Vacina do Butantan contra a dengue tem 79% de eficácia


A vacina é de dose única e usa quatro cepas virais atenuadas em sua constituição

<center><h1 style='font-weight: bold; max-width:750px;' > <strong>Vacina do Butantan contra a dengue tem 79% de eficácia</strong> </h1> <br><h4 style='text-align: center; color:#858585; font-size:28px; padding-bottom:20px;margin-top: -35px;'>A vacina é de dose única e usa quatro cepas virais atenuadas em sua constituição</h4>

Um estudo desenvolvido pelo Instituto Butantan aponta que uma vacina contra a dengue teve eficácia de 79% para prevenção da doença após dois anos da aplicação. A pesquisa está em fase 3 e durante a análise, não foram registrados quadros graves de infecção nos participantes.

Chamada de Butantan-DV, a vacina é de dose única e usa quatro cepas virais atenuadas em sua constituição. Ela é uma versão análoga da desenvolvida pelo Instituto Nacional de Saúde dos EUA. A farmacêutica MSD também faz parte do projeto de desenvolvimento do imunizante.

A pesquisa que avalia os dados de eficácia da vacina teve início em 2016. No total, foram mais de 16 mil voluntários com idade entre 2 e 59 anos no levantamento, sendo que cerca de 10 mil receberam o imunizante e o resto compôs o grupo placebo. Alguns dos participantes já tinham sido infectados pelo vírus que causa a dengue e é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. Outros ainda estavam incólumes a doença.

Com essa divisão, o Butantan conseguiu medir a eficácia geral de 79% da vacina, mas também as diferenças vistas nos dois grupos. Naqueles com histórico para dengue, a eficácia foi de cerca de 89%. Já para a outra parcela de participantes sem registro da doença, a proteção conferida pelo imunizante foi menor -73%.

Além das informações de eficácia, a segurança do imunizante também foi medida. O Butantan observou que, no grupo de voluntários que foram imunizados, menos de 0,1% tiveram relatos de eventos adversos graves com alguma relação a vacina.

Segundo dados do Ministério da Saúde, a dengue já causou mais de 1.400.100 casos prováveis no Brasil até 3 de dezembro deste ano. O número representa um aumento de 172% comparado com as informações do ano passado. Já em relação a 2019, ano pré-pandêmico, ocorreu uma redução nos casos de 7,7%. No total, foram 1.414 registros de casos graves este ano, com 978 mortes.

De acordo com o Butantan, as informações são preliminares, pois ainda precisa ser concluído o acompanhamento de cinco anos a partir da vacinação, o que só deve acontecer em 2024. Somente depois disso, o instituto irá submeter o fármaco para análise da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a quem cabe aprovar ou não o imunizante.

Foto: Governo de São Paulo/Divulgação