrente de atenção desde a porta de entrada do hospital/unidade básica até a saída da mãe. Nessa atenção se insere o acolhimento, que é o primeiro passo para o estabelecimento da boa relação médico-paciente.

Sobre a conferencista

 Mylenna Rodrigues Lucena Silva é nutricionista, formada há 21 anos, pela UFPA; é especialista em Tecnologia de Alimentos (UFPA) e Ciência da Nutrição Humana (FACINTER). Atua há 19 anos, como servidora efetiva, na Coordenação Estadual de Saúde da Criança-CESAC/SESPA-NÍVEL CENTRAL, sendo a RT do Eixo 2 da PNAISC: Aleitamento Materno e Alimentação Complementar saudável, além de ser facilitadora e Avaliadora da Iniciativa Hospital Amigo da CriançaIHAC/MS e Facilitadora do Curso de Gestores da IHAC/MS.

Também é tutora e facilitadora da Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil-EAAB/MS e tem formação na NBCAL-IBFAN e MS. É facilitadora do Curso de Aconselhamento em Amamentação/MS; tutora do Método Canguru-3° etapa/MS e possui formação profissional em Aleitamento Materno, buscando a Consultoria Internacional em Amamentação-IBCLC – Método Bianca Balassiano.

Número de núcleos de telessaúde aumenta e garante atuação em 15 estados

A telessaúde é uma das ações estruturantes do SUS Digital que permite ampliar o acesso à diagnósticos e consultas especializadas. E, no ano passado, houve um aumento de 10 para 24 núcleos, que realizaram 4,6 milhões de ações (teleatendimento e telediagnóstico). Atualmente, os núcleos estão localizados no Acre, Amazonas, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Santa Catarina e São Paulo.

Segundo informações do Ministério da Saúde, por meio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em torno de 10 mil Unidades Básicas de Saúde serão conectadas até 2026, com mesmos critérios de expansão do SUS Digital, que prioriza regiões remotas e vulnerabilidade.

Além disso, o Ministério da Saúde também implantou o primeiro ponto de telessaúde em comunidade quilombola para atuar no enfrentamento das desigualdades, que é um dos princípios do SUS Digital.  Por isso, levar as ações e serviços de saúde por meio da transformação digital para populações vivendo em regiões remotas e vulneráveis atende a uma prioridade do Governo Federal. A implantação foi em um território quilombola, no Pará, que vai beneficiar a comunidade do Quilombo Boa Vista.

Para atender as periferias, um ponto de telessaúde para populações vulneráveis, com qualificação de equipes e envio de equipamentos, foi instalado no Complexo da Maré, bairro periférico do Rio de Janeiro composto por 16 comunidades. A ideia é que essa seja uma base para expandir a iniciativa em periferias urbanas e rurais de outras regiões do país.

Ações também foram realizadas com populações indígenas em territórios Yanomami em Roraima, e em Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) em Parintins e Manaus, no Amazonas e no Mato Grosso, com atividades nas etnias Kaiapó, Xingu, Xavante, Araguaia.

Com informações do Ministério da Saúde

Foto: Freepik

Brasil amplia vacinação infantil e sai da lista dos 20 países com menos crianças vacinadas

Em 2023, o Brasil avançou na vacinação infantil e saiu do ranking das 20 nações com mais crianças não vacinadas. A constatação faz parte de um estudo global divulgado nesta segunda-feira (15) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A pesquisa revela que em relação à vacina DTP, que é conhecida como pentavalente e que protege contra a difteria, o tétano e a coqueluche, houve um aumento substancial de imunização. De acordo com os dados, o número de crianças que não receberam nenhuma dose da DTP1 caiu de 710 mil em 2021 para 103 mil em 2023. Em relação à DTP3, a queda entre os mesmos anos foi de 846 mil para 257 mil.

Com a redução na quantidade de crianças não vacinadas, o Brasil, que em 2021 era o sétimo no grupo dos países com mais crianças não imunizadas, deixou a lista negativa. O Brasil apresentou avanços constantes em 14 dos 16 imunizantes pesquisados.

Segundo o Unicef no Brasil, o país segue na busca de avanços, inclusive levando a vacinação para fora de unidades de saúde, pois está incluindo a vacinação em escolas, Cras (Centro de Referência de Assistência Social) e outros espaços e equipamentos públicos.

No mundo

O resultado de avanço do Brasil está na contramão do cenário global, no qual houve aumento no número de crianças que não receberam nenhuma dose da DTP1, passando de 13,9 milhões em 2022 para 14,5 milhões em 2023. O número de crianças que receberam três doses da DTP em 2023 estagnou em 84% (108 milhões). A DTP é considerada um indicador chave para a cobertura de imunização global.

O levantamento do Unicef e da OMS traz dados de 185 países. Em 2023 havia no mundo 2,7 milhões de crianças não vacinadas ou com imunização incompleta, em comparação com os níveis pré-pandemia de 2019.

HPV em meninas

Um dado positivo, porém, insuficiente no levantamento, é a vacinação de meninas contra o papilomavírus humano (HPV), causador do câncer do colo do útero. A proporção de adolescentes imunizados saltou de 20% em 2022 para 27% em 2023. Mas, esse nível de cobertura, ainda, está bem abaixo em relação à meta de 90% para eliminar esse tipo de câncer como um problema de saúde pública. Em países de alta renda, o nível é de 56%, e nos de baixa e média, 23%.

Com informações da Agência Brasil

Foto: Marcos Barbosa/Agência Belém/Comus

Mais Médicos tem recorde de inscrições por vaga em novo edital

O programa Mais Médicos teve adesão recorde de candidatos no novo edital. Foram 33 mil inscrições para concorrer às mais de 3,1 mil vagas, ou seja, a concorrência ficou em 10,4 profissionais por vaga. O novo edital traz novidades, como a oferta de vagas afirmativas, no regime de cotas, para pessoas com deficiência e grupos étnico-raciais, como negros, quilombolas e indígenas. Mais de 10,6 milhões de brasileiros serão beneficiados.

As vagas afirmativas para cotas em municípios para pessoa com deficiência (PCD) e grupos étnico-raciais receberam um total de 3,1 mil inscrições, sendo 2,6 mil negros, 34 quilombolas, 70 indígenas e 382 pessoas com deficiência. Do total geral de inscrições, 18,7 mil são mulheres (cerca de 57%).

Confira o total de inscrições por tipo de perfil profissional:

Perfil 1 – médicos formados em instituições de educação superior brasileiras ou com diploma revalidado no país com registro no CRM: 15.699;

Perfil 2 – médicos brasileiros com habilitação para exercício da Medicina no exterior: 13.467;

Perfil 3 – médicos estrangeiros com habilitação para exercício de medicina no exterior: 3.848.

Entenda o edital do Mais Médicos

Para os grupos étnico-raciais, serão ofertados 20% das vagas, priorizadas da seguinte forma:

Para municípios que têm 2 vagas: 50%

Para municípios que têm entre 3 a 10 vagas: 20%

Para municípios que têm mais de 10 vagas: 20%

Podem participar da seleção profissionais brasileiros, brasileiros formados no exterior ou estrangeiros, que continuarão atuando com Registro do Ministério da Saúde (RMS). Os médicos brasileiros formados no Brasil continuam a ter preferência na seleção.

Desde 2023, com a retomada do Mais Médicos, o governo federal implementou melhorias no modelo do programa, onde os profissionais contam com oportunidades de especialização e mestrado por meio da Estratégia Nacional de Formação de Especialistas para a Saúde, que integra os programas de formação, provimento e educação pelo trabalho no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

Com informações do Ministério da Saúde

Foto: Walterson Rosa/MS

Ministério da Saúde amplia vacina contra o HPV para usuários da PrEP

O Ministério da Saúde anunciou que pessoas de 15 a 45 anos que tomam Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP) serão incluídas no público da vacina contra o HPV – papilomavírus humano. A inclusão foi feita por meio de nota técnica, publicada nesta quarta-feira (3), no portal do Ministério da Saúde. Com a ampliação, será possível ajudar ainda mais na prevenção e tratamento das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e cânceres causados pela doença.

O HPV é uma IST e está associada a verrugas nos órgãos genitais e ao desenvolvimento de câncer de colo do útero, vulva, pênis, anus e orofaringe. Além da transmissão sexual, o vírus também pode ser passado por contato direto com a pele ou mucosa infectada. Existem mais de 100 tipos, sendo pelo menos 14 cancerígenos, conhecidos como de alto risco.

No Brasil, a prevalência de papilomavírus humano foi avaliada pelo Estudo Epidemiológico sobre Prevalência Nacional HPV (POP- Brasil), que incluiu homens e mulheres entre 16 e 25 anos sexualmente ativos. O quantitativo geral de HPV foi de 53,6%, sendo 35,2% com, no mínimo, um dos genótipos de alto risco. Dos entrevistados, 50,7% afirmou usar preservativos rotineiramente e 12,7% relataram a presença de uma IST prévia.

Uma forma segura e eficaz de prevenção da infecção é a vacinação. O SUS oferece o imunizante quadrivalente (HPV4), que protege contra as principais complicações da doença. Atualmente, o público-alvo é composto por crianças e adolescentes de 9 a 14 anos, no esquema de dose única; pessoas de 9 a 45 anos que vivem com HIV e Aids; pacientes oncológicos, pessoas com papilomatose respiratória recorrente (PRR), e transplantados com três doses; e pessoas de 15 a 45 anos de idade imunocompetentes vítimas de violência sexual. Com essas recomendações, o Brasil é um dos países das Américas que mais ofertam a vacina.

Segundo a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), desde o início da vacinação contra o HPV no SUS, em 2014, 75,8% do público feminino tomou a primeira dose e 58,2% tomou a segunda em todo o Brasil. O registro de imunização do sexo masculino, que começou em 2017, está em 53,1% na primeira dose e 33,2% na segunda. Os dados são disponibilizados pelos estados e municípios e podem sofrer alterações conforme o sistema é alimentado.

O esquema de dose única para crianças e adolescentes imunocompetentes foi adotado recentemente pelo Ministério da Saúde. A ideia é intensificar a proteção contra o câncer de colo do útero e outras complicações associadas ao vírus. A estratégia segue as recomendações mais recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Com isso, a pasta praticamente dobra a capacidade de imunização dos estoques disponíveis no país. 

O que é a PrEP?

A PrEP é uma das formas de prevenir a infecção pelo HIV, caso ocorra exposição ao vírus. Para isso, é necessário tomar diariamente uma pílula que contém dois medicamentos: tenofovir e entricitabina. No entanto, é importante ressaltar que a profilaxia pré-exposição não impede a infecção por outras ISTs.

O medicamento é indicado para pessoas a partir dos 15 anos, sexualmente ativas e que apresentam risco aumentado para aquisição da infecção pelo HIV. Pode ser prescrita por enfermeiros, farmacêuticos e médicos da atenção primária à saúde ou dos serviços especializados. Atualmente, existem 939 unidades dispensadoras (UDMs) de PrEP em 540 municípios brasileiros.

Em março de 2024, aproximadamente 84.926 pessoas usavam a PrEP. Destes, 82% são homens que fazem sexo com homens, 3,2% mulheres trans e travestis, 6,7% homens cisgêneros heterossexuais e 5,8% mulheres cisgêneros.

Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília

Cobertura da vacina BCG atinge 75,3% neste ano, no Brasil

Dados do Ministério da Saúde (MS) apontam que, nos seis primeiros meses deste ano, 75,3% das crianças com menos de um ano de idade receberam a vacina BCG no Brasil. A vacina é usada para a prevenção das formas mais graves da tuberculose e o imunizante é um dos primeiros a serem aplicados nos recém-nascidos brasileiros. O dia 1º de julho é considerado o Dia da Vacina BCG. A data remete à criação do imunizante, em 1921, pelos cientistas franceses Léon Calmette e Alphonse Guérin.

Em 2023, a cobertura vacinal do imunizante foi de 79,1%, segundo dados preliminares do MS. Segundo o órgão, desde o início de 2023, uma série de ações vem sendo realizadas para reforçar a cultura de vacinação no país, com destaque para a estratégia de microplanejamento, recomendada pela OMS.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nos países onde a tuberculose é frequente e a vacina integra o programa de vacinação infantil, mais de 40 mil casos anuais de meningite tuberculosa são evitados. A recomendação da OMS é de que a vacina deve ser aplicada o mais precocemente possível logo após o nascimento em bebês com mais de dois quilos. Caso não seja possível administrar ainda na maternidade, a vacinação deve ocorrer na primeira ida à Unidade Básica de Saúde (UBS). Depois da aplicação, a reação começa com uma mancha vermelha que evolui para uma pequena ferida e, por fim, vira uma cicatriz.

A tuberculose

A tuberculose é transmitida pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, mais conhecida como bacilo de Koch. Além de atingir os pulmões, os ossos, rins e meninges também são afetados. Os principais sintomas são tosse – que pode conter sangue, falta de ar, dor no peito, fraqueza, perda de peso, febre e sudorese ao final do dia.

A vacina BCG

A vacina BCG é composta pelo bacilo de Calmette-Guérin – origem do nome BCG – obtido pelo enfraquecimento de uma das bactérias que causam a tuberculose. O imunizante protege principalmente contra as formas graves da doença, como meningite tuberculosa e tuberculose miliar (espalhada pelo corpo) e foi criado em 1921 por Léon Charles Albert Calmette (1863-1933), médico francês, em associação com o veterinário francês Jean-Marie Camille Guérin (1872-1961). A vacinação com a BCG não requer qualquer cuidado prévio; é feita em dose única, a partir do nascimento até antes de a criança completar 5 anos de idade.

Com informações da Agência Brasil

Foto: Ministério da Saúde/BVS

Saúde incorpora primeiro medicamento para demência associada ao Parkinson

O Ministério da Saúde incorporou o medicamento rivastigmina para tratamento de pacientes com doença de Parkinson e demência. Uma portaria foi publicada na última sexta-feira (21), incorporando a rivastigmina, único medicamento com registro em bula no país para tratamento de pacientes com doença de Parkinson e demência. A medicação possui recomendação favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) e o tratamento tem se mostrado eficaz para o controle dos sintomas cognitivos da doença e sua oferta no SUS representa um grande ganho para pessoas que convivem com a condição.

Cerca de 30% das pessoas que vivem com a doença desenvolvem demência por associação. Nesse caso, não havia, até o momento, tratamento medicamentoso disponível no SUS. A demência causa lentidão cognitiva, déficits de atenção e memória, bem como alucinações, delírios e apatia.

De acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Doença de Parkinson, os principais objetivos do tratamento são deter a progressão da doença e diminuir os sintomas. A rivastigmina, agora incorporada, estará indicada para pacientes com demência associada, mas o SUS já conta com tratamentos medicamentosos e fisioterapêuticos, implantes de eletrodos e geradores de pulsos para estimulação cerebral para pessoas que vivem com a doença de Parkinson.

O Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum no mundo, sendo menos frequente apenas do que a doença de Alzheimer – condição que já conta com a rivastigmina na rede pública de saúde. Dados do relatório avaliado pela Conitec revelam que há entre 100 e 200 casos de doença de Parkinson para cada 100 mil indivíduos com mais de 40 anos, e essa quantidade aumenta significativamente depois dos 60 anos de idade.

Com informações do Ministério da Saúde

Foto: Raffa Neddermeyer/Agência Brasil

Sesma realiza PSS para contratar profissionais para equipes de Saúde da Família em Belém

A Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma) está realizando um novo Processo Seletivo Simplificado (PSS) para contratar profissionais de níveis médio e superior, de diversas categorias, para integrarem as equipes de Saúde da Família nos municípios da capital paraense. O edital do PSS foi publicado nesta sexta-feira (21) e as inscrições são gratuitas. Os interessados podem se inscrever a partir de hoje (21) até às 22h da próxima segunda-feira, 24, exclusivamente no site do PSS.

De acordo com o que está anunciado no edital, estão sendo ofertadas no total 202 vagas, sendo 189 de ampla concorrência (AC) e 13 para Pessoas Com Deficiência (PCD). As vagas estão sendo ofertadas da seguinte maneira: médico – 43 (40 AC e 3 PCD), enfermeiro – 74 (70 AC e 4 PCD), técnico de enfermagem – 10 (9 AC e 1 PCD), odontólogo – 9 (8 AC e 1 PCD), técnico em saúde bucal – 61 (57 AC e 4 PCD) e técnico em prótese dentária – 5 (apenas para AC).

A carga horária de trabalho para os profissionais de saúde contratados por meio do PSS é de 40 horas semanais e a remuneração para os cargos de nível superior varia de R$ 4.422,14 a R$ 9.403,31. Os salários para os cargos de nível médio vão de R$ 2.601,32 a R$ 3.219,19.

Ainda segundo o edital publicado, o processo de seleção será feito em três fases. Na primeira, os candidatos fazem a inscrição e apresentam os documentos solicitados. Já na segunda fase é a etapa da análise documental e curricular. E por último, na terceira fase, serão realizadas entrevistas com os candidatos aprovados na segunda fase. O resultado final do PSS está previsto para ser divulgado no dia 04 de julho de 2024. Os interessados devem ler atentamente o edital que está disponível no site.

Foto: Agência Belém/Comus

Webconferência debaterá “Documentos médicos e responsabilidades administrativas”

O Telessaúde UFPA/Ebserh realizará a webconferência “Documentos médicos e responsabilidades administrativas” no dia 27 de junho.  O tema será ministrado pelo médico e professor da Universidade Federal do Pará (UFPA) e da Universidade Estadual do Pará (UEPA), Caio Vinicius Botelho Brito, que é especialista em Gestão de Qualidade e Segurança do Paciente pelo Hospital Albert Einstein (SP). O palestrante vai abordar todos os procedimentos adequados que devem ser adotados pelos médicos(as) em relação à responsabilidade ético-administrativa dos processos. O evento será às 17h30, com acesso pelo site telessaude.ufpa.br e é voltado para médicos(as), enfermeiras(os) e profissionais da saúde atuantes na Atenção Primária à Saúde no Estado do Pará.

Segundo o conferencista, Caio Brito, o foco principal de sua palestra será “a responsabilidade ético-administrativa, principalmente no que diz respeito aos documentos médicos, como atestados, declarações, declarações de óbito e receitas”. “A gente vai tratar da responsabilidade médica e o que deve ser feito para denunciar e como se deve proceder com essas responsabilidades documentais. Além disso, vamos falar, especificamente sobre as responsabilidades nos processos administrativos disciplinares dentro do Conselho Regional de Medicina (CRM) relacionado a esses documentos específicos”, acrescenta o conferencista.

Os documentos médicos são registros que possuem informações sobre o estado de saúde de um paciente, histórico médico, diagnóstico, condutas realizadas e quaisquer outras informações referentes ao seguimento do paciente. Alguns documentos médicos: prontuário; receituário médico; encaminhamentos; solicitação de procedimentos; atestados médicos; laudos médicos; declaração de óbito.

É importante ressaltar que todos os documentos médicos devem respeitar as normas legais previstas pela Lei e pelo Conselho Federal de Medicina (CRM), assim preservando a segurança e a privacidade do paciente.

Sobre o conferencista

Caio Vinicius Botelho Brito é médico, Doutor pelo IEC, especialista em Gestão de Qualidade e Segurança do Paciente pelo Hospital Albert Einstein -SP, Professor da UFPA e UEPA e Conselheiro Suplente do CRM-PA.

Telessaúde UFPA amplia sua atuação para quatro distritos de Belém

Uma reunião realizada entre o Telessaúde UFPA/Ebserh e a equipe da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) decidiu a ampliação dos serviços do Núcleo para mais três distritos administrativos de Belém. São eles: Distrito Administrativo de Outeiro (Daout), Distrito Administrativo de Mosqueiro (Damos) e Distrito Administrativo da Sacramenta (Dasac). A parceria com o município de Belém foi fechada em outubro de 2023 e os serviços começaram a ser realizados no Distrito Administrativo do Guamá (Dagua), de forma piloto. Ao todo, agora, os serviços estarão funcionando em quatro distritos, mas o objetivo é, em breve, ampliar para todos os demais distritos administrativos da capital. A reunião foi realizada na tarde desta segunda-feira (17), na Universidade Federal do Pará (UFPA).

O secretário municipal de Saúde, Pedro Anaisse, participou da reunião e destacou a importância da expansão dos serviços do Telessaúde UFPA/Ebserh nas unidades de saúde de Belém. De acordo com ele, nos quatro novos distritos definidos para a expansão serão ofertados serviços de Telediagnóstico de ECG, Teleconsultoria de especialidades em dermatologia, cardiologia e vascular. “Para isso, nós teremos um plano de ação, no sentido de estabelecermos um cronograma para a capacitação das equipes e estruturação das ambiências para o Telessaúde ocorrer nesses quatro distritos, destaca o secretário.

Anaisse avalia de forma, extremamente, positiva a ampliação dos serviços do Telessaúde UFPA na capital. “Essa é uma expansão significativa porque, atualmente, os serviços estão somente no Dagua e a intenção é fazermos não só uma capacitação e treinamento, mas mudarmos alguns processos para que o uso do Telessaúde UFPA/Ebserh esteja, inclusive, vinculado ao protocolo e agendamento através das centrais de regulação”, ressalta o secretário.

A coordenadora geral do Telessaúde UFPA/Ebserh, Socorro Castelo Branco, avaliou como positiva a reunião. “A gente conseguiu que o secretário (Pedro Anaisse) definisse a expansão do núcleo em Belém, com a possibilidade de Teledermatologia e a endocrinologia e a cardiologia fazendo parte da linha de cuidado, ou seja, se o médico sentir a necessidade do parecer de um especialista dessas três especialidades, antes dele mandar o encaminhamento para um especialista presencial, ele pode fazer uma teleconsultoria, na plataforma, e o especialista do Telessaúde UFPA dar uma orientação para ele para que não precise encaminhar o paciente para o atendimento presencial. Com isso, vai diminuir o tempo de espera da população por um especialista porque o próprio médico da Atenção Primária à Saúde (APS) vai conversar com um especialista e vai poder resolver o caso e não precisar encaminhar, ou seja, vai ser menos tempo de espera e menos deslocamento do paciente para a atenção especializada”, concluiu a coordenadora.

Fotos: Telessaúde UFPA/Ebserh

Telessaúde UFPA apresenta resultados a gestores de saúde na CIR MARAJÓ I

O Telessaúde UFPA/Ebserh participou nesta quarta-feira (19) da reunião ordinária da Comissão Intergestores Regionais (CIR) do 7º Centro Regional de Saúde da região das Ilhas do Marajó I e apresentou os resultados do Núcleo obtidos nos últimos dois anos.  A reunião foi realizada na sede da Conferência Municipal de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (Cosems) e contou com a participação de gestores de saúde dos municípios de Afuá, Muaná, Santa Cruz do Arari e São Sebastião da Boa Vista.

A coordenadora geral do Telessaúde UFPA, Socorro Castelo Branco apresentou os resultados dos serviços de tele-consultoria e tele-diagnóstico prestados nos dois últimos anos e destacou a importância do uso da plataforma (telessaude.ufpa.br) como uma ferramenta para melhorar os atendimentos nas unidades de Atenção Primária à Saúde (APS). Além disso, a coordenadora também fez uma explanação sobre o tema “Índice de Maturidade Digital na Saúde”, com o objetivo de sensibilizar os gestores para a importância de se adequarem às novas tecnologias disponibilizadas na área da saúde.

A vice-coordenadora do Telessaúde UFPA, Leidiana Lopes, que coordena o serviço de Tele-Educação do Núcleo também participou da reunião e contribuiu com a apresentação dos serviços nessa área de formação continuada dos profissionais de saúde que atuam na APS. Ela apresentou o curso autoinstrucional Processo de Trabalho na APS aos gestores municipais marajoaras. “O objetivo da apresentação foi buscar adesão dos municípios para a oferta do curso aos profissionais atuantes na APS, porque o Telessaúde entende a necessidade de qualificação dos profissionais para a atuação na APS com base na política nacional da atenção básica e a oferta de cursos tem sido uma importante contribuição que estamos disponibilizando”, destaca a coordenadora do Tele-Educação.

Os gestores municipais de saúde presentes na reunião se mostraram interessados na oferta para qualificar suas equipes de saúde e destacaram a necessidade de mais parcerias como essa, para o fortalecimento da educação permanente dos profissionais. A relações institucionais do Telessaúde UFPA, Regiane Padilha, que atua na região do Marajó destacou que o Núcleo entrará em contato, posteriormente, com os municípios que demonstraram interesse nos serviços ofertados para fechar parcerias.

Estiveram presentes na reunião ordinária da CIR Marajó I, nesta quarta-feira (19), os seguintes gestores municipais de saúde: secretária de saúde de Muaná, Claudia de Andrade; secretária de saúde de Santa Cruz do Arari, Ediene Bentes; secretária de saúde de Afuá, Patrícia Quaresma e o secretário de saúde de São Sebastião da Boa Vista, Fabio Farias. Compõem também a CIR Marajó I, os municípios de Ponta de Pedras, Cachoeira do Arari, Salvaterra e Soure, que não enviaram representantes para esta reunião.

municípios demonstraram interesse e serão contactados, posteriormente, para organizar a demanda de serviços.

Fotos: Telessaúde UFPA/Ebserh

MS vai reestruturar o Programa Nacional de Triagem Neonatal

O Ministério da Saúde vai reestruturar o Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) em todo o Brasil. O objetivo é aperfeiçoar o teste do pezinho – como é socialmente conhecido – com a inserção de novas tecnologias para rastreamento de doenças, como por exemplo a tecnologia de espectrometria de massas, assim como novos medicamentos e fórmulas alimentares para crianças diagnosticadas com alguma das doenças do escopo do programa.

Desde a sanção da Lei 14.154/2021, ainda sem regulamentação, o Ministério da Saúde desenvolve ações para superar os desafios identificados nas unidades federadas. Em 2023, dados preliminares apontaram que a cobertura nacional do PNTN ultrapassou os 82%. Na versão atual, 7 doenças podem ser detectadas pelo teste: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, fibrose cística, doença falciforme, hiperplasia adrenal congênita, deficiência de biotinidase e toxoplasmose congênita. Já para o teste ampliado, não há número de doenças a serem estabelecidas. E, conforme descrito na Lei, o PNTN passará por revisões de escopo sistemáticas, com auxílio da Câmara Técnica de Assessoramento (CTA), levando em conta as novas incorporações de tecnologia e prevalência das doenças.

A reestruturação do PNTN foi pactuada na 2º Reunião Ordinária da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), em 29 de fevereiro de 2024.  A reformulação acontecerá por meio de um ato normativo e irá regulamentar e organizar o novo modelo gestão do Plano, instituir a logística do transporte de amostras do teste do pezinho e o incentivo financeiro de custeio mensal para o Serviço de Referência em Triagem Neonatal.

O PNTN é executado de forma articulada entre o ministério e as secretarias de saúde estaduais e do Distrito Federal, conforme estabelecido pela Portaria de Consolidação nº5 de 2017. Cada gestor tem autonomia e o dever de avaliar as estruturas de saúde locais para a organização e realização da triagem neonatal. Para executar o teste do pezinho, o governo federal encaminha recursos via Fundo Nacional de Saúde (FNS). O repasse abrange os exames inseridos na tabela de procedimentos, medicamentos e órteses, próteses e materiais especiais (OPM) do Sistema Único de Saúde (SUS).

Desafios para a ampliação do teste

Os desafios para a ampliação envolvem a grande heterogeneidade do país, que foi evidenciada com a análise crítica do cenário do PNTN.  Foram identificados problemas de paralisações de programas estaduais, dificuldades relacionadas a logística de transporte de amostras do teste do pezinho até o laboratório especializado, relatos de atrasos e ausência na entrega de resultados aos responsáveis pelos recém-nascidos, existência de vazios assistenciais, em determinadas regiões, para as doenças diagnosticadas no Programa, além de valores defasados para os procedimentos de triagem neonatal que estão inseridos na Tabela de Medicamento, Procedimentos e OPM do SUS.

Com informações do Ministério da Saúde

Foto: Rodrigo Nunes/Ministério da Saúde

Brasil lidera ranking de dengue com 6,3 milhões de prováveis casos

O Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking de países com maior número de notificações de dengue em 2024, com um registro de quase 6,3 milhões de casos prováveis da doença, sendo mais de 3 milhões confirmados em laboratório. Em seguida estão Argentina, com 420 mil casos prováveis; Paraguai, com 257 mil casos prováveis; e Peru, com quase 200 mil casos prováveis. Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS), que já contabiliza este ano um total de 7,6 milhões de casos prováveis de dengue em todo o mundo, sendo 3,4 milhões confirmados em laboratório.

Segundo o painel de monitoramento da OMS, mais de 3 mil mortes foram provocadas pela doença. Atualmente, 90 países registram transmissão ativa de dengue. Os dados da entidade apontam um aumento substancial de casos de dengue, globalmente, nos últimos cinco anos, com destaque para a região das Américas, onde o número de casos ultrapassou 7 milhões no final de abril, ultrapassando os 4,6 milhões de casos registrados em todo o ano de 2023.

A entidade alerta que todos os quatro sorotipos de dengue foram detectados nas Américas este ano. Brasil, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México e Panamá já reportaram casos de circulação simultânea de todos os quatro sorotipos. Além disso, a OMS chama a atenção para o fato de que muitos países endêmicos não dispõem de mecanismos robustos de detecção e notificação, o que faz com que o número real de casos de dengue em nível mundial seja subestimado.

A organização ressalta que a vacina contra a dengue deve ser vista como parte de uma estratégia integrada para o combate à dengue, que inclui também o controle de vetores, a gestão adequada dos casos e o envolvimento comunitário. A recomendação da OMS é o uso da TAK-003, única vacina disponível, em crianças de 6 a 16 anos em locais com alta intensidade de transmissão de dengue. No Brasil, em razão da quantidade limitada de doses a serem fornecidas pelo próprio fabricante, a vacinação é feita apenas em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos.

Dados da OMS também mostram uma sobreposição de casos de dengue, chikungunya e zika – todas transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti e com sintomas semelhantes o que, segundo a entidade, pode resultar em diagnósticos equivocados. A organização cita como exemplo estudo realizado em Minas Gerais, em 2023, quando casos suspeitos de dengue respondiam por 84,4% de um total de 828.654 casos prováveis de arboviroses, enquanto casos suspeitos de chikungunya respondiam por apenas 15,6%. “A verdadeira proporção das duas doenças, entre os casos confirmados laboratorialmente, foi de 65,9% para chikungunya e apenas 34,1% para dengue.”

A OMS lembra também que o vírus Zika é particularmente perigoso entre mulheres grávidas por conta da associação com casos de microcefalia. Até o momento, o painel da OMS contabiliza, em 2024, mais de 250 mil casos de chikungunya em todo o mundo e quase 7 mil casos de infecção pelo vírus Zika.

Com informações da Agência Brasil

Foto: Ministério da Saúde

Campanha de vacinação contra poliomielite começa nesta segunda (27)

Começa nesta segunda-feira (27) campanha de vacinação para imunizar todas as crianças menores de 5 anos contra a poliomielite, também conhecida como paralisia infantil. A meta do Ministério da Saúde é vacinar 95% de um total de 13 milhões de crianças na faixa etária definida. A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite vai até 14 de junho. A expectativa é reduzir o número de crianças não imunizadas e o risco de reintrodução do poliovírus no Brasil. 

O Ministério da Saúde destaca que a vacinação é a única forma de prevenção contra a poliomielite e reforça que a campanha deste ano, em particular, é importante para o enfrentamento à doença, já que o Brasil está em fase de transição para substituir as duas doses da vacina oral poliomielite (VOP) para apenas um reforço com a vacina inativada poliomielite (VIP), no formato injetável. A mudança deverá ocorrer a partir do segundo semestre deste ano e todos os estados e municípios receberão as normas e diretrizes dessa alteração.

O Brasil não registra casos de pólio desde 1989. Em 1994, o país recebeu a certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem. No ano passado, entretanto, o Brasil foi classificado pela Comissão Regional para a Certificação da Erradicação da Poliomielite na Região das Américas como território de alto risco para reintrodução do poliovírus.

O ministério recomenda que estados e municípios realizem, no dia 8 de junho, um sábado, o chamado Dia D da campanha contra a pólio, no intuito de ampliar a divulgação e a mobilização em todo o país. Em 2023, a vacinação atingiu 84,63% do público. Neste ano, o índice de doses da VIP aplicadas, neste momento, está em 85,42%.

A doença

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a poliomielite afeta principalmente crianças com menos de 5 anos de idade, sendo que uma em cada 200 infecções leva à paralisia irreversível, geralmente das pernas. Entre os acometidos, 5% a 10% morrem por paralisia dos músculos respiratórios.

Os casos da doença diminuíram mais de 99% ao longo dos últimos anos, passando de 350 mil casos estimados em 1988 para seis casos reportados em 2021.

Foto: Divulgação/MS

Telessaúde UFPA faz visita técnica ao Hospital das Clínicas da UFPE

O Telessaúde UFPA/Ebserh está realizando uma visita técnica ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), nesta segunda-feira (20). O objetivo da agenda é conhecer o serviço de tele-atendimento daquela unidade hospitalar como parte do processo de organização da oferta do serviço pelo núcleo da UFPA.

A coordenadora geral do Telessaúde UFPA/Ebserh, Socorro Castelo Branco, participou da visita junco com a coordenadora administrativa, Nayara Faro e do coordenador de Tecnologia da Informação, William Silva. Também participaram da visita, a chefe da Unidade de Monitoramento e Avaliação do Complexo Hospitalar da UFPA (UMA/SRAS/HUJBB), Nayara do Carmo e o técnico em Informática do CHU UFPA, Lindolfo Júnior.

Fotos: Telessaúde UFPA/Ebserh

Especialistas alertam que hipertensão arterial também ocorre na infância

Cerca de 30% da população brasileira é afetada por hipertensão arterial e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) alerta que, embora a maioria dos casos seja em adultos, a pressão alta também ocorre na infância.

Segundo o Departamento de Cardiologia da SBP, por não ser prevalente em crianças, a doença, muitas vezes, ela não é nem investigada. Ocorre que, a falta de investigação pode trazer retardos diagnósticos que poderiam ser corrigidos ou, até mesmo, começar tratamentos para permitir que essa hipertensão seja controlada antes de se tornar mais grave no futuro.

Para marcar o Dia Mundial da Hipertensão Arterial, comemorado nesta sexta-feira (17), especialistas alertam pais e profissionais de saúde sobre a importância da detecção precoce e da prevenção da hipertensão arterial em crianças e adolescentes porque crianças também podem ter hipertensão arterial e que o diagnóstico deve ser feito precocemente. O recomendado pela SBP é que toda criança que vai ser avaliada pelo pediatra deve medir a pressão arterial. Essa conduta deve ser feita também no período neonatal.

Segundo a SBP, a medição da pressão arterial deve ser conduta rotineira nas consultas de crianças e jovens porque muitos pacientes são atendidos sem que seja aferida a pressão arterial durante a consulta e muitas vezes a criança já tem essa condição que passa desapercebida pelo profissional de saúde porque, com frequência, o paciente é assintomático.

Segundo estatísticas nacionais, entre 3% e 15% de crianças e adolescentes brasileiros são afetados pela hipertensão arterial, embora o número mais aproximado seria entre 3% e 5%, dependendo da fonte, da população analisada e da prevalência. O aumento do percentual para até 15%, em especial entre os adolescentes, estaria ligado aos fatores de sobrepeso e obesidade, cuja prevalência já estaria perto de 25% ou 30%.

Especialistas alertam que o modelo da doença de hipertensão do adulto está chegando mais cedo hoje, muito provavelmente pela mudança do estilo de vida da sociedade. Os fatores de risco incluem sedentarismo, sobrepeso, obesidade, excessivo tempo de tela, poucas políticas públicas voltadas ao estímulo de atividades físicas e ao esporte. Além disso, esses são problemas mais ligados às classes sociais média e baixa, porque a classe alta tem a possibilidade de buscar soluções para o problema.

Com informações da Agência Brasil

Foto: Freepik

Hipertensão arterial sistêmica é tema de webconferência

O Telessaúde UFPA/Ebserh realizará a webconferência “Hipertensão arterial sistêmica: manejo e cuidados na APS”, no dia 29 de maio. O tema será ministrado pela médica cardiologista Dilma de Souza, que vai abordar como deve ser realizado o atendimento dos pacientes com a doença, nas unidades de saúde da Atenção Primária à Saúde (APS), uma vez que muitos atendimentos de pacientes com hipertensão arterial sistêmica são registrados nas unidades básicas de saúde. O evento será às 18h, com acesso pelo site telessaude.ufpa.br e é voltado para médicos(as), enfermeiras(os) e profissionais da saúde atuantes na Atenção Primária à Saúde no Estado do Pará.


Segundo a conferencista, Dilma de Souza, sua webconferência terá como foco as seguintes questões relativas à Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS): forma de diagnosticar a doença na atenção básica, técnica de aferição da pressão arterial, exame clínico e exames complementares básicos para o paciente hipertenso e o tratamento da hipertensão arterial. “Todos esses aspectos serão
apresentados para que os médicos que atuam na Atenção Primária à Saúde qualifiquem a prática médica com melhor atenção e cuidados com esse grupo de pacientes. Além disso, será uma oportunidade de trocas de experiências entre profissionais da área da saúde”, destaca a palestrante.


A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é um problema global de saúde pública, considerada um dos principais determinantes para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Trata-se de uma doença crônica, cujo acompanhamento prioritário é realizado por equipes de atenção primária à saúde (APS), responsáveis por garantir a coordenação de um cuidado integral à pessoa com HAS.


Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, cerca de 32,5% (36 milhões) de adultos brasileiros tem HAS e a doença pode ser responsável por 50% das mortes por doenças cardiovasculares no país. Vale destacar que a hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial caracterizada pela elevação dos níveis da pressão arterial sistólica (PAS ≥ 140 mmHg) e/ou
diastólica (PAD ≥ 90 mmHg). Além disso, é uma doença altamente prevalente e as taxas de controle estão abaixo do ideal.


A HAS está relacionada à idade, à obesidade, ao histórico familiar, à raça/cor, à redução do número de néfrons, a uma dieta rica em sódio, ao consumo excessivo de álcool e certos tipos de medicamentos. Consequentemente, alguns dos principais fatores de proteção estão intrinsecamente ligados à mudanças no estilo de vida. O cuidado integral e longitudinal da pessoa com HAS está inserido nas práticas do SUS, sobretudo na Atenção Primária à Saúde (APS). Os tratamentos efetivos devem ser definidos com base nos aspectos biopsicossociais de cada indivíduo, mediante um acordo entre profissional e paciente, e baseados nas melhores evidências disponíveis.