O Telessaúde UFPA/Ebserh realizará a webconferência “Hipertensão arterial sistêmica: manejo e cuidados na APS”, no dia 29 de maio. O tema será ministrado pela médica cardiologista Dilma de Souza, que vai abordar como deve ser realizado o atendimento dos pacientes com a doença, nas unidades de saúde da Atenção Primária à Saúde (APS), uma vez que muitos atendimentos de pacientes com hipertensão arterial sistêmica são registrados nas unidades básicas de saúde. O evento será às 18h, com acesso pelo site telessaude.ufpa.br e é voltado para médicos(as), enfermeiras(os) e profissionais da saúde atuantes na Atenção Primária à Saúde no Estado do Pará.
Segundo a conferencista, Dilma de Souza, sua webconferência terá como foco as seguintes questões relativas à Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS): forma de diagnosticar a doença na atenção básica, técnica de aferição da pressão arterial, exame clínico e exames complementares básicos para o paciente hipertenso e o tratamento da hipertensão arterial. “Todos esses aspectos serão
apresentados para que os médicos que atuam na Atenção Primária à Saúde qualifiquem a prática médica com melhor atenção e cuidados com esse grupo de pacientes. Além disso, será uma oportunidade de trocas de experiências entre profissionais da área da saúde”, destaca a palestrante.
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é um problema global de saúde pública, considerada um dos principais determinantes para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Trata-se de uma doença crônica, cujo acompanhamento prioritário é realizado por equipes de atenção primária à saúde (APS), responsáveis por garantir a coordenação de um cuidado integral à pessoa com HAS.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, cerca de 32,5% (36 milhões) de adultos brasileiros tem HAS e a doença pode ser responsável por 50% das mortes por doenças cardiovasculares no país. Vale destacar que a hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial caracterizada pela elevação dos níveis da pressão arterial sistólica (PAS ≥ 140 mmHg) e/ou
diastólica (PAD ≥ 90 mmHg). Além disso, é uma doença altamente prevalente e as taxas de controle estão abaixo do ideal.
A HAS está relacionada à idade, à obesidade, ao histórico familiar, à raça/cor, à redução do número de néfrons, a uma dieta rica em sódio, ao consumo excessivo de álcool e certos tipos de medicamentos. Consequentemente, alguns dos principais fatores de proteção estão intrinsecamente ligados à mudanças no estilo de vida. O cuidado integral e longitudinal da pessoa com HAS está inserido nas práticas do SUS, sobretudo na Atenção Primária à Saúde (APS). Os tratamentos efetivos devem ser definidos com base nos aspectos biopsicossociais de cada indivíduo, mediante um acordo entre profissional e paciente, e baseados nas melhores evidências disponíveis.