Práticas integrativas na APS é tema de Webconferência

Práticas integrativas na APS é tema de Webconferência

O Telessaúde UFPA realizará a webconferência “Práticas integrativas na APS”, no dia 11 de abril. O tema será debatido pela médica de família e comunidade, Ivete Seabra, professora do Cesupa, que abordará sobre o acesso e os benefícios das práticas integrativas nas unidades de saúde de Atenção Primária a Saúde (APS). O evento será às 17h, com acesso pelo site telessaude.ufpa.br e é voltado para médicos(as), enfermeiros(as) e profissionais da saúde atuantes na Atenção Primária à Saúde no Estado do Pará.

As Práticas Integrativas e Complementares (PICS) integram o rol de serviços ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que oferece, de forma integral e gratuita, 29 procedimentos de Práticas Integrativas e Complementares (PICS) à população. Segundo explica a palestrante Ivete Seabra, as práticas integrativas e complementares são tratamentos que utilizam recursos terapêuticos baseados em conhecimentos tradicionais, voltados para prevenir diversas doenças como depressão e hipertensão. Ela ressalta que, em alguns casos, as PICS também podem ser usadas como tratamentos paliativos em algumas doenças crônicas.

De acordo com o Ministério da Saúde, os atendimentos das PICS começam na Atenção Básica, principal porta de entrada para o SUS. Segundo o órgão, evidências científicas têm mostrado os benefícios do tratamento integrado entre medicina convencional e práticas integrativas e complementares. Além disso, há crescente número de profissionais capacitados e habilitados e maior valorização dos conhecimentos tradicionais de onde se originam grande parte dessas práticas. No entanto, o MS destaca que as PICS não substituem o tratamento tradicional. Elas são um adicional, um complemento no tratamento e indicadas por profissionais específicos conforme as necessidades de cada caso.

Segundo dados do Ministério da Saúde, existem atualmente 9.350 estabelecimentos de saúde no país ofertando 56% dos atendimentos individuais e coletivos em Práticas Integrativas e Complementares nos municípios brasileiros, compondo 8.239 (19%) estabelecimentos na Atenção Básica que ofertam PICS, distribuídos em 3.173 municípios.

A prática integrativa mais usada no SUS é a Medicina Tradicional Chinesa, incluindo acupuntura, que registrou mais de 1 milhão de atendimentos, além de 85 mil fitoterapias, 13 mil de homeopatias, 926 mil de outras práticas integrativas que não possuíam código próprio para registro, que com a publicação da portaria nº145/2017 passaram a ter.

O Brasil é referência mundial na área de práticas integrativas e complementares na atenção básica. É uma modalidade que investe em prevenção e promoção à saúde com o objetivo de evitar que as pessoas fiquem doentes. Além disso, quando necessário, as PICS também podem ser usadas para aliviar sintomas e tratar pessoas que já estão com algum tipo de enfermidade.

Sobre a conferencista:

Ivete Moura Seabra de Souza é médica graduada pela UFPA (1996), tem especialização em Saúde Pública, Residência Médica em Medicina de Família e comunidade (UEPA) e mestrado em Ensino em Saúde na Amazônia (UEPA). É também professora do Cesupa.

– As inscrições podem ser realizadas pelo formulário acessado no botão abaixo: