Webconferência debate Saúde Indígena e Interculturalidade

Webconferência debate Saúde Indígena e Interculturalidade

O Telessaúde UFPA realizará a webconferência “Saúde Indígena e Interculturalidade” no dia 29 de abril.  O tema será ministrado pelo médico doutor em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz, Paulo Basta e pela antropóloga e doutora em Antropologia Social pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Luciane Ouriques Ferreira. O evento será às 17h, com acesso pelo site telessaude.ufpa.br e é voltado para médicos(as), enfermeiras(os) e profissionais da saúde atuantes na Atenção Primária à Saúde no Estado do Pará.

Segundo o conferencista, Paulo Basta, a webconferência pretende destacar alguns elementos da Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas (PNASPI). “O objetivo é dar um enfoque na importância do atendimento intercultural e adaptado à realidade vivenciada nas aldeias”, diz o médico. “Além disso, pretendo falar a respeito da rica sociodiversidade nativa existente no Brasil, e apontar os principais desafios em saúde que as populações indígenas enfrentam”, complementa.

A webconferência será, portanto, uma oportunidade para os profissionais da área da saúde, que atuam nas unidades de Atenção Primária à Saúde (APS), entrarem em contato com conhecimentos que vão possibilitar um atendimento mais adequado aos indígenas e que respeita a multiculturalidade dos povos tradicionais.  

“Eu pretendo compartilhar resultados de pesquisas realizadas com o povo indígena Guara e Kaiowá de Mato Grosso do Sul, na perspectiva da interculturalidade, destacando a importância das plantas medicinais e dos detentores de conhecimentos tradicionais nos cuidados em saúde nas comunidades”, conclui o pesquisador, que dividirá a webconferência com a antropóloga Luciane Ouriques Ferreira, que contribuirá com conhecimentos e um olhar antropológico para esses atendimentos com indígenas.

Sobre os conferencistas

Paulo Cesar Basta é médico (1993) e Doutor em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz Fiocruz (2005). Atua como pesquisador na Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz) desde 2006. É docente permanente do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu Epidemiologia em Saúde Pública (PPGESP) da ENSP/Fiocruz. É coordenador dos grupos de pesquisa: “Ambiente, Diversidade e Saúde” e “Epidemiologia e Controle da Tuberculose em Áreas Indígenas”, ambos certificados pelo CNPq. Coordena e participa de projetos e iniciativas que visam melhorar a saúde pública no Brasil, especialmente em regiões com maior vulnerabilidade social e sanitária. Atua como supervisor do Programa Mais Médicos para o Brasil em territórios indígenas da Amazônia desde 2013. É autor e coautor de diversos artigos científicos publicados em revistas nacionais e internacionais, abordando temas como desigualdades em saúde, vigilância epidemiológica e ambiental, e políticas públicas voltadas para populações indígenas. É produtor cultural e coordenador do projeto Ciência e Poesia.

Luciane Ouriques Ferreira possui Licenciatura Em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1997), mestrado em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2001) e doutorado em Antropologia Social pela Universidade Federal de Santa Catarina (2010). Possui pós-doutorado em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz (2016), em Antropologia do Estado pela Universidade Federal de Santa Catarina (2017) e em Saúde Coletiva pela Universidade Federal do Sul da Bahia. Tem experiência em pesquisa, extensão e ensino universitário, na elaboração de conteúdos formativos, na gestão de projetos e formulação de políticas públicas e judiciárias, em consultorias e assessorias prestadas a organismos internacionais, a setores governamentais e a organizações não governamentais. Atua nas áreas de antropologia e de saúde coletiva com os temas: etnologia ameríndia, saúde coletiva, articulação de saberes em saúde e medicinas indígenas, saúde mental e psicanálise, antropologia do Estado, gestão de projetos, políticas públicas e judiciárias, proteção à infância e à juventude, direitos humanos e diferenciados.