Com o aumento global de casos de sarampo, a OMS emitiu alerta, ressaltando a importância da vacinação. No Brasil, um caso confirmado acende alerta nacional. A doença, previamente erradicada, ressurgiu em 2019, exigindo medidas urgentes. Médicos destacam os riscos, enquanto Belém aguarda novas doses da Tríplice Viral para reforçar a imunização.
O caso confirmado no Brasil, de uma criança de 3 anos, que veio do Paquistão e não estava vacinada, destaca a necessidade de atenção devido à globalização, já que muitos países não têm a vacinação como rotina, sendo apenas cerca de seis nações com uma cobertura vacinal eficaz contra o sarampo.
O sarampo, causado pelo vírus “morbillivirus”, é uma das principais causas de mortalidade infantil em países do Terceiro Mundo. Em 2016, o Brasil foi certificado pela eliminação do vírus, mas em 2019 perdeu o título de “país livre do vírus do sarampo”, resultando no surgimento de novos surtos da doença.
A médica pesquisadora em saúde pública, Cleonice Justino, destaca a altíssima contagiosidade do sarampo, cuja transmissão ocorre pela proximidade com uma pessoa doente, por meio de saliva, espirros e tosse. Os sintomas comuns incluem febre elevada, tosse, possível quadro de conjuntivite, e evolução marcada por manchas vermelhas na pele, iniciando no rosto e se espalhando pelo corpo e, em casos mais graves, pode resultar em óbito. Cleonice é responsável pelo núcleo de pesquisa clínica do Instituto Evandro Chagas (IEC).
Belém receberá novas doses da vacina Tríplice Viral até quarta-feira (31), conforme a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma). A distribuição para Unidades Básicas de Saúde (UBS) será concluída até sexta-feira (5), tornando o imunizante disponível a partir de segunda-feira. Recomendada para pessoas de 12 a 59 anos, a vacina exige duas doses para a faixa etária de 12 a 29 anos, e apenas uma dose para aqueles de 30 a 59 anos.
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