O Telessaúde UFPA/Ebserh realizará a webconferência “Diagnóstico e manejo da dengue na APS”, no dia 19 de março. O tema será ministrado pelo médico infectologista e mestre em Doenças Tropicais, Rhomero Assef, que vai abordar o cenário atual da dengue no Pará e no país e como realizar o manejo dos pacientes nas unidades de saúde da Atenção Primária à Saúde (APS), uma vez que tem crescido o número de casos de dengue. O evento será às 18h, com acesso pelo site telessaude.ufpa.br e é voltado para médicos(as), enfermeiras(os) e profissionais da saúde atuantes na Atenção Primária à Saúde no Estado do Pará.
Durante o evento, o conferencista Rhomero Assef vai apresentar a situação epidemiológica da dengue, em especial no Pará, e contribuirá com seus conhecimentos para ajudar os profissionais de saúde no diagnóstico e manejo dos casos de dengue atendidos nas unidades de APS. “Nós vamos orientar os profissionais como identificar características do vetor e as estratégias de controle individual e coletivo do Aedes aegypti no contexto da APS, além de contribuir para que todos possam compreender as fases clínicas e os sinais e sintomas de alarme da dengue e orientar como fazer o manejo clínico com classificação de risco da dengue na APS”, destaca o infectologista.
Em Belém, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), o Departamento de Vigilância em Saúde já registrou até o momento, 507 casos foram notificados, dos quais 143 foram descartados e 163 seguem em análise. Os bairros com mais registros na capital são Guamá (34), Cremação (18) e Coqueiro (14). Belém segue sem registro de mortes causadas pela doença.
A Sesma destaca que agentes de saúde estão fazendo visitas aos imóveis para fazer a verificação e eliminação de focos do mosquito Aedes aegypti, além de orientar a população sobre a limpeza de quintais e acondicionamento de lixo. A fiscalização nas residências é feita com o consentimento dos moradores, pois as equipes não podem entrar nas propriedades sem autorização.
Em relação ao acesso às testagens que possam confirmar o diagnóstico em pacientes com dengue, a Sesma informa que o usuário oriundo de atendimento nas Unidades Básicas de Saúde, Unidades de Pronto Atendimento e Estratégia Saúde da Família, terá que passar necessariamente por uma avaliação e recomendação médica para que seja identificada a necessidade desse exame, com notificação que indique a suspeita de dengue. Depois, é aguardar a coleta sorológica realizada pela equipe da Divisão de Vigilância Epidemiológica (DVE). As amostras são encaminhas ao Laboratório Central do Estado do Pará (Lacen), que está abastecido com kits para análises neste período de aumento no número de casos suspeitos.
O Ministério da Saúde define a dengue como uma doença febril aguda, sistêmica, debilitante e autolimitada. A maioria dos pacientes se recupera, mas parte deles pode progredir para formas graves da doença. Os sinais clássicos da dengue são febre, geralmente junto com dor no corpo, dor atrás dos olhos, mal-estar e prostração. É uma febre que chega a 38° ou 39°. Tudo bem associado.
Sobre o conferencista:
Rhomero Salvyo Assef Souza é médico infectologista, especialista em Epidemiologia e Controle de Infecção Hospitalar e mestre em Doenças Tropicais. Faz parte do corpo clínico da Unidade de Doenças Infecto-parasitarias do Hospital Barros Barreto e é professor do Curso de Medicina do Cesupa.