Autor: Avelina Castro

Diabetes aumenta risco de infecções e requer vacinação

Levantamentos do Ministério da Saúde apontam que mais de 16 milhões de pessoas vivem com diabetes no Brasil e que esse número pode chegar a 21 milhões. O MS chama a atenção para o fato de que doença pode ser agravada ou piorar infecções e isso requer uma atenção especial à vacinação.

A diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Ana Paula Burian explica que o diabetes é uma das situações que dão direito a pacientes das redes pública e privada de acessar a imunização especial. De acordo com ela, a alta concentração de açúcar no sangue, comum em quem vive com diabetes, pode afetar mecanismos do sistema imunológico e aumentar a chance de contrair infecções e ter quadros mais graves. Entre os principais riscos, está o da hepatite B.

A explicação, segundo Burian, está no fato de que “o sangue mais doce facilita a proliferação de bactérias, vírus e outros micro-organismos”. “A hepatite B tem com o diabetes o que a gente chama de risco duplo. Se eu tenho uma pessoa com diabetes e ela pega hepatite B, ela evolui mais rápido para câncer de fígado e cirrose hepática, e ela descompensa mais rápido o diabetes dela, causando complicações, como amputações, descompensação renal, cegueira. A união de hepatite B e diabetes complica para os dois lados, explica Burian.

A Sociedade Brasileira de Imunizações também ressalta que pessoas que vivem com diabetes têm risco 50% maior para pneumonia pneumocócica e até 4,5 vezes maior para as doenças pneumocócicas mais graves, como meningite e infecção generalizada. Além disso, a gripe é outra doença que pode ser agravada pelo diabetes. Pessoas que vivem com diabetes estão entre os indivíduos com maior chance de desenvolver formas graves da doença, necessitar de hospitalização e até morrer. Entre as vítimas da gripe no Brasil, sete em cada dez tinham alguma comorbidade. E, entre essas sete, entre 20% e 30% sofriam de diabetes mellitus.

Os pacientes com diabetes têm direito a receber a vacina da gripe todo ano e também são imunizados com a vacina pneumocócica 23-valente, disponível no PNI apenas para situações de risco específicas. Esses pacientes também têm sua situação vacinal para hepatite b conferida e atualizada, se necessário. A imunização contra esse vírus já faz parte do calendário vacinal, junto com a vacina pentavalente, aos 2 meses, aos 4 meses e aos 6 meses.

Com informações de Agência Brasil

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Telessaúde UFPA realiza treinamento com médicos e profissionais de saúde de Belém

O Telessaúde UFPA/Ebserh realizou treinamento com médicos e profissionais de saúde de Belém para o uso da plataforma no segmento de Teleconsultoria. Cerca de 30 médicos e profissionais da área da saúde que atuam na Atenção Primária da Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma) participaram do treinamento realizado na última sexta-feira (15), no infocentro do Instituto de Ciências da Saúde (ICS) da Universidade Federal do Pará (UFPA). O treinamento dos profissionais para o uso da plataforma (Telessaude.ufpa.br) é parte do processo de parceria do Telessaúde UFPA/Ebserh com a Sesma e terá como território piloto de atuação o Distrito Administrativo do Guamá (Dagua).

Segundo a coordenadora geral do Telessaúde UFPA/Ebserh, Socorro Castelo Branco, o treinamento é um momento inicial nesse processo de parceria com a Sesma. “Esse é o momento de efetivar as pactuações que foram definidas com o município de Belém. E eu vejo que tem uma intenção da Sesma de conseguir trazer todos os médicos e as equipes para iniciarem essa parceria, que tem toda a intenção de dar certo, pois vimos que os médicos que participaram do treinamento estão dispostos e as equipes também em apoiá-los. Então, eu vejo que a gente está iniciando, agora, realmente, o processo de implantação do Telessaúde UFPA/Eserh, na Sesma Belém”, avalia a coordenadora. O treinamento é uma das pactuações que foi definida em um plano de ação que foi firmado entre o projeto e a Sesma.

O coordenador da Atenção Básica da Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma), o enfermeiro sanitarista Camilo Eduardo Almeida Pereira, ressaltou que a parceria com o Telessaúde UFPA/Ebserh foi selada pelo secretário municipal de Saúde, Pedro Anaice, com a coordenadora Socorro Castelo Branco, e “o serviço vai possibilitar um avanço para o município de Belém, para diminuir a fila de regulação e também diminuir o tempo de espera desse paciente que está em busca de um diagnóstico”. “Esse treinamento para o serviço de Teledermatologia é muito importante porque o município de Belém é endêmico para hanseníase. Então, tem um problema grave de identificação de diagnóstico. E quanto mais longo for esse tempo para fechar o diagnóstico, mais lesões e mais sequelas esse paciente pode ter”, diz o coordenador.

Camilo Pereira destaca que o serviço de Teleconsultoria, com ênfase para a Teledermatologia, é uma ferramenta extremamente importante, não só para os médicos, mas para toda a equipe: “porque a atenção básica é ordenadora de todo o processo de cuidado, é a porta de entrada desse paciente, desse usuário. E se esse paciente não tem um diagnóstico identificado, precocemente, na atenção básica, ele segue para os níveis secundário e terciário e ele já chega com uma lesão instalada. E, principalmente, se for câncer, ele fica com um prognóstico ruim, podendo vir até mesmo a óbito por conta desse diagnóstico que não foi, precocemente, estabelecido”, avalia. “Então, o treinamento do Telessaúde UFPA/Ebserh capacita esses profissionais e aumenta o poder deles de resolutibilidade na atenção básica, melhorando, assim, o fluxo de atendimento e qualidade de vida para o usuário, que é o nosso principal objetivo”, acrescenta.

O treinamento foi realizado com cerca de 30 médicos, mas o objetivo é atender todos os médicos e profissionais da modalidade de atenção primária do município de Belém. “A nossa expectativa é que fiquem 348 equipes de estratégia de Saúde da Família capacitadas, ou seja, isso significa que 348 médicos serão treinados. O distrito Dagua é o piloto. A partir da funcionalidade e operacionalização nesse distrito, a ideia é expandir para todos os demais oito distritos administrativos de Belém”, revela Camilo Pereira. Dos cerca de 348 médicos que atuam, atualmente, na atenção primária do município de Belém, cerca de 70 estão no Dagua. “Os profissionais treinados, hoje (15), serão multiplicadores para repassarem esse treinamento para os demais médicos e profissionais das unidades de saúde do Dagua para que todos estejam habilitados a usar o serviço de teleconsultoria e conseguir acesso a essa importante plataforma para ajudar no diagnóstico e condução dos casos de dermatologia”, ressalta.

Com o serviço de Teleconsultoria, o Telessaúde UFPA/Ebserh contribui para o fortalecimento e qualificação da regulação do município de Belém, pois a partir da realização da qualificação dos profissionais da área da atenção primária, os pacientes só serão encaminhados para um especialista, o dermatologista, somente os casos necessários. “A Teleconsultoria vai servir para qualificar esse encaminhamento e diminuir, assim, a fila da regulação”, diz Camilo Pereira.

O médico da Estratégia Saúde da Família (ESF) Portal Amazônia 1, do Dagua, Geraldo Macedo, participou do treinamento e já aprovou a plataforma, que ele pretende começar a usar a partir desta semana. “Eu achei superinteressante essa iniciativa, uma vez que, a partir dessa ferramenta a gente vai poder diminuir as demandas por consultas especializadas, principalmente em dermatologia, porque a gente vive em uma região tropical e atende a muitos casos de dermatologia e na maioria dos casos, eu diria que em mais da metade dos casos é possível a gente resolver na atenção básica mesma. E, ainda mais agora, com o serviço de Teledermatologia do Telessaúde UFPA/Ebserh, a gente vai poder reduzir de uma forma ainda maior para que a gente possa resolver na atenção básica de forma mais precisa, os casos da área de dermatologia”, destacou o médico, acrescentando que a maioria dos casos atendidos por ele na ESF são de dermatite atópica, micoses superficiais e também hanseníase, além de outros casos mais raros como vitiligo e algumas lesões pre-cancerígenas.

A médica da Estratégia Saúde da Família (ESF) Portal Amazônia 1, do Dagua, Roselis Gonçalves, também ficou animada com o serviço de Teleconsultoria do Telessaúde UFPA/Ebserh, após realizar o treinamento. “Essa ferramenta será uma excelente ajuda porque essa área da dermatologia tem uma demanda reprimida porque muitas vezes a gente fica sem uma opção de tratamento imediato que possa ajudar o paciente”, avalia a médica, acrescentando que os casos mais comuns que ela atende na área de dermatologia são de dermatoses e outros associados com a hanseníase. “Antes da Teledermatologia, a gente tentava fazer tudo que era possível em nível de clínica, os exames todos, e depois mandava para o especialista, que é o dermatologista, mas a demora era muito grande. E os casos de suspeita de hanseníase a gente enviava para o Centro Dermatológico Marcelo Candia. Mas com o serviço da Teledermatologia a gente espera reduzir o tempo para fechar o diagnóstico de maneira mais precisa e encaminhar logo, ainda na atenção primária, o tratamento adequado aos pacientes”, concluiu a médica.

Foto: Carlos Villamar/Telessaúde UFPA/Ebserh

Pará ganha mais 395 vagas no Mais Médicos

O Programa Mais Médicos, retomado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, vai ampliar para até 28 mil profissionais até o final deste ano. Os profissionais serão distribuídos por todas as regiões do Brasil e, no Pará, estão sendo preenchidas mais 395 vagas para 91 municípios com os selecionados no 31º ciclo do programa, que adota o modelo de coparticipação entre governo federal e municípios.

Segundo o Ministério da Saúde, com essas novas vagas, já são 985 profissionais médicos classificados para atendimento à população paraense em todas as regiões do Estado. Os selecionados nesse novo ciclo devem chegar aos 91 municípios paraenses até o final de setembro.

Atualmente, mais de 19 mil médicos tiveram inscrição validada no edital que prevê coparticipação de estados e municípios. Em março, o Ministério abriu vagas em duas modalidades, sendo que a de coparticipação é inédita e faz parte da retomada do Mais Médicos, anunciada pelo governo federal. Neste modelo, o MS desconta do repasse do piso de Atenção Primária o valor de custeio mensal da bolsa-formação dos médicos. O número de inscritos representa participação superior a 183% por parte dos profissionais entre as vagas ofertadas.

Na modalidade de coparticipação, os gestores municipais seguem com a responsabilidade de pagamento do auxílio moradia, alimentação e as demais despesas do programa ficam a cargo do Ministério da Saúde. Isso garante às prefeituras menor custo, maior agilidade na reposição do profissional e a permanência deles nessas localidades.

Entre os profissionais alocados, 7.373 são novatos no Mais Médicos e 1.240 são médicos que participaram de outros ciclos do programa. Do total, 4.581 são médicos brasileiros com CRM, 3.985 são brasileiros formados no exterior e 47 são médicos estrangeiros. Segundo o calendário do concurso, no dia 12 de setembro, o Ministério da Saúde vai publicar o resultado final dos selecionados e dos locais de atuação.

Após seis meses da retomada do Mais Médicos pelo Governo Federal, o programa bateu recorde histórico de profissionais ao atingir a marca de 18,5 mil médicos em atuação na atenção primária à saúde em todo Brasil. A ampliação do Mais Médicos é prioridade do governo Lula para assegurar atendimento nos vazios assistenciais do Brasil. Todos os 5.570 municípios brasileiros puderam solicitar novas vagas na modalidade de coparticipação. Com essa expansão, o programa poderá chegar a mais de 15 mil novas vagas até o fim de 2023. Desde a retomada do programa, mais de 4,3 mil médicos já estão em atividade nos municípios, fortalecendo o acesso dos brasileiros à atenção primária à saúde. No Pará, são 590 profissionais já atuando.

O Programa Mais Médicos (PMM) é parte de um amplo esforço do Governo Federal, com apoio de estados e municípios, para a melhoria do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Além de levar médicos para regiões onde há escassez ou ausência desses profissionais, o programa prevê a reorganização da oferta de novas vagas de graduação e residência médica, para qualificar a formação desses profissionais. Assim, o programa busca resolver a questão emergencial do atendimento básico ao cidadão, e também cria condições para continuar a garantir um atendimento qualificado no futuro para aqueles que acessam cotidianamente o SUS.

Imagem: Ministério da Saúde

Mais de mil profissionais participaram da webconferência “Acolhimento do Mais Médicos no Pará”

A webconferência “Acolhimento do Mais Médicos no Pará” contou com a participação de mais de mil profissionais, que acessaram o evento via plataforma do Telessaúde UFPA (Telessaude.ufpa.br). O evento foi realizado nesta quarta-feira (30) e teve como palestrante a enfermeira Larissa Menezes, referência regionalizada do Ministério da Saúde para o Programa Mais Médicos, que deu as boas-vindas aos novos médicos do programa e fez uma apresentação sobre as novas regras que entraram em vigor a partir deste ano. A webconferência também contou com as falas da médica Socorro Castelo Branco, coordenadora do Telessaúde UFPA e tutora do Mais Médicos pela Universidade Federal do Pará (UFPA); Djenanne Caetano, tutora do Mais Médicos pela Universidade Estadual do Pará (Uepa), Delcimar Viana, superintendente do Ministério da Saúde no Pará; Diego Cutrim, coordenador da CCE pela Sespa; e Samela Galvão, representante da Atenção Primária a Saúde no Pará. O evento teve a duração de quase três horas e a mediação de Leidiana Lopes, coordenadora do serviço de Tele-Educação do Telessaúde UFPA.

A conferencista Larissa Menezes fez uma fala de boas-vindas aos novos médicos contratados pelo programa “Mais Médicos” no Pará, e destacou os compromissos assumidos pelos médicos e pelos municípios nessa nova etapa, em que houve uma ampliação do quadro de profissionais e mudanças nas regras, com o objetivo de fortalecer o programa como uma estratégia de formação de profissionais para a atenção primária. “A Lei 14.621 de 2023 traz algumas mudanças significativas em relação a lei criada em 2013 e por isso a coordenação resolveu convocar todos os profissionais participantes do Estado do Pará para estarem junto com a gente nesse diálogo”, explica a conferencista, que falou sobre cada uma das novas regras, tirou dúvidas dos participantes e disponibilizou os slides de sua apresentação para o público. Todas as apresentações feitas na webconferência estarão disponíveis no site do Telessaúde UFPA: Telessaude.ufpa.br. Durante a webconferência também foram exibidos vídeos de boas-vindas do coordenador geral de provimento profissional do Ministério da Saúde, Dr. Wellington Carvalho, e do secretário estadual de Saúde, Romulo Rodoválio.

Sancionada pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Lei 14.621 de 2023, que reestrutura o Programa Mais Médicos traz mudanças com relação ao cumprimento de carga horária, direitos e deveres dos profissionais, termos de compromisso assinados pelos gestores e pelos médicos em relação ao programa, conduções no território a partir desses compromissos, assim como mudanças em relação à formação e qualificação dos médicos participantes do programa.

Na nova lei, o programa traz estratégias de incentivos aos profissionais e oportunidades de qualificação durante a atuação no programa. O participante poderá fazer especialização e mestrado em até quatro anos. Os profissionais também passarão a receber benefícios, proporcional ao valor mensal da bolsa, para atuarem nas periferias e regiões de maior vulnerabilidade. Entre os avanços da lei estão: a prioridade dada à formação dos profissionais com mestrado e especialização, benefícios para atuação em locais de difícil provimento e o pagamento da dívida do FIES.

O Programa Mais Médicos foi criado pela Medida Provisória (MP) Nº 621, de 8 de julho de 2013 e leva médicos para regiões onde há escassez ou ausência desses profissionais e investe na qualificação e formação desses profissionais, buscando, assim, resolver a questão emergencial do atendimento básico ao cidadão, mas também criando condições para continuar a garantir um atendimento qualificado no futuro para aqueles que acessam cotidianamente o SUS.

Fotos: Carlos Villamar/Telessaúde UFPA

Telessaúde UFPA realiza webconferência “O uso dos testes rápidos no rastreamento das IST na APS”

O Telessaúde UFPA realizará a webconferência “O uso dos testes rápidos no rastreamento das IST na APS” no dia 20 de setembro.  O tema será ministrado pelo médico infectologista Julius Caesar Mendes Soares Monteiro, que é referência em genotipagem para o HIV pelo Ministério da Saúde e membro da câmara técnica em antirretrovirais do estado do Pará, e vai falar sobre como os testes rápidos devem ser usados na Atenção Primária à Saúde (APS). O evento será às 9h, com acesso pelo site telessaude.ufpa.br e é voltado para médicos(as), enfermeiras(os) e profissionais da saúde atuantes na Atenção Primária à Saúde no Estado do Pará.

Segundo Julius Monteiro, a conferência abordará o uso dos testes rápidos para rastreamento das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), como sífilis, hepatite B, C e HIV na Atenção Primária. “A gente vai conversar sobre o que são esses testes rápidos, quais os fluxogramas para diagnósticos e como eles podem ser utilizados para o tratamento desses agravos”, destaca o conferencista, acrescentando que os testes rápidos estão disponíveis em todas as unidades de saúde da rede de atenção primária, quer seja nas unidades básicas de saúde ou unidade de saúde da família, assim como em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e prontos-socorros.

De acordo com o conferencista, os participantes da webconferência podem esperar de sua palestra, dentre outras coisas, conhecimentos sobre o que são os testes rápidos, quais as metodologias que eles utilizam para o diagnóstico e como interpretá-las e manejá-las no contexto da atenção primária para o diagnóstico e acompanhamento dos pacientes.

Segundo o Ministério da Saúde, os testes rápidos (TR) são testes imunocromatográficos em que todo o procedimento de execução, leitura e interpretação dos resultados não ultrapassam 30 minutos. É uma tecnologia que permite o encurtamento do tempo de resposta ao usuário, assim como o início com maior rapidez do tratamento necessário. Além disso, os TRs também facilitam a execução dos diagnósticos em áreas remotas. Eles são de fácil execução e, atualmente, existem disponíveis para as seguintes infecções sexualmente transmissíveis: HIV, Sífilis, Hepatite B e Hepatite C.

O vírus do HIV causa uma infecção viral crônica que ainda permanece sem cura. No entanto, existe tratamento e o diagnóstico precoce evita a evolução para a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. Já a sífilis é causada por uma bactéria e tem cura nos estágios iniciais, reforçando a importância do diagnóstico precoce. As hepatites B e C são causadas por vírus e já possuem tratamento, mas também é de extrema importância evitar o diagnóstico tardio a fim de evitar complicações como a cirrose hepática e falência do fígado.

Sobre o conferencista:

Julius Caesar Mendes Soares Monteiro é médico infectologista, formado pela UFPA. Tem mestrado em Saúde na Amazônia e é doutorando em Doenças Tropicais, ambos pela UFPA. É também infectologista do complexo hospitalar universitário UFPA/EBSERH e médico do IFPA, além de ser médico referência em genotipagem para o HIV pelo ministério da saúde e membro da câmara técnica em antirretrovirais do estado do Pará.

Arte: Telessaúde UFPA

Prefeitura de Belém lança edital para contratar 1.415 agentes de saúde

A Prefeitura Municipal de Belém (PMB) publicou no Diário Oficial do Município, no dia 23 deste mês, um edital de Processo Seletivo para contratar 1.415 agentes de saúde. A contratação dos novos profissionais contribuirá para o atendimento, de forma imediata, 70% da demanda da Atenção Primária à Saúde (APS) da cidade. As inscrições para o certame ficam abertas até 1º de setembro de 2023.

O edital para a contratação dos novos agentes é da Secretaria Municipal de Administração (Semad), com auxílio da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma). Das 1.415 vagas, 1.120 são para Agente Comunitário de Saúde (ACS); e 295 vagas para Agente de Combate às Endemias (ACE). Também estão previstas 150 vagas para o cadastro de reserva.

De acordo com informações da PMB a contratação dos novos agentes de saúde faz parte de “um programa profundo, em cooperação com o governo Lula, que vai atender a 100% da demanda da atenção primária (de prevenção) do Brasil, com o programa Ação Primária em Saúde do Futuro”. Belém é a primeira cidade a receber o projeto.

Ainda segundo a PMB, o certame possibilitará aumentar de 124 para 348 as equipes de Estratégia da Saúde da Família. Atualmente, a rede municipal de saúde conta com 672 ACEs e 667 ACSs. Os novos agentes contratados vão dar reforço às equipes do programa Atenção Primária em Saúde (APS) do Futuro do Governo Federal. A iniciativa visa alcançar a cobertura de 100% da atenção primária em todo o Brasil. O Ministério da Saúde (MS) selecionou três cidades para serem priorizadas pela equipe da Secretaria de Atenção Primária a Saúde (Saps) como piloto do projeto: Belém (PA), Recife (PE) e Boa Vista (RR).

Uma equipe da Saps passou 60 dias em Belém junto à equipe de técnicos da Sesma e finalizou um plano de quatro etapas. Na primeira, a cobertura da população de Belém vai passar dos atuais 28% para 70% da Estratégia Saúde da Família (ESF). Já a Saúde Bucal de 2% para 30%. O objetivo, após a implantação de todas as etapas, é alcançar 100% de cobertura na ESF e na Saúde Bucal. Atualmente, o MS investe R$ 70 milhões por ano no financiamento da saúde de Belém. Com a APS do Futuro, passará a investir R$ 205 milhões.

Edital

Com essa reabertura de 1.565 vagas para os empregos públicos, publicada no Diário Oficial do Município (DOM), o Governo Municipal dobra o número de vagas em comparação ao edital publicado em 2020 e interrompido por ocasião da pandemia da covid-19. A Secretaria Municipal de Administração (Semad) informa que aquelas pessoas que já haviam se inscrito em 2020 precisam se reinscrever, o que não gera nova taxa de pagamento, caso já o tenham feito. Quem não refizer sua inscrição será eliminado. Quem preferir o ressarcimento do valor, também poderá fazer a devida solicitação. Os novos candidatos pagarão o mesmo valor da taxa de inscrição definido no edital de 2020, R$ 58,00.

O processo seletivo será executado pela Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp) e terá a validade de dois anos, podendo ser prorrogado uma vez, por igual período. As admissões dos candidatos classificados e aprovados em todas as etapas do processo estão condicionadas à disponibilidade orçamentário-financeira da Prefeitura, durante o referido prazo de validade.

Foto: Divulgação/Semad

UFPA promove debate climático em lançamento da 76ª Reunião Anual da SBPC

Um debate sobre emergência climática marcou o lançamento da 76ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que será realizado na Universidade Federal do Pará (UFPA) entre os dias 7 e 13 de julho de 2024. O tema do evento será “Ciência para um futuro sustentável e inclusivo: por um novo contrato social com a natureza”.  O painel de lançamento da Reunião, realizado nesta quarta-feira (23), no Centro de Eventos Benedito Nunes, na UFPA, foi presidido pelo reitor da UFPA, Emmanuel Zagury Tourinho, e contou com a presença do presidente da SBPC, Renato Janine Ribeiro.

A Reunião Anual da SBPC é o maior evento científico da América Latina e antecederá a realização, em Belém, da 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30, que reunirá na capital paraense, em 2025, chefes de Estado e de governo, pesquisadores e ambientalistas de todo o mundo para discutir medidas de enfrentamento às mudanças climáticas.

Segundo o presidente da SBPC, Renato Janine Ribeiro, a 76ª Reunião Anual da SBPC será um bom momento para se preparar para as discussões globais que serão feitas na COP-30. “Como nosso tema será Ciência para um Futuro Sustentável e Inclusivo, pensamos em deflagrar nesta reunião a discussão de um novo paradigma entre o homem e a natureza. A Reunião da SBPC não tem temática exclusiva na agenda ambiental, mas, sem dúvida, esse será um eixo importante durante as discussões que deverá conciliar o respeito ao meio ambiente e aos povos tradicionais”, considerou.

A secretária-geral da SBPC, Cláudia Linhares Sales destacou a importância do retorno do evento à Belém, em especial nesse momento em que a capital paraense fará discussões sobre a sustentabilidade ambiental do planeta. “Para a SBPC, é uma grande alegria poder voltar à UFPA, que é nosso porto e também referência em ciência, tecnologia e inovação na Amazônia. A ideia é termos como legado, realmente, um novo contrato com a natureza, e a escolha não poderia ser mais oportuna”, destacou Sales.

O reitor da UFPA, Emmanuel Zagury Tourinho, enfatizou o fato da Amazônia ser um tema de interesse nos principais debates globais e exercitar o seu protagonismo nesse debate climático e sobre sustentabilidade: “Pensamos que esta reunião da SBPC será um momento de preparação da comunidade científica para intervenção nos debates que acontecerão durante a COP e será especialmente importante que aconteça aqui, porque tornará mais provável que aqueles que produzem ciência nas Amazônias participem ativamente desse debate e contribuam para essas construções da ciência nacional que deverão ser trazidas a debate, por ocasião da COP”.

A escolha da UFPA para sediar a SBPC 2024 ocorreu em reunião do Conselho da Sociedade Científica, com aprovação unânime dos seus membros. A Instituição já recebeu o evento em outras duas ocasiões, a última delas, há 16 anos, quando as atividades estiveram concentradas no Hangar Centro de Convenções da Amazônia. Em 2024, as atividades serão concentradas no campus sede da UFPA, em Belém, às margens do Rio Guamá.

O painel foi coordenado pelo reitor da UFPA e contou com o debate do presidente e da secretária-geral da SBPC. Pesquisadores da UFPA apresentaram quatro palestras com temáticas centrais para a Amazônia contemporânea. Os palestrantes foram: Everaldo Barreiros de Souza, que falou sobre a “Floresta Amazônica e Mudanças Climáticas”; Nils Edvin Asp Neto, que falou sobre “Exploração de Recursos Naturais e Conservação do Bioma Amazônico”; Edna Castro, que abordou a “Transformação no Território, Conflitos e Perspectiva Política de Povos Amazônicos” e Antônio Gomes Moreira Maués, que abordou o tema “Direitos Humanos na Amazônia”.

Fotos: Tamires Rescinho/Telessaúde UFPA

Telessaúde realiza webconferência “Acolhimento do Mais Médicos no Pará”

O Telessaúde UFPA realizará a webconferência “Acolhimento do Mais Médicos no Pará” no dia 30 de agosto. O tema será ministrado pela enfermeira Larissa Menezes, que é referência regionalizada do Ministério da Saúde para o Programa Mais Médicos e autoridades convidadas que integram o Programa Mais Médicos. O evento será às 9h, com acesso pelo site telessaude.ufpa.br e é voltado para médicos(as), enfermeiras(os) e profissionais da saúde atuantes na Atenção Primária à Saúde no Estado do Pará.


Segundo explica a conferencista Larissa Menezes, o acolhimento estadual do Mais Médicos é um evento promovido pela Comissão Colegiada Estadual (CEE), que monitora o programa “Mais Médicos” no Pará, e tem como objetivo dialogar com os médicos e com os municípios sobre a ampliação e o fortalecimento do programa como uma estratégia de formação de profissionais para a atenção primária. “A partir dessa proposta, da reestruturação do programa, agora em 2023, mediante essa ampliação e fortalecimento, através da publicação da nova lei do programa, a Lei 14.621 de 2023, que traz algumas mudanças significativas em relação a lei criada em 2013, a coordenação resolveu convocar todos os profissionais participantes do Estado do Pará e convidar os médicos e gestores para estarem junto com a gente nesse diálogo”, explica a conferencista.


A proposta da webconferência “Acolhimento do Mais Médicos no Pará” é acolher os novos profissionais que o estado do Pará está recebendo a partir dos editais que foram publicados no mês de abril deste ano. “É um momento para colher esses profissionais, no sentido de muni-los de informações a partir da nova reestruturação para que eles possam atuar da melhor forma no território e a gente conseguir atingir o objetivo que é de fato prestar um serviço de qualidade à população do estado do Pará”, ressalta Larissa Menezes.


Sobre esse momento de reestruturação do Programa Mais Médicos, Larissa Menezes destaca que a webconferência será uma oportunidade de apresentar aos médicos e gestores quais são as novas normativas a partir dessa reestruturação do programa Mais Médicos no estado do Pará a partir da Lei 14.621 de 2023. “É um momento para dialogar um pouco com os médicos sobre essas mudanças (que a lei traz), com relação ao cumprimento de carga horária, direitos e deveres dos profissionais, termo de compromisso assinado pelo gestor em relação ao programa, sua obrigação em relação às conduções no território a partir desse compromisso, dessa adesão que o município faz e também o termo de compromisso assinado pelo médico, que também tem seus deveres a serem cumpridos”, destaca Larissa Menezes. “Também iremos dialogar sobre a formação desse profissional porque o médico do programa Mais Médicos é um bolsista, um aluno. Então, ele está vinculado a uma universidade e precisa cumprir, nesse período, algumas atividades educacionais de formação”, acrescenta.


A webconferência “Acolhimento do Mais Médicos no Pará” reunirá os mais diversos atores responsáveis pelo programa Mais Médicos, como representantes do Ministério da Saúde, Ministério da Educação, Secretaria Estadual de Saúde (Sespa), representantes do Cosems, das instituições supervisoras e tutores, que acompanham os profissionais nos territórios, entre outros.
O Programa Mais Médicos (PMM) se somou a um conjunto de ações e iniciativas do governo federal para o fortalecimento da Atenção Primária do País, que é a porta de entrada preferencial do Sistema Único de Saúde (SUS), e está presente em todos os municípios e próxima de todas as comunidades. É neste atendimento que 80% dos problemas de saúde são resolvidos.


O Programa foi criado pela Medida Provisória (MP) Nº 621, de 8 de julho de 2013 e leva médicos para regiões onde há escassez ou ausência desses profissionais e investe na qualificação e formação desses profissionais, buscando, assim, resolver a questão emergencial do atendimento básico ao cidadão, mas também criando condições para continuar a garantir um atendimento qualificado no futuro para aqueles que acessam cotidianamente o SUS.

Telessaúde UFPA recebe visita da Sesma e firma parceria em curso para ACS’s

O Núcleo de Telessaúde do Complexo Hospitalar Universitário da UFPA recebeu a visita da Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma) e firmou uma parceria para a efetivação de um curso introdutório para a formação de Agentes Comunitários de Saúde (ACS’s). A visita foi realizada na última sexta-feira (18), quando o diretor geral da Sesma, o médico sanitarista José Raimundo da Silva Arias, reuniu com a equipe do Telessaúde UFPA e conheceu o curso autoinstrucional “Processo de Trabalho Multiprofissional na APS”, que está sendo construído pela equipe do projeto e que fornece conhecimentos básicos para a capacitação de profissionais da área da saúde que atuam nas unidades de Atenção Primária à Saúde (APS).

Segundo o diretor geral da Sesma, José Raimundo Arias, a secretaria vai fazer um concurso público para a contratação de Agentes Comunitários de Saúde, que irão atuar nos mais diversos bairros e distritos da capital paraense. Os novos profissionais que forem aprovados e convocados terão que fazer um curso introdutório de formação em Atenção Primária antes de iniciarem o seu exercício profissional no município. A parceria com o Telessaúde UFPA, através de convênio da Sesma com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, possibilitará a realização desse curso para os novos ACS’s de Belém, por meio da plataforma do Telessaúde UFPA (Telessaude.ufpa.br). “Eu sou um admirador do uso dos avanços materiais da história em benefício da população. Então, ver essa experiência é uma coisa que me sensibiliza e me deixa muito satisfeito em poder levar mais conhecimento e melhores condições de saúde para todos através dessa tecnologia”, destaca Arias sobre o curso autoinstrucional que o programa está produzindo.

Segundo a vice-coordenadora do Telessaúde UFPA, Leidiana Lopes, que também é coordenadora do Tele-Educação, o curso vai possibilitar uma melhor qualificação dos profissionais da área da saúde que atuam na Atenção Primária porque permitirá maior conhecimento e um melhor fluxo do processo para desenvolver o trabalho de atenção integral à saúde da população belemense. “O curso será uma importante ferramenta para que os ACS’s tenham, entre outras coisas, noções gerais sobre o Sistema Único de Saúde (SUS), território, processo de trabalho das equipes da atenção primária e as redes de atenção à saúde. Então, esse profissional vai se inteirar sobre esse conteúdo e, a partir daí, organizar melhor o processo de trabalho na Atenção Primária”, avalia a coordenadora do Tele-Educação, serviço que está produzindo o curso introdutório para os agentes comunitários de saúde.

A parceria na realização do curso introdutório para os novos ACS’s da Sesma faz parte de um Plano de Ação que foi definido a partir do convênio firmado entre a Sesma e o Telessaúde UFPA, por meio da Ebserh. O Plano de Ação foi entregue pela coordenadora geral do Telessaúde UFPA, Dra. Socorro Castelo Branco, ao secretário municipal de saúde, Pedro Ribeiro Anaisse, no dia 19 de maio deste ano. O documento atende a uma solicitação da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) e norteia todas as ações que serão desenvolvidas pelos dois órgãos para a implementação de uma parceria de trabalho que prevê a prestação de serviços do projeto para a rede municipal de saúde. “Essa parceria com a Sesma é uma conquista muito importante e consideramos que ela vem somar para o cumprimento das nossas metas junto ao Ministério da Saúde e para a melhoria do trabalho da Atenção Primária no município de Belém e para a melhoria da atenção à saúde e a comunidade em geral”, comemora Leidiana Lopes.

O Programa Telessaúde Brasil Redes é uma iniciativa em âmbito nacional, que integra a Estratégia de Saúde Digital para o Brasil, com foco na melhoria da qualidade do atendimento na atenção básica no Sistema Único da Saúde (SUS), integrando ensino e serviço por meio de ferramentas de tecnologias da informação, que oferecem condições para promover a Teleassistência e a Teleducação. O objetivo é alcançar resultados positivos na resolubilidade do nível primário de atenção; reduzir custos e tempo de deslocamentos; fixar os profissionais de saúde nos locais de difícil acesso; melhorar a agilidade no atendimento prestado; e otimizar os recursos dentro do sistema como um todo, beneficiando, dessa forma, aproximadamente 10 milhões de usuários do SUS.

Foto: Carlos Villamar/Telessaúde UFPA

Pará avança em pesquisa sobre população autista no Marajó

Um mapeamento da situação de pessoas com autismo na Ilha do Marajó está sendo feito pela pesquisadora Janae Gonçalves, que coordena um projeto pioneiro no Brasil: coletar dados populacionais sobre o autismo em todos os municípios da Ilha do Marajó, para fortalecer as políticas públicas estaduais para o público. A pesquisa é feita pelo Programa de Desenvolvimento às Pessoas com Transtorno do Espectro Autista (PDTEA), apoiada pela Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), com execução técnica da Fundação Guamá.

Janae Gonçalves está imersa na rotina de profissionais que atendem pessoas com o transtorno do espectro autista (TEA) e, atualmente, a pesquisa está na fase de análise dos dados coletados durante as entrevistas em campo. Grupos de pesquisadores em duplas ou trios percorreram as cidades da ilha para aplicação de questionários respondidos por coordenadores do Atendimento Educacional Especializado (AEE), diretores de escolas, secretários de Educação, assistente social e profissionais de saúde.

As viagens foram uma oportunidade de conhecer a realidade local e ter contato com iniciativas desenvolvidas por professores, cuidadores e diretores, como uma escola em Cachoeira do Arari, que utiliza as artes com seus alunos com autismo para estimular o desenvolvimento escolar. “A gente quer a melhoria na vida dessas pessoas, do que precisam, do que foi feito e do que ainda pode ser feito para as pessoas que têm autismo e para os pais dessas crianças”, destaca a pesquisadora.

Segundo a coordenadora estadual de Políticas para o Autismo, Nayara Barbalho, a iniciativa é resultado da colaboração entre o Governo do Estado do Pará, Sespa, Cepa, Ufra e Fapespa, tem o objetivo de criar uma base de dados intersetorial que integre informações das áreas de saúde e educação.

Foto: Bruno Cecim/Agência Pará

Ministério da Saúde amplia telessaúde no SUS no Pará e Amazonas

O Ministério da Saúde anunciou a ampliação do acesso à telessaúde em dez municípios dos estados do Pará e Amazonas. A estratégia foi viabilizada a partir da Infovia 01, que faz parte do programa Norte Conectado e que foi inaugurada nesta segunda-feira (07) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Santarém, na região Oeste do Pará.

O Presidente Lula está no Pará, onde participará nesta terça e quarta-feira (8 e 9) da Cúpula da Amazônia. Na manhã de hoje (07), ele visitou o Navio Hospital Escola Abaré, no Rio Tapajós, em Santarém, que terá saúde digital. Ele conversou com profissionais de saúde e pacientes em outras localidades da região, usuários da telemedicina. “Quando se começou a falar em telemedicina, houve um tempo em que eu também tinha dúvida se ia dar certo ou não. E agora eu estou aqui, sentado numa cadeira, na frente de pessoas que estão vivendo isso, estão provando que vai dar certo”, disse Lula.

Lula destacou que o objetivo do governo é conectar o Brasil inteiro tanto na educação como na saúde. “É muito importante que a gente consiga fazer chegar ao nosso povo o que a gente tem de melhor na área da saúde e aos nossos estudantes que a gente tem que melhor na educação. E, graças a Deus, os avanços tecnológicos permitiram que a gente pudesse conectar o país inteiro”, acrescentou.

Durante o evento, o presidente destacou a importância da boa gestão das prefeituras e dos profissionais de saúde para o sucesso do programa, em diálogo com governo federal. “Eu digo sempre que não é possível a gente governar o Brasil, se a gente não levar em conta a existência das prefeituras, são os prefeitos os que têm contato primeiro com a pessoa que não tem dinheiro para comprar remédio”, disse o presidente.

A infraestrutura da Infovia 01, implantada pelo Ministério das Comunicações, viabilizará a ampliação dos atendimentos de saúde em municípios de difícil acesso, evitando deslocamentos de até 24 horas de barco. Com a nova conexão, será possível expandir a atenção especializada no Sistema Único de Saúde (SUS), como teleconsulta e telediagnóstico, possibilitando o acesso integral à saúde desta população.

Segundo o Ministério da Saúde, desde a criação do programa de Telessaúde, em 2006, até 2016, o Brasil chegou a ter 64 núcleos no país, em todos os estados. “Após a falta de investimento e de gestão do último governo, vários foram fechados e esse número caiu para 13 núcleos em 12 estados. Neste ano, dos mais de 950 mil telediagnósticos previstos para serem feitos, já foi atingido o percentual de 78,4%, o que representa 616.893 diagnósticos”, explicou a pasta, em comunicado.

A infovia

A Infovia 01 liga a cidade de Santarém a Manaus (AM) por meio de 1,1 quilômetro de cabo de fibra óptica implantado no leito dos rios amazônicos. Ela também leva conectividade para as cidades de Curuá, Óbidos, Oriximiná, Juruti e Terra Santa, no Pará; e Parintins, Urucurituba, Itacoatiara e Autazes, no Amazonas.

Com a nova conexão, os municípios que já contavam com a internet via satélite terão melhor conectividade a partir de agora, permitindo, por exemplo, o envio de imagens em alta resolução, fundamental para a análise dos exames pelos especialistas. O município de Urucurituba, por exemplo, já realizou mais de 50 teleconsultas com a conexão gerada pela Infovia 01 em menos de um mês.

O programa Norte Conectado conta, no total, com oito infovias que irão atender 59 municípios nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima.

Navio hospital

O Navio Hospital Escola Abaré é a primeira unidade básica de saúde fluvial do país. A embarcação, gerida pela Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) em parceria com o Ministério da Saúde e municípios do Pará, realiza atendimentos clínicos e odontológicos para comunidades ribeirinhas do Rio Tapajós e, agora, tem um Ponto de Inclusão Digital para atendimentos de telessaúde.

O navio realiza no mínimo seis expedições por ano, com duração aproximada de 20 dias, atendendo cerca de 20 mil usuários ribeirinhos por ano. São ofertados serviços especializados como exames de ultrassonografia, consultas em pediatria, ginecologia, dermatologia e psiquiatria.

Foto: Marco Santos/Agência Pará

Com informações da Agência Brasil

Brasil atinge em 2021 menor cobertura vacinal em 20 anos

Segundo o Observatório da Atenção Primária à Saúde da associação civil sem fins lucrativos Umane o Brasil atingiu em 2021 a menor cobertura em um período de 20 anos. A informação é resultado de uma análise feita pela entidade nos dados de vacinação do Brasil, onde foi verificado que a média nacional ficou em 52,1%. Para a entidade, o percentual assusta, pois o país sempre foi referência mundial em cobertura vacinal graças ao Programa Nacional de Imunização (PNI).

De acordo com o observatório, de 2001 a 2015, a média nacional de cobertura vacinal se manteve sempre acima dos 70%, mas, em 2016, diminuiu para 59,9% e vem caindo desde 2019, atingindo os 52,1% em 2021. Os estados com cobertura vacinal menor que a média nacional chegam a 59,25%, sendo Roraima o estado com menor abrangência (29,9%). Tocantins registra a maior taxa, com 61,9%. Na Região Norte, quatro dos sete estados têm cobertura na faixa dos 30%.

Na avaliação da superintendente-geral da Umane, Thais Junqueira, esses números mostram que é necessário haver uma diretriz clara e uma coordenação nacional sobre a imunização, destacando a importância dos diferentes tipos de vacinas, a importância do engajamento e o direcionamento técnico no âmbito do estado e dos municípios.

Segundo Thaís Junqueira, o Ministério da Saúde precisa retomar as ações de conscientização e divulgação da importância da vacina, contando com o apoio do Legislativo que também está se movimentando para esse trabalho. “Precisamos retomar aquela visão e todo aquele envolvimento dos brasileiros e brasileiras em torno do tema da vacinação. E que nos últimos anos, no período que a gente vem vivendo a pandemia, teve uma queda preocupante”, afirmou.

Por meio de nota, o Ministério da Saúde informou que ampliar as coberturas vacinais é prioridade da nova gestão da pasta. Segundo o ministério, desde o início de 2023, uma série de ações vem sendo realizadas para reconstrução do Sistema Único de Saúde (SUS), o restabelecimento da confiança nas vacinas e da cultura de vacinação do país. A Coordenação-Geral do PNI passou a ser um departamento, fortalecendo a estrutura e as estratégias para ampliar as coberturas vacinais.

Segundo o Ministério da Saúde, para apoiar a reconstrução das ações de vacinação, o órgão vai destinar mais de R$ 151 milhões a estados e municípios, para incentivar as iniciativas de multivacinação de crianças e adolescentes em todo o país. A ação, publicada em portaria, é inédita e considerada um diferencial para a retomada das altas coberturas vacinais, assim como o planejamento na ponta e a concentração de esforços nos locais onde as taxas de imunização estão mais baixas. A transferência dos recursos será feita em duas etapas: a primeira, com 60% do valor total e a segunda, após o fechamento das ações de microplanejamento. Do total, R$ 13 milhões serão destinados aos estados e R$ 138 milhões, para os municípios.

A Umane tem sede no Brasil e apoia projetos sociais que contribuam para um sistema público de saúde mais eficiente e melhorem a qualidade de vida dos brasileiros. A associação atua em parceria com diversos setores da saúde e da sociedade civil.

Com informações da Agência Brasil e Ministério da Saúde

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Telessaúde UFPA recebe visita do Ministério da Saúde

O Núcleo de Telessaúde do Complexo Hospitalar Universitário da Universidade Federal do Pará, o Telessaúde UFPA, recebeu a visita de consultoria do Ministério da Saúde (MS), nesta terça-feira (01). Os consultores do MS, Eliete Morais de Oliveira e João Pedro Braga Félix estiveram no espaço do programa, localizado no hospital Bettina Ferro do Sousa, no campus Guamá, da UFPA, no período da tarde, onde reuniram com toda a equipe técnica.

Durante a reunião, a equipe profissional do Telessaúde UFPA fez a apresentação de todos os serviços que estão sendo executados e os números de atendimentos e de alcance do programa no Pará desde que o mesmo foi implementado, em janeiro de 2022. Além da apresentação dos serviços da área da saúde também foram apresentados os dados relativos à comunicação do programa, que está presente no site (telessaúde.ufpa.br) e nas redes sociais (Instagram, Facebook, Twitter e You Tube).

De acordo com consultora do MS, Eliete Morais, o objetivo da visita é conhecer o Telessaúde UFPA, implantado no Estado do Pará, há pouco mais de um ano, e saber como os serviços estão sendo implementados e quais dificuldades e ou demandas existem para que possam ser melhorados. “É preciso ampliar os serviços, o alcance do programa no estado do Pará. Essa é uma meta. E para ajudar no desenvolvimento dos serviços estamos fazendo essa visita para coletar informações que possam contribuir com ajustes necessários para conseguir o cumprimento das metas”, destacou a consultora, acrescentando que o Ministério da Saúde está realizando visitas em todos os serviços de Telessaúde do país que estão em operação e com recursos disponibilizados pelo órgão para atuar nos estados.

O Telessaúde UFPA já havia recebido uma visita técnica no Ministério da Saúde, em agosto de 2022, quando estiveram, em Belém, os técnicos Ricardo Vianna e Thiago Brandão, que, na ocasião, estavam acompanhados da analista de prestação de contas do MS, no Pará, Esteliano Ribeiro. Durante essa primeira visita, foi apresentado as obras que estavam sendo realizadas na sala, onde atualmente funciona o projeto, dentro do hospital Bettina Ferro de Souza, que é administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH).

A visita do Ministério da Saúde, por meio de sua equipe de consultoria, aos serviços do Telessaúde em todo o país faz parte de um calendário de atividades que está sendo executado no âmbito da Secretária de Informação e Saúde Digital, que está sob o comando de Ana Estela Haddad, com o objetivo de melhorar, ainda mais, a qualidade dos serviços prestados.

O Programa Telessaúde Brasil Redes é uma iniciativa em âmbito nacional, que integra a Estratégia de Saúde Digital para o Brasil, com foco na melhoria da qualidade do atendimento na atenção básica no Sistema Único da Saúde (SUS), integrando ensino e serviço por meio de ferramentas de tecnologias da informação, que oferecem condições para promover a Teleassistência e a Teleducação. O objetivo é alcançar resultados positivos na resolubilidade do nível primário de atenção; reduzir custos e tempo de deslocamentos; fixar os profissionais de saúde nos locais de difícil acesso; melhorar a agilidade no atendimento prestado; e otimizar os recursos dentro do sistema como um todo, beneficiando, dessa forma, aproximadamente 10 milhões de usuários do SUS.

O Telessaúde UFPA está em funcionamento desde janeiro de 2022 e já possui mais de 1.200 profissionais de saúde cadastrados em sua plataforma. De janeiro a julho deste ano foram emitidos 632 laudos de tele-ECG, foram realizadas 341 teleconsultorias e 43 teledermatogias. Os municípios marajoaras de Ponta de Pedras e Bagre são os que mais têm usado os serviços, pois já possuem convênio com o programa. O resultado tem sido apontado como positivo pelos gestores de saúde dos dois municípios, que destacam os seguintes pontos positivos: melhoria no acesso aos serviços, melhor eficácia nos diagnósticos, redução de custos e otimização de recursos públicos com o atendimento à população, que antes tinha que se deslocar da região marajoara para Belém.

Anvisa dá registro definitivo para vacina bivalente contra covid-19

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro definitivo da vacina Comirnaty bivalente contra a covid-19 da Pfizer, nesta segunda-feira (24). O imunizante, que está indicado para a prevenção da covid-19, pode ser utilizado por pessoas a partir de 5 anos de idade.

A vacina já estava sendo utilizada no Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde (MS) de forma emergencial. Antes do registro definitivo, o produto era usado como dose de reforço para o público acima de 12 anos de idade com comorbidades e para maiores de 18 anos.

De acordo com a Anvisa, as vacinas bivalentes dão maior proteção contra a doença, pois contêm uma mistura de cepas do vírus Sars-CoV-2. A Comirnaty bivalente é elaborada com a variante original, que é a cepa Wuhan, somada a uma variante de circulação mais recente, a cepa Ômicron. 

No cenário internacional de regulação, a Comirnaty bivalente já tem uso autorizado pela Agência Europeia de Medicamentos (European Medicines Agency – EMA) e pela agência reguladora dos Estados Unidos (Food and Drug Administration – FDA).

Com informações da Agência Brasil

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

MS vai abrir vagas para a qualificação de 180 mil agentes comunitários

O Ministério da Saúde vai abrir novas vagas para qualificar mais 180 mil agentes Comunitários de Saúde (ACS) e de Combate às Endemias (ACE). O anúncio foi feito pela ministra Nísia Trindade, na última segunda-feira (17), durante o 37º Congresso Nacional das Secretarias Municipais de Saúde, em Goiânia.

A qualificação de agentes comunitários faz parte do Programa Saúde com Agente, que promove a formação técnica permanente a agentes comunitários de todo o país, oferecendo um curso semipresencial de, no mínimo, dez meses de duração e 26 disciplinas. O detalhamento da próxima turma ainda será divulgado pelo MS.

De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de R$ 388 milhões estão destinados a investimentos no programa e uma primeira turma, composta por quase 200 mil profissionais, concluirá o curso em setembro deste ano. A iniciativa busca melhorar os indicadores de saúde e dos serviços de atenção primária à saúde e também atende a uma antiga demanda da categoria em relação ao reconhecimento e valorização do trabalho realizado pelos agentes.

Com informações da Agência Brasil e MS

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Presidente Lula sanciona lei do Mais Médicos com 15 mil novas vagas em 2023

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei do Programa Mais Médicos, instituindo a Estratégia Nacional de Formação de Especialistas para a Saúde, que deve ampliar em 15 mil o número de médicos atuando na atenção básica do SUS. Entre os avanços da lei estão: a prioridade dada à formação dos profissionais com mestrado e especialização, benefícios para atuação em locais de difícil provimento e o pagamento da dívida do FIES.

O Ministério da Saúde anunciou também a abertura de novos editais para profissionais e para adesão de municípios, com iniciativas inéditas como médicos para equipes de Consultório na Rua e população prisional, além de novas vagas para os territórios indígenas. Ao todo, o Mais Médicos terá, até o fim de 2023, 15 mil novos médicos em todo país, totalizando 28 mil profissionais. Assim, a iniciativa do Governo Federal irá resgatar o acesso à saúde para mais de 96 milhões de brasileiros.

Em sua fala, o Presidente Lula declarou que o ato “é a afirmação de que no Brasil, definitivamente e para sempre, o dinheiro que se coloca na saúde não pode ser visto como gasto, mas como investimento”. O presidente contou que, até os 7 anos de idade ainda não havia comido pão e até os 10 anos, não sabia o que era um médico. “O Mais Médicos significa, no fundo, levar aos mais longínquos lugares desse país, atendimento decente ao cidadão por profissionais da saúde. Nós sabemos que não é fácil. Não basta ter médico, é preciso que ele esteja onde as pessoas estão. Essa é a grandeza do médico de família e dos agentes de saúde. Essa nova versão do Mais Médicos veio para ficar e transformar o padrão de saúde do nosso país”, sustentou. “Hoje é um dia sagrado. Nós precisamos mostrar que o SUS não é apenas grande, o SUS é o melhor sistema de saúde pública que um país de mais de 100 mil habitantes tem”, defendeu.

Após a retomada do programa e divulgação do primeiro edital com 5.968 vagas, sendo mil vagas inéditas para a Amazônia Legal, o Mais Médicos bateu recorde com mais de 34 mil médicos inscritos – o maior número desde a criação do programa em 2013. Até agora, dos selecionados pelo primeiro edital, 3.620 profissionais já estão atuando em todas as regiões do país, garantindo atendimento médico para mais de 20,5 milhões de brasileiros.

A retomada do programa é fruto da Medida Provisória 1.165, de 2023, que foi aprovada em junho pelo Congresso Federal. Durante a tramitação no legislativo, a MP recebeu diversas contribuições dos parlamentares e passou por amplo debate em quatro Audiências Públicas. Na lei sancionada, o programa traz estratégias de incentivos aos profissionais e oportunidades de qualificação durante a atuação no programa. O participante poderá fazer especialização e mestrado em até quatro anos. Os profissionais também passarão a receber benefícios, proporcional ao valor mensal da bolsa, para atuarem nas periferias e regiões de maior vulnerabilidade.

O Mais Médicos também quer atrair os profissionais formados com apoio do Governo Federal. Os beneficiados pelo Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES) que participarem do programa poderão receber incentivos de R$ 238 mil a R$ 475 mil, dependendo da vulnerabilidade do município e a permanência no programa por 48 meses. Assim, o profissional poderá ter auxílio para o pagamento de até 80% do financiamento. Os profissionais também terão benefícios proporcionais ao valor da bolsa pelo tempo de permanência no programa e por atuação em áreas de alta vulnerabilidade. Esses incentivos podem chegar a R$ 120 mil.

Foto: Rafael Nascimento/MS

Telessaúde UFPA participa da recepção de médicos do “Mais Médicos”, em Belém

O Núcleo de Telessaúde do Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Pará, o Telessaúde UFPA, participou da solenidade de recepção dos 46 novos médicos que atuarão em Belém, pela reativação do programa Mais Médicos do Governo Federal. A cerimônia foi realizada no auditório do Instituto de Ciências Médicas (ICM) da Universidade Federal do Pará (UFPA), no dia 1º de julho, e, na ocasião, a coordenadora do Telessaúde UFPA, Profa. Dra. Socorro Castelo Branco, participou das boas vindas aos novos médicos e fez uma apresentação dos serviços ofertados pelo programa e que contribuem para a melhoria dos atendimentos de Atenção Primária a Saúde (APS).

            Segundo dados do Ministério da Saúde, apenas 50% da população brasileira tem acesso à atenção básica. No Pará, dos 144 municípios, em pelo menos 64 não havia um único médico antes do programa Mais Médicos. Nesse sentido, a retomada do programa do governo federal vai garantir atendimento de atenção primária à saúde em todas as regiões de difícil acesso. E o Telessaúde UFPA se constitui como uma ferramenta que vai se somar nesse esforço do Ministério da Saúde para garantir à população mais carente atendimento de saúde de qualidade.

            O Programa Telessaúde Brasil Redes é um componente da Estratégia de Saúde Digital para o Brasil, que tem como finalidade a expansão e melhoria da rede de serviços de saúde, sobretudo da Atenção Primária à Saúde (APS), e sua interação com os demais níveis de atenção fortalecendo as Redes de Atenção à Saúde (RAS) do SUS.

Os objetivos do programa são: a melhoria da qualidade do atendimento na Atenção Básica no Sistema Único de Saúde (SUS), com resultados positivos na resolubilidade do nível primário de atenção; expressiva redução de custos e do tempo de deslocamentos; fixação dos profissionais de saúde nos locais de difícil acesso; melhor agilidade no atendimento prestado; e otimização dos recursos dentro do sistema como um todo, beneficiando, dessa forma, aproximadamente 10 milhões de usuários do SUS.         

Vacinação contra a gripe continua em julho, em Belém

A Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), vai
seguir com a campanha de vacinação contra a Influenza em Belém, neste mês
de férias escolares. O motivo é o fato da capital paraense ainda não ter
alcançado a cobertura vacinal esperada pelo Ministério da Saúde. A vacinação
contra a influenza será ofertada somente nas Unidades Básicas de Saúde, de
segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. A meta é vacinar 518.182 pessoas, em
Belém.
A vacina contra Influenza está liberada para toda a população, a partir dos seis
meses de idade, além de continuar para os grupos prioritários já definidos pelo
Ministério da Saúde. Em relação ao grupo prioritário (idosos, crianças,
grávidas, puérperas, entre outros) a meta é vacinar 387.685, mas até o
momento foram vacinadas 230.197 o que corresponde a 59,38 de cobertura
vacinal.
A Sesma ressalta que neste período as instituições de ensino superior
parceiras (Fibra, Unama, Unifamaz e Escola de Enfermagem da Uepa) estão
em recesso, portanto, não funcionarão como ponto de vacinação. Ao todo,
segundo a Sesma, até o momento foram vacinadas 272.135 pessoas, o que
corresponde a 68,75% de cobertura vacinal.

Locais de vacinação em julho:
Unidades Municipais de Saúde
Horário de funcionamento: das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira
01 – USF Aeroporto, rua dos Passos, S/N – Mosqueiro;
02 – USF Barreiro I, Pass. Mirandinha – 367;
03 – USF Carananduba, Av.Cipriano Santos, passagem Santa Maria, nº 01;
04 – USF Terra Firme, Rua São Domingos, esquina com a Passagem 2 de
Junho;
05 – USF Fama, Estrada do Tucunduba – Outeiro;
06 – USF Furo das Marinhas, Rod. Augusto Meira Filho, Furo das Marinhas
Mosqueiro;
07 – USF Mangueirão, Rua São João – 1;
08 – USF Quinta dos Paricás, Estrada do Maracacuera, 2477, Icoaraci;
09 – USF Sucurijuquara, Estrada da Baía do Sol, Mosqueiro;
10 – USF Tenoné II, Rua 6ª Linha-S/N, ao lado da Fund. Paula Francinete;
11 – USF Combu, Furo do Combu, S/N, Ilha do Combu;
12 – USF Paraíso Verde, Av. João Paulo II, entre Pass. Classe A e Cruzeiro;
13 – USF Parque Verde, Rua da Yamada;
14 – USF Eduardo Angelim, Conjunto Eduardo Angelim, Av. 17 de Abril – S/N;
15 – USF Paracuri I, passagem Maura, 218, entre a 3ª e 4ª Rua, Icoaraci;
16 – USF Radional, Av. Bernardo Sayão, Conj. Radional II, Qd. F-50, Condor;
17 – USF Canal da Pirajá, Tv. Barão do Triunfo – 1015, Esq. com a rua Nova –
Pedreira;
18 – USF Fidélis, Rua Pantanal, S/N – Outeiro;

19 – USF Souza, Av. Almirante Barroso, dentro da Setran;
20 – USF Panorama XXI, Conj. Panorama XXI, QD 24, Casa 11 B Mangueirão;
21 – UBS Castanheira, Passagem Sol Nascente – Castanheira;
22 – UBS Portal da Amazônia, Rua Osvaldo de Caldas Brito, 30 B – Jurunas
23 – UMS Águas Lindas, Conj. Verdejantes I, 2ª Rua, S/N;
24 – UMS Baía do Sol, Av. Beira Mar, S/N – Mosqueiro;
25 – UMS Bengui II, Pass. Maciel, S/N – Ao lado da Escola Marilda Nunes;
26 – UMS Cabanagem, Rua São Paulo, S/N – Entre Rua São Pedro e Rua
Olímpia;
27 – UMS Cremação, Rua dos Pariquis – 2906;
28 – UMS Cotijuba, Rua Manoel Barata, S/N – Ilha de Cotijuba;
39 – UMS Curió, Pass. Albert Engelhard, S/N, Curió Utinga;
30 – UMS Fátima, Rua Domingos Marreiros, nº 1664;
31 – UMS Guamá, Rua Barão de Igarapé-Miri, nº 479;
32 – UMS Icoaraci, Rua Manoel Barata, nº 840;
33 – UMS Maguari, Conj. Maguari, Alameda 15;
34 – UMS Maracajá, Tv. Siqueira Mendes, S/N;
35 – UMS Marambaia, Rod. Augusto Montenegro;
36 – UMS Outeiro, Rua Manoel Barata, S/N;
37 – UMS Paraíso dos Pássaros, Rua dos Tucanos;
38 – UMS Pratinha, Rod. Arthur Bernardes;
39 – UMS Providência, Av. Norte;
40 – UMS Sacramenta, Av. Senador Lemos;
41 – UMS Satélite, Conj. Satélite, WE 08;
42 – UMS Sideral, Rua Sideral – Esquina com Av. Brasil;
43 – UMS Tapanã, Rua São Clemente;
44 – UMS Terra Firme, Pass. São João, nº 170 – Terra Firme;
45 – UMS Vila da Barca, Rua Cel Luiz Bentes – próximo à Pedro A. Cabral;
46 – CSE Marco, Av. Rômulo Maiorana, 2558 – Marco;
47 – UBS Pedreira, Av. Pedro Miranda, esquina com Tv. Mauriti;
48 – Uremia, Av. Alcindo Cacela, nº 1421 – São Brás;
49 – Iasb, rua Enéas Pinheiro – s/n, entre Almirante Barroso e Av. João Paulo
II.
UMSs com a vacinação suspensa temporariamente:
UMS Telégrafo, Rua do Fio – Entre Pass. São João e Pass. São Pedro;
UMS Tavares Bastos, Av. Rodolfo Chermont, 170 – Marambaia;
UMS Condor, Pass. Lauro Malcher, Nº 285. – s/n, entre Almirante Barroso e Av.
João Paulo II.

Serviços do Telessaúde UFPA garantem melhoria no atendimento à população

Os serviços prestados pelo Telessaúde UFPA estão melhorando a qualidade dos atendimentos em saúde da população nos municípios paraenses que já aderiram ao programa. Atualmente, já estão sendo prestados os serviços de Teleconsultoria, Teledermatologia, Tele-ECG e Tele-educação, com a realização de webconferências para qualificação profissional na área da saúde. Todos esses serviços são acessados por meio do site Telessaude.ufpa.br e são voltados para médicos(as), enfermeiras(os) e profissionais da saúde atuantes na Atenção Primária à Saúde no Estado do Pará.

De janeiro a 31 de maio deste ano foram emitidos 503 laudos de tele-ECGs, 232 teleconsultorias e nove teledermatogias. Os municípios marajoaras de Ponta de Pedras e Bagre são os que mais têm usado os serviços, pois já possuem convênio com o programa. O resultado tem sido apontado como positivo pelos gestores de saúde dos dois municípios.

A secretária municipal de saúde de Ponta de Pedras, Indira Oliveira de Sousa, destaca que o Telessaúde UFPA tem sido “uma importante ferramenta de expansão dos atendimentos de saúde ofertados à população local”. “Percebemos que os usuários do SUS estão mais felizes e satisfeitos, pois reduziram os gastos com passagens e tempo de espera no atendimento que, por vezes, levavam meses tentando a demanda referenciada para Belém”, avalia a secretária.

Indira Sousa tem comemorado o resultado satisfatório dos serviços do programa, que segundo ela “reduziu barreiras e dificuldades, não só sociais, como econômicas e culturais”. “Esses serviços reduziram bastante a distância quanto ao acesso ao atendimento, para que os serviços e as informações em saúde cheguem a um número cada vez maior de pontapedrenses”, diz a gestora.

Com relação às filas de espera, a gestora explica que houve redução, mas que como a demanda em Ponta de Pedras é muito grande, a quantidade de vagas disponibilizadas ainda não consegue atender à necessidade total da população. “Antes do Telessaúde UFPA as filas de espera eram bem acentuadas. O programa ajudou a diluir tais filas, mas infelizmente por conta da grande demanda não conseguimos zerar as filas. E como só temos médicos generalistas, a demanda por profissionais especializados é cada vez mais crescente. Os gastos da população também reduziram pois era muito caro ter que ir para Belém para fazer um tratamento, pois era preciso gastar com locomoção, hospedagem e alimentação”, conta Indira Sousa. “Muitas vezes, o paciente deixava de comparecer a consulta por não ter como se manter em Belém. As filas de espera eram enormes, tinham exames que demoravam meses e até mesmo ano para serem liberadas”, complementou.

No município de Bagre, a melhoria da qualidade dos atendimentos de saúde, após o convênio com o Telessaúde UFPA, também já foi reconhecida pela gestão municipal de saúde e também pela população local. O secretário municipal de saúde de Bagre, Paulo Ronaldo Rodrigues de Souza destacou os benefícios conquistados com os serviços para o fechamento de diagnósticos das patologias que acometem os munícipes. “Levando em consideração que a nossa região é de difícil acesso a médicos especialistas em cardiologia e outros e a situação atual da nossa internet em nosso município, sem dúvida nenhuma essa parceria veio ajudar muito no diagnóstico de nossos pacientes”, destaca o gestor.

De acordo com Paulo Rodrigues a demanda por eletrocardiograma quase zerou no município. “Hoje, temos laudos de eletrocardiograma de primeiríssima qualidade e rapidez no resultado. Nós tínhamos uma demanda reprimida muito grande de eletro e conseguimos baixar para quase zero. E foi o Telessaúde UFPA a ferramenta que garantiu melhorias nos atendimentos dos nossos usuários”, ressalta o secretário.

Antes da parceria com o Telessaúde, segundo Paulo Rodrigues, o município de Bagre dispunha apenas de uma prestação de serviços do estado, por meio do Hospital Regional de Breves, que disponibilizava 40 vagas de eletrocardiograma por mês. Ocorre que a população do município é de cerca de 30 mil habitantes e esse quantitativo de atendimento mensal era insuficiente e gerava uma demanda reprimida muito grande.

            Além disso, segundo o gestor, os custos do município e do próprio paciente eram muito grandes. A prestação do serviço funcionava da seguinte forma: “a secretaria marcaria o eletrocardiograma para o paciente e nós liberávamos as passagens, ida e volta. E quando o paciente era idoso, nós liberávamos também a passagem do acompanhante, o que gerava uma despesa alta com passagens. Nós tínhamos que garantir a passagem para o paciente não perder o exame. Mas, mesmo assim, ainda tinha uma longa espera de 7 a 10 dias para o paciente receber o resultado do exame do Hospital Regional de Breves”. “Isso também dificultava para o paciente trazer o resultado para o médico para ele fazer o diagnóstico. Mas, hoje, com o Telessaúde UFPA, não existe mais essa espera porque se tem o laudo com muita rapidez e sem precisar que o paciente saia do município. Com esse serviço, nós economizamos com passagens e os pacientes não precisam mais gastar tempo com deslocamento para Breves”, ressalta Paulo Rodrigues.

O secretário explica que foi feita uma distribuição dos serviços dos Telessaúde UFPA em Bagre. “Quando trouxemos o Telessaúde UFPA para cá, nós sentamos com a nossa rede de atenção primária e dividimos a demanda porque em todas as nossas estratégias de saúde da família, que são os postos que atendem a população nos bairros, nós tínhamos demandas. Então, nós demos uma cota semanal para cada Estratégia de Saúde da Família (ESF) para direcionar os seus pacientes para o hospital municipal, onde se faz, hoje, o exame de eletrocardiograma”, explica.

Paulo Rodrigues comemora os resultados com o Telessaúde UFPA em Bagre. “Hoje, o programa soma muito com a nossa rede de saúde porque diminuiu a nossa demanda, diminuiu o tempo dos resultados dos exames, diminuiu o recurso que a gente gastava com passagens para os pacientes. Agora, eles fazem os exames no próprio município. Então, diminuiu também o tempo do paciente longe do município e ele vai andando para o nosso hospital municipal para fazer o seu exame. Antes, ele teria que pegar lancha ou o próprio barco da linha para ir para Breves, perdia um dia para fazer o exame e ainda não traria o resultado”, concluiu.

Serviços ofertados pelo Telessaúde UFPA:

Teleconsultoria – serviço no qual uma consulta é registrada e realizada entre trabalhadores, profissionais e gestores da área da saúde, por meio de instrumentos de telecomunicação bidirecional, com o fim de esclarecer dúvidas sobre procedimentos clínicos, ações de saúde e questões relativas ao processo de trabalho. As respostas são baseadas em evidências científicas e adequadas às características da região amazônica. O Telessáude UFPA oferta teleconsultoria assíncrona. Isto é, por meio de mensagens off-line via plataforma STT.

Telediagnóstico – utiliza as tecnologias da informação e comunicação para realizar apoio ao diagnóstico através de distâncias geográfica e temporal. A imagem é enviada pelos serviços de saúde municipais ou estaduais para a plataforma STT e os laudos são realizados à distância pelos profissionais vinculados ao Telessaúde UFPA.

Tele-educação – visa a educação permanente dos profissionais da atenção primária à saúde (APS), por meio de conferências, palestras, aulas, cursos, ou disponibilização de objetos de aprendizagem interativos sobre temas relacionados à saúde, ministrados à distância, por meio de tecnologia de informação e comunicação.

Tele-ECG – serviço de teledignostico, que consiste na disponibilização de laudos de eletrocardiograma feitos por um cardiologista credenciado ao programa. Para usar o serviço, o município deve pactuar com o Telessaúde UFPA por meio de um termo de cooperação. A partir daí os profissionais de saúde do município são treinados para o uso do serviço e em até 72 horas o solicitante recebe o laudo do ECG.

Todos estes serviços estão em pleno funcionamento pelo Telessaúde UFPA e disponíveis para atender enfermeiros(as), médicos(as) e técnico(a) na área da saúde que atuam nas unidades de Atenção Primária a Saúde (APS) de todos os 144 municípios do Estado do Pará. Trata-se de uma importante ferramenta para auxiliar no diagnóstico em dermatologia e em laudos de eletrocardiograma com consultores especialistas nas duas áreas. A solicitação do serviço deve ser feita pelo site telessaude.ufpa.br.

Hospitais têm vagas abertas para auxiliar de farmácia, técnicos em enfermagem e de laboratório

O Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (Hoiol), em Belém, e o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), localizado em Ananindeua, na Grande Belém, estão convocando profissionais da área da saúde em processos seletivos. As vagas são para auxiliar de farmácia, técnicos em enfermagem e de laboratório e as inscrições já estão abertas para a seleção.

No Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, as vagas disponíveis são para Pessoas com Deficiência (PcD) para as vagas de auxiliar de farmácia e técnico em enfermagem. Interessados devem enviar currículos até 3 de julho via e-mail: recrutamento.hoiol@institutodiretrizes.com.br e informar o nome da vaga de interesse no assunto.

Para o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência, a vaga é para o cargo de técnico de laboratório. Os currículos serão recebidos até o dia 7 de julho pelo e-mail: rh1.hmue@indsh.org.br. Confira abaixo os requisitos para as vagas nos dois hospitais.

Para o Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo

– Auxiliar de farmácia:

Ensino médio completo

Experiência de 6 meses

– Técnico em enfermagem:

Curso técnico na área

Curso de hemodiálise

Experiência de 6 meses

Os selecionados serão contatados para a realização das próximas etapas do processo, que incluem teste psicológico, prova e entrevista técnica.

Para o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência

– Técnico de laboratório:

Ensino médio completo

Curso técnico em laboratório

Desejável experiência de seis meses

A unidade está recebendo, ainda, currículos para cadastro reserva direcionado às Pessoas com Deficiência (PCD) para diferentes cargos. Os interessados também devem enviar os currículos por e-mail. Todos os currículos recebidos passarão por triagem, seguindo critérios do Setor de Recursos Humanos (RH) da unidade e os selecionados serão contatados para a realização das próximas etapas do processo, que incluem provas e entrevistas.

Foto: Ricardo Amanajás/Arquivo Agência Pará

Brasil tem primeiro caso de influenza aviária em aves domésticas

O Brasil registrou a primeira ocorrência de vírus da influenza aviária em aves domésticas. O caso foi detectado em uma criação de subsistência localizada no quintal de uma casa na cidade da Serra, no Espírito Santo. Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), havia criação de pato, ganso, marreco e galinha, no local. É o primeiro foco detectado em aves domésticas em criação de subsistência desde a entrada do vírus no Brasil, no dia 15 de maio deste ano.

Em nota, o Ministério da Saúde informa que a ocorrência do foco confirmado em aves de subsistência não traz restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros. O consumo e a exportação de produtos avícolas também permanecem seguros. Mesmo assim, medidas sanitárias já estão sendo tomadas para a contenção e erradicação do foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP). Além disso, estão sendo intensificadas as ações de vigilância em populações de aves domésticas na região relacionada ao foco.

Segundo levantamento do MS há, no país, 50 focos de IAAP detectados em aves silvestres no Espírito Santo, Bahia, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Informações atualizadas sobre os focos da doença podem ser acessadas por meio do Painel BI. O site informa também as espécies que já foram afetadas pelo vírus da influenza aviária.

Por meio de nota, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) ressalta o que qualifica como “trabalho de excelência” conduzido de forma “transparente” pelo Ministério da Agricultura e pelas secretarias de agricultura estaduais. A entidade não acredita que o caso resulte em qualquer alteração no fluxo das exportações. “Segundo todos os órgãos de saúde internacionais, não há qualquer risco no consumo dos produtos”, informou a ABPA, ressaltando que os protocolos sanitários mantidos pela avicultura industrial do Brasil mantêm-se “nos mais elevados padrões de biosseguridade, preservando as unidades produtivas perante a enfermidade”.

Com informações da Agência Brasil

Foto: Walter Campanato/Agência Brasil

Nova vacina contra a dengue deve chegar ao Brasil nesta semana

A Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas (ABCVAC) informou que uma nova vacina contra a dengue deve chegar ao Brasil nesta semana. O novo imunizante é composto por quatro diferentes sorotipos do vírus causador da doença, a Qdenga, da empresa Takeda Pharma Ltda., e foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março deste ano. Segundo o órgão regulador, a dose confere ampla proteção contra a dengue.

Em nota, a ABCVAC informou que o preço da vacina, disponível, inicialmente, apenas em laboratórios particulares, deve variar entre R$ 350 e R$ 500 para o consumidor final, dependendo do estado. Em São Paulo, por exemplo, o Preço Máximo ao Consumidor (PMC) autorizado pela Anvisa para as clínicas é R$ 379,40.

De acordo com a Anvisa, a nova vacina é indicada para crianças acima de 4 anos de idade, adolescentes e adultos até 60 anos de idade. A Qdenga, portanto, é a primeira dose aprovada no Brasil para um público mais amplo, já que o imunizante aprovado, anteriormente, a Dengvaxia, só pode ser utilizado por quem já teve dengue.

A nova vacina estará disponível para administração via subcutânea em esquema de duas doses, com intervalo de três meses entre as aplicações. Segundo a agência, a eficácia contra a dengue para todos os sorotipos combinados entre indivíduos soronegativos (sem infecção anterior pelo vírus) foi de 66,2%. Já para indivíduos soropositivos (que tiveram infecção anterior pelo vírus), o índice foi de 76,1%.

Com informações da Agência Brasil

Foto: Arquivo/Agência Brasil

Telessaúde UFPA participa do Fórum Nacional de Telessaúde 2023, em Brasília

O Telessaúde UFPA está participando do Fórum Nacional de Telessaúde 2023, nesta quarta e quinta-feira, dias 20 e 21, no Brasília Palace Hotel, em Brasília. O evento reúne representantes de todos os núcleos que integram o Programa Telessaúde Brasil Redes, com o objetivo de debater os principais desafios, dificuldades e avanços que estão sendo observados em todo o país, além de discutir modelos e formas de apoio para a ampliação dos serviços. O Telessaúde UFPA esteve representado no fórum pela coordenadora geral, Socorro Castelo Branco e pela coordenadora adjunta, Leidiana Lopes, que fizeram uma exposição dos serviços que estão sendo desenvolvidos no Estado do Pará. A mesa de abertura do fórum foi presidida pela titular da Secretaria de Informação e Saúde Digital (Seidigi), Estela Haddad, que coordena o programa no país.

            Seguindo o cronograma do Fórum Nacional de Telessaúde 2023, a coordenadora geral do Telessaúde UFPA, Socorro Castelo Branco, fez a apresentação sobre o Telessaúde UFPA, na manhã desta quarta-feira (21). Na ocasião, além de mostrar os resultados com a oferta dos serviços de Teleconsultoria, Telediagnóstico, Tele-ECG e Tele-Educação, a coordenadora destacou as parcerias fechadas com municípios da região do Arquipélago do Marajó, além da discussão dos últimos ajustes para firmar uma parceria com a capital paraense, Belém, para a qualificação dos atendimentos na rede de saúde municipal.

            O Telessaúde UFPA integra o Programa Telessaúde Brasil Redes, que é uma iniciativa em âmbito nacional que busca melhorar a qualidade do atendimento e da atenção básica no Sistema Único da Saúde (SUS), integrando ensino e serviço por meio de ferramentas de tecnologias da informação, que oferecem condições para promover a Teleassistência e a Tele-educação.

Vacinação contra Covid-19 e Influenza segue em Belém

A Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, continua a ofertar, a vacinação contra gripe, covid-19 e atualização do calendário vacinal, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). A vacinação nos shoppings Boulevard, Bosque Grão Pará e It Center só está disponível aos sábados, das 10h às 17h.

A vacinação contra a Influenza foi prorrogada até o próximo 30 de junho e está liberada para toda a população, a partir dos seis meses de idade, além de continuar para os grupos prioritários já definidos pelo Ministério da Saúde. Já a vacina bivalente contra covid-19 segue disponível para todas as pessoas acima de 18 anos, assim como outros grupos prioritários (definidos pelo Ministério da Saúde), que tenham completado esquema básico de vacinação (D1 e D2) e cujo intervalo da última dose realizada seja de, no mínimo, 4 meses.

A Sesma ressalta que fazem parte do grupo prioritário os idosos, pessoas de 12 a 59 anos com comorbidade; gestantes e puérperas até 45 dias pós-parto; pessoas com imunossupressão (a partir de 12 anos); com deficiência permanente (a partir de 12 anos de idade); indígenas, ribeirinhos e quilombolas (a partir de 12 anos de idade).

Segundo a secretaria as Unidades Municipais de Saúde de Belém darão continuidade à aplicação das vacinas de rotina, conforme recomendado pelo Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde.

Locais de vacinação:

Unidades Municipais de Saúde

Horário de funcionamento: 08h às 17h, de segunda a sexta-feira

01 – USF Aeroporto, rua dos Passos, S/N – Mosqueiro;

02 – USF Barreiro I, Pass. Mirandinha – 367;

03 – USF Carananduba, Av.Cipriano Santos, passagem Santa Maria, Nº 01;

04 – USF Terra Firme, rua São Domingos, esquina com a Passagem 2 de Junho;

05 – USF Fama, Estrada do Tucunduba – Outeiro;

06 – USF Furo das Marinhas, Rod. Augusto Meira Filho, Furo das Marinhas Mosqueiro;

07 – USF Mangueirão, rua São João – 1;

08 – USF Quinta dos Paricás, Estrada do Maracacuera, 2477, Icoaraci;

09 – USF Sucurijuquara, Estrada da Baía do Sol, Mosqueiro;

10 – USF Tenoné II, rua 6ª Linha-S/N, ao lado da Fund. Paula Francinete;

11 – USF Combu, Furo do Combu, S/N, Ilha do Combu;

12 – USF Paraíso Verde, Av. João Paulo II, entre Pass. Classe A e Cruzeiro;

13 – USF Parque Verde, rua da Yamada;

14 – USF Eduardo Angelim, Conjunto Eduardo Angelim, Av. 17 de Abril – S/N;

15 – USF Paracuri I, passagem Maura, 218, entre a 3ª e 4ª Rua, Icoaraci;

16 – USF Radional, Av. Bernardo Sayão, Conj. Radional II, Qd. F-50, Condor;

17 – USF Canal da Pirajá, Tv. Barão do Triunfo – 1015, Esq. com a rua Nova – Pedreira;

18 – USF Fidélis, rua Pantanal, S/N – Outeiro;

19 – USF Souza, Av. Almirante Barroso, dentro do SETRAN;

20 – USF Panorama XXI, Conj Panorama XXI, QD 24, Casa 11 B Mangueirão;

21 – UBS Castanheira, passagem Sol Nascente – Castanheira;

22 – UBS Portal da Amazônia, rua Osvaldo de Caldas Brito, 30 B – Jurunas

23 – UMS Águas Lindas, Conj. Verdejantes I, 2ª Rua, S/N;

24 – UMS Baía do Sol,  Av. Beira Mar, S/N – Mosqueiro;

25 – UMS Benguí II, Pass. Maciel, S/N – Ao lado da Escola Marilda Nunes;

26 – UMS Cabanagem, rua São Paulo, S/N – Entre Rua São Pedro e  Rua Olímpia;

27 – UMS Cremação, rua dos Pariquis – 2906;

28 – UMS Condor. Pass. Lauro Malcher, Nº 285;

29 – UMS Cotijuba, rua Manoel Barata, S/N – Ilha de Cotijuba;

30 – UMS Curió, Pass. Albert Engelhard, S/N, Curió Utinga;

31 – UMS Fátima, rua Domingos Marreiros, Nº 1664;

32 – UMS Guamá, rua Barão de Igarapé-Miri, Nº 479;

33 – UMS Icoaraci, rua Manoel Barata, Nº 840;

34 – UMS Maguari, Conj. Maguari, Alameda 15;

35 – UMS Maracajá, Tv. Siqueira Mendes, S/N;

36 – UMS Marambaia, Rod. Augusto Montenegro;

37 – UMS Outeiro, rua Manoel Barata, S/N;

38 – UMS Paraíso dos Pássaros, rua dos Tucanos;

39 – UMS Pratinha, Rod. Arthur Bernardes; 

40 – UMS Providência, Av. Norte;

41 – UMS Sacramenta, Av. Senador Lemos;

42 – UMS Satélite, Conj. Satélite, WE 08;

43 – UMS Sideral, rua Sideral – Esquina com Av. Brasil;

44 – UMS Tapanã, rua São Clemente;

45 – UMS Telégrafo, rua do Fio – Entre Pass. São João e Pass. São Pedro;

46 – UMS Terra Firme, Pass. São João, Nº 170 – Terra Firme;

47 – UMS Vila da Barca, rua Cel Luiz Bentes – próximo à Pedro A. Cabral;

48 – CSE Marco, Av. Rômulo Maiorana, 2558 – Marco;

49 – UBS Pedreira, Av. Pedro Miranda, esquina com Tv. Mauriti;

50 – UREMIA, Av. Alcindo Cacela, Nº 1421 – São Brás; e

51 – IASB, rua Enéas Pinheiro – s/n, entre Almirante Barroso e Av 1º de Dezembro.

Pontos de Vacinação, das 10h às 17h, exclusivamente aos sábados

– Shopping Boulevard. Av. Visconde de Souza Franco (Doca)

– Shopping Bosque Grão-Pará. Av. Centenário

– IT Center. Av. Senador Lemos.

Manejo da malária na Atenção Primária é tema de webconferência

O Telessaúde UFPA realizará a webconferência “Manejo da malária na Atenção Primária” no dia 27 de junho. O tema será ministrado pelo médico infectologista e mestre em Doenças Tropicais, Rhomero Souza, que vai falar sobre como deve ser feito o atendimento de pacientes com malária, nas unidades de Atenção Primária a Saúde (APS). O evento será às 17h30, com acesso pelo site telessaude.ufpa.br e é voltado para médicos(as), enfermeiras(os) e profissionais da saúde atuantes na Atenção Primária à Saúde no Estado do Pará.

Segundo o Ministério da Saúde, a malária representa um grande problema de saúde pública no país, com 99% dos casos concentrados na região amazônica e com incidência maior nas populações de maior vulnerabilidade social. A eliminação da doença no Brasil até 2035 é uma das prioridades do MS, que lançou em abril deste ano uma campanha para alertar a população sobre as formas de prevenção e tratamento. Pela primeira vez o lançamento ocorreu na região amazônica, foco prioritário para o combate da doença, na cidade de Ananindeua (PA). A campanha teve como slogan “O combate à malária acontece com a participação de todos: cidadãos, comunidade e governo”, voltada para alertar a população, profissionais de saúde e gestores sobre a prevenção, controle e eliminação da doença.

A malária é uma doença infecciosa transmitida por mosquitos hematófagos do gênero Anopheles e causada por protozoários do gênero Plasmodium. A mais frequente é causada pelo Plasmodium vivax; em segundo lugar tem-se o Plasmodium falciparum, que por sua vez possui maior morbimortalidade, bem como crescente resistência ao tratamento medicamentoso.

Na infecção pela malária, os principais sintomas são febre, calafrios e sudorese, que ocorrem no acesso malárico, que é uma crise aguda que ocorre em períodos paroxísticos, podendo ou não ser de 48/48h como classicamente é descrito, ou seja, a ausência do padrão característico não deve afastar a suspeita de malária. Outros sintomas comuns são a fadiga, mialgia, cefaleia e vômitos.

Para falar sobre o tema, o infectologista Rhomero Souza vai abordar os aspectos epidemiológicos e clínicos da doença e ensinar como os pacientes com sintomas de malária devem ser atendidos para ter um diagnóstico e tratamento adequados. “Muitas vezes, o primeiro contato do paciente com um ambiente de saúde é nas unidades de Atenção Primária. Então, é de fundamental importância que os profissionais de saúde conheçam bem essa doença, considerada endêmica na nossa região amazônica”, destacou o conferencista.

Sobre o conferencista:

Rhomero Salvyo Assef Souza é médico infectologista, especialista em Epidemiologia e Controle de Infecção Hospitalar e mestre em Doenças Tropicais. Faz parte do corpo clínico da Unidade de Doenças Infecto-parasitarias do Hospital Barros Barreto e é professor do Curso de Medicina do Cesupa.